30 de dez. de 2023

Série: Fácil (HBO)

Está disponível na HBO Max a série espanhola "Fácil". Baseada no livro "Lectura Fácil", de Cristina Morales, a série possui roteiro de Anna R. Costa.

A história mostra quatro mulheres, com diferentes níveis de deficiência intelectual, tuteladas pelo governo, que tentam viver uma vida independente em um apartamento na praia de Barceloneta em Barcelona, Espanha. 

Eu estava muito ansiosa para conhecer a história pois já tinha conhecido o livro (agora estou na expectativa da leitura) e sabia que ele já havia sido adaptado para o teatro. Encontrar a série, por acaso, no streamming da HBO foi uma grata surpresa. 

A narrativa é bem surpreendente, e penso que tenha sido um grande desafio olhar de perto essas mulheres que não se encaixam no que é considerado normal na sociedade, sem esteriotipá-las, ou, além disso, enxergar essas pessoas mesmo com os rótulos ou esteriótipos que, muitas vezes, são inevitáveis.


Imagem de divulgação da série que mostra um painel com várias fotos de diferentes moças. Algumas estão sorrindo, uma está beijando um rapaz, outra está gritando.

Recomendo a série para quem quer pensar mais sobre liberdade, sobre o que é normal ou anormal, por que existem algumas normas na nossa sociedade, e como o nosso mundo ainda possui tantas barreiras que dificultam a independência e autonomia de todas as pessoas.





5 de ago. de 2023

4º Seminário de Educação Inclusiva no Ensino Médio e Técnico (SEDINETEC)

 



Estão abertas as inscrições para o 4º SEDINETEC (Seminário de Educação Inclusiva no Ensino Médio e Técnico).
O evento acontecerá de forma presencial no Campus Sapucaia do Sul (RS) no IFSUL, e contará com palestras, mesas-redondas, bate-papo, oficinas e comunicações orais sobre temas relacionados à educação especial inclusiva. 😊
A programação está sendo preparada de forma muito especial, e pode ser acompanhada no site: https://eventos.ifsul.edu.br/sedinetec2023/

No mesmo endereço você pode fazer a sua inscrição gratuitamente, além de enviar seu resumo para apresentação nas comunicações orais. Os trabalhos apresentados serão publicados nos ANAIS do evento.

Confere abaixo alguns palestrantes já confirmados:


















Não perca tempo e participe!

25 de jun. de 2023

Manual de Leitura Fácil para educadores

 

 Estou muito feliz em anunciar que foi lançado, na semana passada, o e-book "Manual de Leitura Fácil para educadores", fruto de trabalho de pesquisa e desenvolvimento do Projeto Literatura Acessível, do qual faço parte e coordeno desde 2020.

Após iniciarmos os nossos estudos em Leitura Fácil, sentimos falta de um guia em Língua Portuguesa do Brasil, voltado especialmente para a elaboração de materiais didáticos e pedagógicos (embora possa ser utilizado para outros textos também).
Esse manual nasce, então, com esse intuito. Ajudar a quem deseja tornar seus textos acessíveis para pessoas com dificuldade de compreensão leitora, entre elas, pessoas com deficiência intelectual, pessoas com Transtorno do Espectro Autista, disléxicos, entre outros grupos.

O e-book tem uma linguagem fácil de entender, muitos exemplos, explicações, e até um mini-glossário no final, com sugestões bibliográficas para quem quiser se aprofundar no assunto.


Gostaria muito de saber sua opinião após a leitura desse material, sugestões ou troca de ideias sobre ele.

Grande abraço,
Vanessa.



24 de fev. de 2023

Deficiência Intelectual e Aprendizagem

 Gostaria de compartilhar com vocês um texto que produzi para a avaliação de um curso. Compartilho pois talvez seja útil. Abraços, Vanessa.

Deficiência Intelectual e Aprendizagem

 Vanessa de Oliveira Dagostim Pires

 

O presente texto procura trazer algumas referências relativas ao tema “Deficiência Intelectual e Aprendizagem”, contextualizando a educação especial inclusiva e uma pequena linha do tempo do histórico de conceitos relacionados ao que hoje chamamos de Deficiência Intelectual.

Conhecermos como esse termo foi sendo construído socio-historicamente pode fazer-nos compreender os preconceitos, resistências e medos que alguns docentes ainda possuem em relação a inclusão dos alunos com deficiência intelectual nas escolas regulares. Por último, trazemos algumas informações sobre o importante papel que as APAEs, referências de educação especial no Brasil, assumem a partir dessa nova perspectiva educacional.

 

Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva

 

Dentro da perspectiva da educação especial inclusiva, é importante entender um pouco mais sobre a inclusão de estudantes com deficiência intelectual, pois esse grupo representa mais da metade dos alunos da educação especial e especial inclusiva, segundo o Censo da educação de 2006.

 

Em 1968 a UNESCO conceitua o que hoje entendemos como Educação Especial: “Os objetivos da Educação Especial destinada às crianças com deficiências mentais, sensoriais, motoras ou afetivas são muito similares aos da educação geral, quer dizer: possibilitar ao máximo o desenvolvimento individual das aptidões intelectuais, escolares e sociais” (UNESCO, 1968, p. 12).

