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26 de dez. de 2010

Pesquisa revela avanços e desafios na inclusão social de pessoas com deficiência

Pessoal,
Encaminho a vocês uma reportagem feita pela TV Senado a respeito de uma pesquisa que o Senado realizou para saber a opinião de pessoas com deficiência sobre suas condições de vida. É uma pena que o vídeo que acompanha a reportagem não corresponda a esse processo inclusivo que tanto é reclamado nela, pois o mesmo não possui legendas, não é bastante contraditório? O link para a reportagem é este, e para ter acesso ao texto integral da pesquisa, clique aqui. Para comentar sobre a pesquisa à TV Senado, escreva um e-mail para:sepop@senado.gov.br (o que eu vou fazer para reclamar sobre a falta de legendas). Também existe uma página chamado "Alô Senado: Cidadania para pessoas com deficiência", onde você pode dar sugestões sobre projetos de leis para beneficiar as pessoas com alguma deficiência. Para acessá-la, clique aqui.

Pesquisa revela avanços e desafios na inclusão social de pessoas com deficiência
O compromisso existe e é internacional, assinado por todos os países que ratificaram a Convenção da ONU sobre Direitos das Pessoas com Deficiência. Os resultados das políticas públicas para sua inclusão social, no entanto, variam muito. Pesquisa inédita do DATASENADO, de âmbito nacional, fez um amplo balanço dos avanços e desafios para assegurar cidadania das pessoas com deficiência, na voz dos próprios interessados. Para 57% dos entrevistados, a vida das pessoas com deficiência está melhor, mas 77% acham que seus direitos ainda não são respeitados no país.
A pesquisa realizou 1.165 entrevistas e a amostra foi subdividida em três categorias: pessoas com deficiência física (759), visual (170) e auditiva (236). Essa proporção levou em conta o cadastro do Instituto Brasileiro dos Direitos das Pessoas com Deficiência (IBDD), organização não-governamental com sede no Rio de Janeiro e atuação nacional na promoção da inclusão social desses segmentos da sociedade. Os dados foram coletados entre os dias 28 de outubro e 17 de novembro de 2010. Os resultados têm margem de erro de 3%.
Na avaliação de 59% dos participantes do levantamento do DATASENADO, o preconceito em relação às pessoas com deficiência está diminuindo. Para 38%, o maior desafio ainda é a inclusão no mercado de trabalho. A pesquisa apurou que 55% dos entrevistados realizam algum trabalho remunerado, sendo que 71% estão empregados em empresas privadas, 15% são funcionários públicos e 15% autônomos. As pessoas com deficiência auditiva são as mais empregadas (67%), seguidas por aquelas com deficiência física (54%) e visual (41%). Para 52%, a legislação existente sobre o mercado de trabalho (Lei de Cotas) torna mais fácil a contratação de quem tem deficiência. A discriminação no ambiente de trabalho, por outro lado, é apontada como uma realidade, frequente ou pelo menos parcial, por 43% dos entrevistados.
Quando o tema é a educação, 51% das pessoas com deficiência entendem que o próprio adolescente deveria escolher a escola onde estudar. Se pudessem escolher, 69% dos entrevistados optariam por uma classe comum em uma escola regular. Mas as diferenças entre tipos de deficiência ficaram muito claras: para 77% das pessoas com deficiência física, a classe comum em escola regular seria melhor; mas a escolha muda quando são pessoas com deficiência auditiva (58%) e visual (54%). As críticas à falta de capacitação dos professores foram feitas por 38% dos respondentes (48% entre deficientes auditivos). As instalações físicas não adaptadas foram apontadas por 33% (40% entre os deficientes físicos), ao passo que 21% dos deficientes visuais queixaram-se de material de ensino inadequado.
No campo da informação, 68% dos entrevistados pelo DATASENADO apontaram a TV como melhor meio para comunicar-se com as pessoas com deficiência, enquanto 77% apontaram a internet como principal meio para a busca de informações. Para 54%, as leis sobre o acesso da pessoa com deficiência à informação ainda são insuficientes.
A questão da mobilidade urbana, por outro lado, apareceu como mais um ponto de grandes queixas, por parte das pessoas com deficiência. No caso da adaptação dos prédios, 64% acham que a minoria dos edifícios públicos está adaptada (66% no caso dos estabelecimentos comerciais). Ruas e calçadas adaptadas também são franca minoria, na avaliação de 52% dos participantes da pesquisa. No caso do transporte público, um empate: 43% acham que ele atende bem a pessoa com deficiência e outros 43% que não.
Quando o tema é lazer, a pessoa com deficiência quer integração, as mesmas atividades de recreação, mas em ambientes adaptados: 35% pedem a adaptação e 31% reivindicam mais opções de lazer. Por falta de recursos de acessibilidade, 64% das pessoas com deficiência física lamentaram não ter condições de praticar esportes (51% no segmento de deficientes visuais), 25% das pessoas com deficiência auditiva disseram não poder ir ao teatro e 23% das pessoas com deficiência visual deixaram de ir ao cinema.
O planejamento da pesquisa "Condições de vida das pessoas com deficiência no Brasil" levou o DataSenado a estudar meios para assegurar plena condição de resposta às pessoas, independente de sua deficiência. Assim, o questionário telefônico foi aplicado para que tem deficiência física ou visual. E um questionário eletrônico foi desenvolvido especialmente para as pessoas com deficiência auditiva. As perguntas escritas foram redigidas a partir de pressupostos lingüísticos específicos para pessoas com deficiência auditiva. E todas essas questões foram também apresentadas por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras), disponibilizadas em vídeo. Esses vídeos foram elaborados pela TV Senado, com apoio da equipe de intérpretes de Libras do Senado Federal.

5 de ago. de 2009

Estudos Surdos IV


Olá pessoal
Foi lançado mais um volume da série Estudos Surdos, da editora Arara Azul e UFSC. É o 4ª volume da série, desta vez organizado por Ronice M. de Quadros e Marianne Stumpf.
Como os outros é muito interessante, com artigos escritos por especialistas no estudo das línguas de sinais, ouvintes e surdos.
Vale a pena conferir. Ele está disponibilizado gratuitamente no site [clique aqui.]

25 de dez. de 2008

O PAPEL DA INTERAÇÃO NA PESQUISA SOBRE AQUISIÇÃO E USO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO E PARA A AVALIAÇÃO


Quem estuda ou pretende pesquisar sobre Aquisição e Ensino/Aprendizagem em Língua Estrangeira ou segunda língua, qualquer que for, mesmo em LIBRAS ou demais Língua de Sinais, não pode deixar de ler esse artigo: O PAPEL DA INTERAÇÃO NA PESQUISA SOBRE AQUISIÇÃO E USO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO E PARA A AVALIAÇÃO, de Margarete Schlatter, UFRGS, Pedro de Moraes