 

Já se observava, desde os anos 60, movimentos de inclusão de alunos com deficiências, porém, eles ainda não se constituíam em um novo paradigma educacional. Inicialmente, ainda se compreendia que a pessoa com deficiência é que necessitava se encaixar, se adaptar, e não o sistema educacional. Em 1986 é proposto por Madeleine Will, através do “Regular Education  Iniciative”, a inserção do aluno com deficiência na escola regular (nesse momento, se pensava na inclusão “física” deste aluno), chamada de Integração.

 

Nos anos 90 dá-se o início do movimento de inclusão, onde é necessário reconhecer as diferenças e adaptar o sistema à elas. Segundo Omote (1994), “ninguém é deficiente apenas pelas qualidades que possui ou que deixa de possuir.  Uma pessoa só pode ser deficiente perante uma audiência que a considera, segundo seus critérios como deficiente” (OMOTE, 1994, p. 07).  

 

A partir da perspectiva da educação inclusiva, o currículo escolar deve levar em conta a diversidade e deve ser, antes de tudo, flexível e passível de adaptações, sem perda de conteúdo. Neste processo de educação inclusiva, também tem um importante papel e avaliação. É um instrumento de busca de construção, por isso funciona articulado com um projeto pedagógico que se assume, que se crê e se efetua construtivamente. 

 

Em relação ao papel do professor, a educação inclusiva deve levar em conta que o professor é um mediador, assim como os colegas; este precisa estar sensibilizado e capacitado (tanto psicológica quanto intelectualmente) para “mudar sua  forma de ensinar e adaptar o que vai ensinar”  (Glat, 2007) para atender às necessidades de  todos os alunos, principalmente daqueles com maiores dificuldades de aprendizagem.  –

 

Qualquer tentativa de inclusão deve ser analisada e avaliada em seus mais diversos aspectos, a fim de termos a garantia de que esta será a melhor opção para o  indivíduo que apresenta necessidades especiais, segundo Correia (1997).  Questionamos, no entanto, de quem é o papel de analisar e avaliar a e educação inclusiva? Existe espaço para as pessoas com deficiência e necessidades escolares avaliarem essas práticas? Elas têm voz? De que forma?

 

Definições sobre Deficiência Intelectual

 

Em relação à escolarização de pessoas com deficiência intelectual (DI), Pires et al. (2022) afirmam que, historicamente, as pessoas com deficiência intelectual passaram por muitos estigmas e preconceitos que podem ser observados na própria nomenclatura utilizada para denominar tais sujeitos (retardado, incapacitado, debilitado, louco, dentre outras).

Todas essas expressões trazidas em documentos científicos e legais apontam para um posicionamento acerca da sociedade e as compreensões sobre esses indivíduos. Apenas mais recentemente, a deficiência intelectual tem sido abordada em termos científicos, a partir de um desenvolvimento neurológico deficitário que envolve prejuízos cognitivos (funções intelectuais) e prejuízos adaptativos (funções sociais, emocionais e práticas). Mesmo que não seja possível uma reversão completa, é importante atentar que avanços escolares significativos são possíveis através de estratégias pedagógicas adequadas, considerando as peculiaridades do quadro da deficiência e a individualidade de cada sujeito (SANTOS, 2012).

 

Ao falar sobre o termo “Deficiência Intelectual”, o novo nome veio para substituir “Deficiência Mental”, em 2004, para não confundir a deficiência com doença mental, por recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), para evitar confusões com “doença mental”, que é um estado patológico de pessoas  que têm o intelecto igual da média, mas que, por algum problema, acabam  temporariamente sem usá-lo em sua capacidade plena. 

Até 1992, a Deficiência intelectual era atestada conforme teste baixo de QI; após essa data, passou-se a considerar Novo Sistema Baseado na Intensidade dos Apoios Necessários, conceituando-se da seguinte forma pela AAIDD (Associação Americana de Deficiências Intelectual e de Desenvolvimento): “É a incapacidade caracterizada por importantes limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo e está expresso nas habilidades adaptativas conceituais, sociais e práticas. Tem início antes dos 18 anos.”

 

Porém, na sua 12ª edição, no ano de 2021, a publicação que atualiza os estudos e a definição de DI da AAIDD atualizou o conceito dessa deficiência, trazendo um enfoque maior para os apoios necessários ao sujeito, e compreendendo que o desenvolvimento humano ultrapassa os 18 anos de idade. Agora, a Deficiência Intelectual é vista como uma deficiência do desenvolvimento, assim como o Autismo ou Paralisia Cerebral, ou seja, são deficiências que surgem ao longo do desenvolvimento do indivíduo (PLENA INCLUSIÓN, 2022).

 

Pela nova definição, a deficiência intelectual é:


  • Uma limitação do funcionamento intelectual, ou seja, quando há dificuldades para a compreensão e o raciocínio;
  • Uma limitação de conduta adaptativa, em temas como os conceitos, relações sociais ou práticas. Por exemplo: há dificuldade em adaptar-se à mudanças que ocorrem na família, no trabalho ou no mundo.
  • Essas características se manifestam antes dos 22 anos.

 

O modelo teórico multidimensional da AADID relaciona o funcionamento individual no ambiente físico e social ao contexto geral, aos sistemas de apoio e às cinco dimensões que são: habilidades intelectuais, comportamento adaptativo, Participação, interações e papéis sociais, saúde e contextos.

 

Os apoios são recursos e as estratégias utilizadas, que visam promover o desenvolvimento, a educação e o bem-estar de uma pessoa com deficiência intelectual, e que melhoram o funcionamento individual. Quando necessários e devidamente aplicados, os apoios desempenham papel essencial na forma como a pessoa responde às demandas ambientais, além de propiciarem estímulo ao desenvolvimento e à aprendizagem da pessoa com deficiência intelectual ao longo da vida. A intensidade e frequência dos apoios podem variar, podendo ocorrer ocasionalmente ou por toda a vida.

 


Deficiência intelectual e ensino

 

Tratando-se de sujeitos com deficiência intelectual é fundamental que o ensino seja organizado de forma que a leitura, escrita, capacidades matemáticas e outros conteúdos sejam trabalhados a partir das necessidades dos aprendizes, ou  seja, o ensino deve desenvolver-se como algo relevante na vida, deve ter  significado, a fim de que seja incorporado na formação social da mente  (VYGOTSKY, 1996).

 

Também é fundamental entender que, atentar apenas para os aspectos orgânicos da deficiência mental é desconsiderar os aspectos sociais e  isentar a sociedade de sua responsabilidade na constituição da deficiência intelectual.

Muitos professores não se sentem preparados para atender o aluno com deficiência intelectual e isso gera muitas críticas às formações dos professores; porém, é preciso ir além da crítica à formação docente, pois as críticas já se tornaram lugar comum e não garantem, por si só, a mudança almejada, segundo Carvalho (2007). O autor também acredita que é esta inquietação que nos faz avançar.

 


O papel da educação especial

Diante do novo cenário que se estabeleceu no Brasil, com o crescente movimento da educação inclusiva, as APAEs precisaram reestruturar o seu papel na sociedade.

Na sua nova estruturação, as APAES visam oferecer educação especial no ensino infantil e fundamental, além de atenção complementar aos alunos com deficiência intelectual de escolas inclusivas, oferecendo opções sociais de apoio, conforme conceitua a AAIDD na nova concepção de deficiência intelectual.

Desta forma, a Associação Americana de Deficiência Intelectual e Desenvolvimento (AADID) mostra-nos que, com os apoios personalizados apropriados durante um determinado período de tempo, o funcionamento da pessoa com deficiência intelectual, em geral, melhora. Isto significa que, se forem providenciados apoios personalizados apropriados para um indivíduo com deficiência intelectual, o resultado será uma melhora em seu funcionamento. Uma ausência de melhora no funcionamento é um indicador importante para reavaliar o perfil e a natureza dos apoios que foram utilizados. 

 

 

 

 

Referências Bibliográficas:

 

BAKSA, Carla Gimenes Lopes; SILVA, Sérgio da; SILVA, Débora Regina Machado. A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA ALFABETIZAÇÃO. Disponível em: https://atividadeparaeducacaoespecial.com/wp-content/uploads/2014/07/DM-NA-ALFABETIZA%C3%87%C3%83O.pdf Acesso em: 26 dez. 2022.

CORREIA, L. M. Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares. Porto: Porto Editora, 1997.

FEDERAÇÃO DAS APAES DE MINAS GERAIS. INCLUSÃO SOCIAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E MÚLTIPLA: Educação Especial no Espaço da Escola Especial. Disponível em: https://docs.google.com/gview?url=http://cursosavante.com.br/cursos/pdf/1155-4550.pdf. Acesso em 26 dez. 2022.

GLAT, R. Adaptação Curricular, OLIVEIRA Eloiza da S. Gomes. 2007 Disponível em:  http://aceitandodiferencas.blogspot.com/2007/10/adaptaocurricular.html Acesso em 10 ago. 2008.

OMOTE, S. A integração do deficiente: um pseudoproblema? Anais da XXIV Reunião Anual da Sociedade de Psicologia de Ribeirão Preto/SP, 1994.

PIRES, Vanessa de Oliveira Dagostim et al. A produção de um manual de leitura fácil para educadores. In: SILVEIRA, Resiane Paula de (Org). Perspectivas da Educação: História e Atualidades. Vol. 10. Formiga: Editora Uniesmero, 2022.

PLENA INCLUSION. Disponível em: https://www.plenainclusion.org/noticias/la-discapacidad-intelectual-tiene-una-nueva-definicion-y-la-explicamos/ Acesso em 26 dez. 2022

 

REIS, Rosangela Leonel dos.; ROSS, Paulo Ricardo. A inclusão do aluno com deficiência intelectual no Ensino. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2216-8.pdf Acesso em 26 dez. 2022.

SANTOS, Angela Maria de. Abordagens sobre Deficiência Intelectual. Apresentação de slides. Curitiba, 2013. Disponível em: https://docs.google.com/gview?url=http://cursosavante.com.br/cursos/pdf/1155-4549.pdf Acesso em: 26 dez. 2022.

UNESCO. 1968. A educação Especial: Relatório sobre a situação atual e tendências de investigação da Europa.

VIGOTSKI, L. S. Fundamentos da defectologia (Obras escogidas), v. V. Madrid: Visos, 1996.

 

 

19 de out. de 2022

Adaptações textuais para pessoas com deficiência intelectual (Parte III): Leitura Fácil

 Olá pessoal, tudo bem? 

Fonte: https://www.semprefamilia.com.br/sociedade/jornalistas-lancam-livro-que-conta-dia-a-dia-de-pessoas-com-sindrome-de-down/


Comecei a falar sobre adaptação textual em 2020, o tempo voou, e aqui estamos, final de 2022 e nosso trabalho na área da acessibilidade cognitiva não para!

Pois bem, em 2020 começamos a desenvolver o Projeto Literatura Acessível com o uso da técnica da Leitura Fácil. Mas o que é Leitura Fácil? Como ocorreu nosso projeto?

Nas postagens anteriores eu falei sobre a necessidade de termos textos literários acessíveis para estudantes com deficiência intelectual e dificuldades de leitura. Os textos adaptados que encontrávamos possuíam recursos como vídeos, audiodescrição, braille, tradução em Libras, mas não havíamos encontrado textos adaptados para pessoas com deficiências cognitivas. Tentamos criar nosso próprio método de adaptação, mas sentíamos que precisávamos de algo mais completo e científico.

Continuando as buscas pela internet, dessa vez em espanhol e em inglês, encontramos uma forma de escrita chamada "Leitura Fácil" (Lectura Fácil em espanhol e Easy-to-read em inglês), criada nos anos 60, na Suécia, e bastante difundida na Europa, especialmente na Espanha.

O início da pandemia da Covid-19 possibilitou que cursos internacionais em Leitura Fácil (ainda não oferecidos no Brasil) fossem ofertados de forma on-line. Dessa forma, consegui fazer dois cursos sobre adaptação em Leitura Fácil numa associação argentina chamada Lengua Franca.

O curso foi essencial para que eu conhecesse a técnica e criasse coragem para organizar um projeto com o intuito de adaptar um conto brasileiro para a leitura fácil, cujo público-alvo fosse os estudantes de ensino médio (jovens e adultos) com deficiência intelectual.

Pois bem, conseguimos criar, então, no IFSUL Campus Sapucaia do Sul o Projeto Literatura Acessível. O programa reuniu um projeto de ensino, um de pesquisa e um de extensão. Conseguimos bolsas e recursos pra investir no projeto e, em três meses, estudamos a técnica e adaptamos nosso primeiro conto: Missa do Galo, de Machado de Assis. Contamos com a consultoria da professora Analía Gutierrez, do Lengua Franca, e a validação de nossos alunos com deficiência intelectual que participaram da pesquisa (uma delas, inclusive, foi nossa bolsista). Numa live de 2021 apresentamos o projeto com a presença da professora Analía.

Depois de adaptado o conto, ilustrado e diagramado, conforme as normas da Leitura Fácil, nossa equipe também elaborou um Roteiro Pedagógico orientando os professores que se interessassem, a realizarem atividades junto à versão adaptada do livro. Conto adaptado e roteiro foram editados e viraram um e-book gratuito da Editora do IFSUL, que você pode baixar AQUI.

Durante 2021 e 2022, divulgamos nosso livro em diversos espaços, congressos, seminários, realizamos oficinas sobre Leitura Fácil e iniciamos um novo projeto, dessa vez produzindo um "Manual de Leitura Fácil para educadores", o primeiro em língua portuguesa. Entendemos que essa forma de escrita é importante e para potencializar não apenas textos literários, mas materiais didáticos e informativos na educação inclusiva.

Você pode acompanhar as novidades do nosso projeto em nossa conta do instagram: https://www.instagram.com/projliteraturaacessivel/ e nossas publicações AQUI.

Logo divulgaremos a publicação do Manual, e traremos mais informações sobre essa forma de escrita acessível e revolucionária que precisa muito ser conhecida aqui no Brasil.

E você, já conhecia a Leitura Fácil? O que gostaria que escrevêssemos sobre ela?


Abração,

Vanessa.


7 de mar. de 2021

3º SEDINETEC: Seminário de Educação Inclusiva no Ensino Médio e Técnico

 Olá pessoal,

Estão abertas as inscrições para o 3º SEDINETEC - Seminário de Educação Inclusiva no Ensino Médio e Técnico do IFSUL. Envio em anexo 2 cards de divulgação do evento, que ocorrerá neste ano de forma virtual, entre os dias 19 e 21 de maio de 2021. As inscrições são gratuitas e o evento será acessível em Libras. 
Convidamos vocês a se inscreverem, seja para assistir ao evento ou para apresentarem comunicações. É possível apresentar relatos de experiências, pesquisas ou projetos na área. Maiores informações no site do evento: www.even3.com.br/sedinetec2021. 

Para contatar a comissão organizadora escreva para: sedinetecifsul@gmail.com 



2 de mar. de 2021

Live: Literatura Acessível: Adaptação de textos para pessoas com dificuldade leitora

 Olá pessoal!


Nos últimos posts, falamos sobre adaptações textuais para pessoas com deficiência intelectual.

Seguindo neste assunto, convido vocês para participarem de uma live que ocorrerá no dia 23 de março de 2021 no canal do Youtube do NAPNE Campus Sapucaia do Sul (aqui), às 19h15. A live ficará gravada no canal, caso não seja possível assistí-la naquele momento, e contará com Tradutor e Intérprete de Libras.

O evento faz parte do Ciclo de Formação em Educação Inclusiva do NAPNE, que ocorre anualmente (no canal também é possível assistir às excelentes palestras que ocorreram no ano passado), são gratuitas e oferecem certificação para quem se inscrever anteriormente (inscrições neste link).


A palestra em forma de live, será apresentada pela Equipe do Programa Literatura Acessível, que eu coordeno, e vai apresentar uma série de projetos que desenvolvem adaptação literária em Leitura Fácil, inclusive com lançamento da nossa primeira obra e com uma fala importante da Profa. Analía Gutierrez, do Lengua Franca, da Argentina, quem nos assessorou nessa técnica de adaptação que é pouco difundida no Brasil.


Aguardo a participação de vocês. Abraço! Abaixo o cartaz e sua descrição.



Cartaz sobre o evento Literatura Acessível (descrição abaixo)


#Paratodoslerem:

Cartaz do projeto Ciclo de Formação em Educação Inclusiva nas cores cinza, branco e azul.

Na parte superior, logo do Instituto Federal, campus Sapucaia do Sul, e o símbolo de acessibilidade em Libras.

Título na parte central: Literatura Acessível: adaptação de textos literários para pessoas com dificuldade leitora

Palestrante: Equipe do programa Literatura Acessível.

Logo do projeto composto de uma imagem simbolizando um livro aberto com a escrita literatura acessível ao lado.

Data: 23 de março, terça-feira, 19h 15min às 20h 45min

Live transmitida pelo canal do youtube do Napne Campus Sapucaia do Sul

Endereço para acesso à live: youtube.com/c/napneifsulsapucaiadosul

Com certificação para os inscritos previamente em: cutt.ly/blFPaZV

Dúvidas: napne@sapucaia.ifsul.edu.br

23 de set. de 2020

Adaptações textuais para pessoas com deficiência intelectual (Parte II): Linguagem Simples

 Continuando o tema da última postagem, hoje falo sobre uma das técnicas que estou estudando para realizar, de forma mais profissional, o adaptação textual. Embora meus propósitos sejam pedagógicos, e meu púbico-alvo sejam os alunos e alunas com deficiência, a adaptação em Linguagem Simples facilita a compreensão para um grande número de pessoas, e pode ser aplicado a diversos contextos.

Pesquisando sobre as técnicas de adaptação, encontrei, no ano passado, o site "Comunica Simples", (comunicasimples.com.br) e comecei a aprender um pouco sobre este movimento.

Em 2020, durante a pandemia, encontrei dois cursos sobre o tema, gratuitos e 100% online, disponibilizados pela Escola Virtual do Governo, e que podem ser acessados nos links abaixo:

  • Primeiros passos para a Linguagem Simples - 8h - https://www.escolavirtual.gov.br/curso/315
  • Linguagem Simples aproxima o governo das pessoas. Como usar? - 20h - https://www.escolavirtual.gov.br/curso/332
Aconselho que façam na ordem indicada acima, pois o primeiro é mais indicado para pessoas, e o segundo, para instituições.

Linguagem Simples é tradução do termo em inglês Plain Language. Em espanhol, é chamada de Lenguaje Claro.  É uma técnica de comunicação e uma causa social com força em vários países.
Seu objetivo é tornar textos e documentos mais fáceis de ler. A pessoa consegue localizar rápido a informação, entendê-la e usá-la.
É um campo ainda pouco conhecido no Brasil, mas vem recebendo um crescente interesse.
A expressão Plain Language foi consagrada por movimentos sociais internacionais a partir dos anos 1970. Consumidores e cidadãos passaram a exigir que textos e documentos fossem mais fáceis de ler e entender.
Algumas diretrizes da LS:

  • Ter empatia com o leitor
  • Hierarquia das informações
  • Uso de palavras comuns
  • Uso de palavras concretas
  • Uso de frases curtas
  • Frases em ordem direta
Ainda não existe material didático em português com orientações específicas para elaborar textos pela técnica da Linguagem Simples. Esta técnica pode ser utilizada para textos informativos, técnicos e governamentais.
A desvantagem é que não é uma técnica utilizada para textos literários e não tem finalidade pedagógica.

Inúmeros governos, no exterior, e agora, no Brasil (como o Ceará e São Paulo) estão adotando iniciativas de tornar seus sites e documentos de serviços públicos mais fáceis de entender através da adoção da Linguagem Simples. Há um projeto de lei no congresso nacional com o objetivo de adoção dessa prática também a nível nacional. Entretanto, em primeiro lugar, temos que entender a real e urgente necessidade de utilizarmos como linguagem simples naqueles editais, formulários, recados, até mesmo nas instruções de serviços, manuais e enunciados de questões escolares.
Em segundo lugar, devemos nos capacitar para utilizar essa linguagem de forma consciente e motivar nosso entorno a fazer o mesmo.

A Linguagem Simples é uma importante ferramenta de inclusão social, e devemos conhecê-la, mas ela não atinge textos literários, por exemplo, objetivo principal da queixa que fiz na primeira postagem dessa série.

Por isso, nosso próximo tema será uma outra (e maravilhosa) técnica de adaptação.
Aguardem e registrem seus comentários e dúvidas.

Abraço!
Vanessa


30 de ago. de 2020

Adaptações textuais para pessoas com deficiência intelectual (Parte I)

Como professora de língua portuguesa e literatura com alunos com deficiência intelectual no ensino médio e profissional, um dos grandes desafios, em minha prática docente, é encontrar textos que sejam acessíveis a estes alunos. Durante muito tempo, eu acabava oferecendo livros infantis ou infanto-juvenis nos momentos de leitura extensiva, por exemplo, e, apesar de haver ótimos livros deste tipo, eu sabia que não era o ideal pra eles. Primeiramente, porque entendo que, na educação inclusiva, todos devem participar dos temas, conteúdos, aulas. Mesmo com adaptações, mas, como uma turma inteira pode estar discutindo a leitura de uma obra inacessível para estes alunos? Eu também sabia que não era adequado porque essas obras não refletiam a vida e experiência dessas pessoas, enquanto jovens e adultas.

Atualmente, contamos com várias tecnologias e serviços para tornar textos e materiais acessíveis para pessoas com outras deficiências, como interpretação em língua de sinais, legenda, braile, leitor de tela, audiodescrição, mas como tornar um texto acessível àqueles que possuem dificuldade de compreensão leitora?

No final de 2018, eu e a estagiária Jéssica, estudante de Educação Especial e estagiária na Sala de Recursos Multifuncionais do campus onde atuo, resolvemos adaptar alguns capítulos do livro "O continente I" para fins pedagógicos, para a utilização nas aulas e atendimentos de alunos com deficiência intelectual estudantes do segundo semestre do curso Técnico em Administração (PROEJA). Na época, não encontramos nenhuma bibliografia no Brasil sobre metodologias ou técnicas próprias para este fim, então decidimos adaptar conforme nosso conhecimento empírico da deficiência intelectual e de nossas experiências com alunos com dificuldade de aprendizagem e compreensão de leitura.

A experiência com esta adaptação está registrada no artigo "ADAPTAÇÃO DE TEXTOS LITERÁRIOS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL", de minha autoria junto com a Jéssica Cardozo, e publicado nos Anais do INOVTEC 2019 (acesso aqui).

Na sequência desta primeira tentativa de adaptação, a professora Suzana Trevisan, juntamente com uma equipe de estudantes bolsistas e da nossa pedagoga Aline Castro, desenvolveram um segundo projeto de ensino, com o objetivo de adaptar outras duas obras: os contos "A Cartomante", de Machado de Assis, e "Meu tio Júlio", de Guy de Maupassant. Além da linguagem adaptada, as obras também receberam ilustrações e uma edição disponibilizada na versão impressa e online. É possível acessar estas duas adaptações, distribuídas gratuitamente, ´no blog "Projeto Literatura Acessível" (acesse aqui).


Sobre a adaptação de textos para pessoas com deficiência intelectual e outros públicos, eu e a professora Suzana fomos convidadas a participar, no Seminário "Diálogos sobre inclusão na Educação Inclusiva: Experiências e Perspectivas", no dia 05/08, conforme vídeo abaixo (acessível em Libras).




Nas próximas postagens, continuarei abordando esse tema.
Caso você tenha alguma dúvida, sugestão ou comentário, registre-os aqui.

Abraço,
Vanessa.






14 de abr. de 2020

Pessoas com deficiência e o COVID-19

Boa tarde, pessoal

Hoje gostaria de compartilhar dois materiais interessantes sobre a relação entre as pessoas com deficiência e a COVID-19. A primeira é a uma matéria do portal R7 que fala que "Pessoas com deficiência têm 3 vezes mais risco de contrair coronavírus". O link está aqui.
Outro material importante é uma cartilha desenvolvida pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, com vídeos em Libras, explicando sobre formas de evitar a contaminação e os riscos para cada deficiência. O link está aqui.


Se você conhece mais materiais sobre o assunto, envie-nos pelos comentários.

Abraço,
Vanessa.

1 de abr. de 2020

Portas Abertas para a Inclusão: Instituto Rodrigo Mendes


Dando continuidade às nossas postagens sobre eventos e cursos on-line na área da educação inclusiva, divulgamos o curso "Portas Abertas para a Inclusão", também na modalidade EAD, que o renomado Instituto Rodrigo Mendes oferece já há algum tempo. O Portas Abertas para Inclusão é composto por 7 módulos que abordam os mais diversos temas da inclusão de pessoas com deficiência na educação: histórico e legislação, acessibilidades, práticas inclusivas e conceitos de educação física inclusiva. Cada módulo é composto por vídeos, textos e videoaulas que articulam teoria e prática sobre educação inclusiva. Cumpridas todas as etapas, o Instituto Rodrigo Mendes emite um atestado de participação.

O curso é gratuito, com 40h no total.
Para maiores informações, você deve acessar o site do curso: https://www.portasabertasparainclusao.org/



Grande abraço,
Vanessa.

Curso Online sobre Autismo da Associação Pandorga

A Associação Pandorga é uma entidade bastante reconhecida aqui no Rio Grande do Sul a respeito do Autismo, inclusive, eu mesma já participei de palestras e tenho materiais produzidos por eles.


Durante o mês de abril de 2020, a Associação Pandorga está oferecendo a inscrição GRATUITA do curso online “Introdução ao transtorno do espectro do autismo (TEA)” com 20 horas aula, ministrado pela profª Katrien Van Heurck.
Para inscrever-se, basta acessar o link https://introducaoaotranstornodoespect.club.hotmart.com/login
e, embaixo, selecionar a opção "cadastre-se gratuitamente".

Em caso de qualquer dúvida, mande um e-mail para contato@pandorgaformacao.com.br ou ligue para (51) 9 9537 1331 (whats).

Recebi este recado através de meus contatos e estou repassando a vocês, por isso compartilhem e aproveitem essa oportunidade.

Abraço,
Vanessa.

Qualificação em educação inclusiva nos tempos de quarentena...

Boa tarde, pessoal!

A quarentena coletiva está me possibilitando tempo para voltar a postar no blog! ÊEEEE! Resolvi, então, publicar diversas oportunidades de formação online na área da educação inclusiva que estou recebendo, já que neste período, alguns de nós tem essa possibilidade e, por que não, este privilégio, não é mesmo???
Então, nas próximas publicações, vocês vão poder ver, separadamente, cada uma dessas possibilidades.
Pessoalmente, comecei um curso sobre Leitura Fácil (certamente falarei sobre isso, em outra oportunidade, aqui no blog) no Instituto Lengua Franca, de Buenos Aires (http://lenguafranca.org/). Eu já estava me programando para fazer o curso, e calhou da data coincidir com o período de quarentena, e estou muito empolgada!

Vamos, então, aos eventos que ocorrerão nos próximos dias, na modalidade virtual!


Seminário Virtual - Dia Mundial da Conscientização do Autismo

Vai ocorrer amanhã, 02/04/2020, das 10h às 18h, totalmente gratuito. Para participar, você precisa acessar a página Crianças Especiais na rede instagram (@criancasespeciais) e você terá acesso a uma programação bem completa, durante todo o dia.

A cada hora, uma palestra com um profissional e um assunto diferentes, mas todos relacionados ao autismo. Bem interessante!!!


Grande abraço, aproveitem!
Vanessa



14 de abr. de 2019

Abril azul (2019) - mês da conscientização sobre o Autismo

Abril é o mês escolhido para a conscientização sobre o autismo, este transtorno tão difícil de ser diagnosticado e que possui uma grande variedade de nuances e características, e, por isso mesmo, nunca é demais falarmos e aprendermos sobre o tema.

Por falar em autismo, essa semana comecei a assistir com a minha filha a série infantil "Pablo", que acabou de chegar ao catálogo da Netflix aqui do Brasil, e nos encantamos. "Pablo" é uma série britânica, de 2017, onde, segunda a plataforma, "Equipado com giz de cera e muita criatividade, um menino com autismo desenha um mundo imaginário onde seus amigos animais o ajudam a lidar com situações da vida real." As situações vividas por Pablo foram relatadas por pessoas reais com autismo, e a série, que mistura live action e animação, também é interpretada e dublada por pessoas de diferentes espectros do autismo. No mundo imaginário, Pablo dialoga com seus amigos animais, que o ajudam a enfrentar as dificuldades do seu cotidiano, e é quando conseguimos entender uma pessoa com autismo de uma perspectiva até então inédita para mim: de dentro de sua cabeça! Talvez, essa seja a grande novidade da série, além de ser voltada para crianças, sendo uma oportunidade maravilhosa de nossas crianças aprenderem sobre as pessoas autistas desde cedo.

Depois de assistirmos a uns dois episódios, minha filha começou a indagar por que o Pablo não falava quando "não era desenho", e por que ele falava quando "era desenho", e foi uma porta para eu ir explicando, aos pouquinhos, que quando era desenho era a imaginação do menino, que fora da imaginação ele ainda não conseguia falar, e a partir de cada dúvida que ela apresentar, vamos seguir conversando sobre as diferenças que cada um temos. Por isso, recomendo muito a série para quem tem pequenos.

Acima, imagens de alguns episódios da série "Pablo".


Outra dica que eu queria deixar para quem tem interesse em materiais sobre o tema AUTISMO é o livro "A escova de dentes azul", da editora Panda Books, escrito por Marcos Mion e ilustrado por Fabiana Shizue. O livro é muito bonito e conta a história da preparação da festa de natal da família do Marcos Mion, contada pelo cãozinho da família, e do inusitado pedido de presente de natal de Romeo, o filho mais velho que é autista. Falando nisso, sigam o Marcos Mion nas redes sociais, ele produz conteúdos incríveis sobre autismo ao contar o cotidiano de sua família e ao falar sobre toda a interação e os aprendizados que o seu primogênito lhes proporciona.

Acima, imagem de uma página do livro "A escova de dentes azul". Há o título "As baladas de Romeo", com um texto abaixo e uma ilustração de um menino deitado, sorridente, em cima de uma cachorrinha, na grama.


E, para aqueles que querem aprofundar seus conhecimentos na área do autismo de maneira qualificada, indico muito a Associação Pandorga, que oferece cursos, materiais, palestras e atendimentos, o site é http://www.pandorgaautismo.org/.


Um grande abraço!



10 de abr. de 2019

II SEDINETEC - Seminário de Educação Inclusiva no Ensino Médio e Técnico

Olá pessoal!

Após a realização, em 2018, do I SEDINETEC, voltamos agora em 2019, antecipando o evento para o primeiro semestre, a realizarmos a segunda edição do seminário, nos dias 29 e 30 de maio.
Estando no segundo ano da política de cotas para pessoas com deficiência em nosso instituto, o IFSUL, sentimos ainda mais a necessidade de dialogarmos sobre a inclusão nestes níveis de ensino que tanto carecem de materiais, pesquisas e trocas de experiências para que os estudantes com deficiência possam avançar em sua formação escolar.
Pensando nisso, eu e toda a equipe executora do evento, desenhamos uma programação que ficou muito legal, levando em conta todas essas necessidades e vontades, e convidamos a todos os interessados no tema a participarem.
Haverá espaço para troca de experiências e apresentação de trabalhos, seja em comunicação oral ou em pôster, mesa-redonda, palestras e encontro dos Núcleos de Apoio a Pessoas com Necessidades Específicas, aberto a todos os interessados que queiram discutir as demandas da inclusão neste nível de ensino.

A programação completa e as inscrições (gratuitas) podem ser feitas pelo site: https://www.even3.com.br/sedinetec/

Abaixo, confira alguns palestrantes que participarão do evento:

Profa. Dra. Maria Teresa Eglér Mantoan, Professora da Faculdade de Educação da Universidade. Estadual de Campinas (Unicamp), autora de diversos livros sobre inclusão escolar, como "
Inclusão escolar: o que é? por que? como fazer?", "O desafio das diferenças nas escolas", "Inclusão escolar: pontos e contrapontos", entre outros.
É atualmente uma das principais referências em inclusão escolar no Brasil, e será a palestrante principal do II SEDINETEC (29/05, às 19h30).








Profa. Dra. Lodenir Becker Karnopp é docente da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é pesquisadora e autora de diversos livros na área de educação, letramento e literatura surda. Ela fará a palestra do dia 30/05, às 14h).






O evento contará também com uma mesa-redonda no dia 30/05, às 9h, com a presença de Valter Lenine, Luciano Ferreira Delgado e Cláudio Luciano Dusik.

Participe!
Abraços, Vanessa.

7 de jul. de 2018

Precisamos falar sobre ensino médio inclusivo!

Fazendo uma pesquisa rápida sobre o tema "inclusão no ensino médio" os primeiros resultados são preocupantes. Títulos como "Inclusão no Ensino Médio ainda é para poucos" (Revista Nova Escola), "Os gargalos da inclusão no ensino médio" (Revista Carta Capital), "Ensino médio é etapa que apresenta maior dificuldade na inclusão de deficientes" (Jornal O Globo) apresentam um pouco do grande desafio que é a inclusão de alunos com deficiência neste nível de ensino, embora o aumento desses alunos sejam uma realidade. Como oferecer um ensino médio realmente inclusivo? E a inclusão no ensino técnico, é possível?

A partir destas inquietações e daquilo que temos vivenciado como instituição que recebeu em 2018 os primeiros alunos cotistas com deficiência, o NAPNE (Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Específicas) do Campus Sapucaia do Sul do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSUL) promoverá nos dias 30 e 31 de agosto o 1º Sedinetec (Seminário de Educação Inclusiva no Ensino Médio e Técnico do IFSUL).

O evento, que contará com palestras, mesa-redonda, bate-papo com a comunidade acadêmica (pois acreditamos que a inclusão vai muito além da sala de aula) e espaço para divulgação de pôsteres e comunicações orais com relatos de práticas pedagógicas, busca ser este espaço para que a conversa, necessária e urgente, sobre o ensino médio inclusivo seja possível.
Por isso, se você faz parte, de alguma forma, de uma instituição que busca promover o ensino médio inclusivo ou se você se interessa pelo tema da educação inclusiva, você é nosso convidado para participar!

As inscrições são gratuitas e estão disponíveis no site do evento, https://www.even3.com.br/1sedinetecifsul.
Preste atenção nas datas para submissão de trabalhos (até 31/07), divulgue e participe deste evento, que, com certeza, será um momento importante de formação e troca de experiências, angústias, questionamentos e inspirações.


6 de mai. de 2018

Palestra: Um olhar sobre o austismo

Olá queridas e queridos,

Hoje quero convidá-los a participarem da palestra "Um olhar sobre o autismo", que será ministrada pelo Nelson Kirst, da Associação Pandorga, uma instituição bastante reconhecida pelo seu extenso trabalho realizado com atendimento e formação na área do autismo.
A palestra será gratuita e ocorrerá dia 10 de maio de 2018, às 19h15, no Auditório Pedro Kaiser do Campus Sapucaia do Sul do IFSUL.
Endereço: Avenida Copacabana, 100, Bairro Piratini, Sapucaia do Sul, RS
E-mail para contato: napne@sapucaia.ifsul.edu.br

As inscrições ainda estão abertas e os participantes que se inscrevem com antecedência receberão certificado. Faça sua inscrição no link e participe!


Para saber mais sobre o IFSUL - Campus Sapucaia do Sul acesse: http://www.sapucaia.ifsul.edu.br/ (na aba Núcleos >> NAPNE você encontra a programação dos próximos eventos na área da inclusão).

Para saber mais sobre a Associação Pandorga, publicações e agenda de eventos: http://www.pandorgaautismo.org/


5 de abr. de 2018

Ciclo de Formação em Educação Inclusiva 2018 (Sapucaia do SUL/RS)

Durante o ano de 2018, o NAPNE do IFSUL Campus Sapucaia do Sul estará promovendo o evento "Ciclo de Formação em Educação Inclusiva", que contará em encontros mensais com diferentes especialistas na área da educação inclusiva. 

Confira a programação para o primeiro semestre:


22 de março - Educação inclusiva: impasses e conflitos da docência. Rosane Bom Hüsken (IFSul Pelotas);

26 de abril - Oficina: Produção de material didático para deficientes visuais. Fernanda Falkoski (SMED Campo Bom);

10 de maio - Autismo. Nelson Kirst (Instituição Pandorga);

14 de junho - Adaptação Curricular. Andréia Collares (IFSul Charqueadas);

05 de julho - Deficiência Intelectual. Raquel Fröhlich (Unisinos).
bonecos de papeis coloridos de mãos dadas, alguns com cadeiras de rodas

As inscrições, assim que abertas, são divulgadas no site do Campus Sapucaia do Sul e nas páginas do Facebook do IFSUL Sapucaia e do Napne de Sapucaia do Sul, e são sempre gratuitas.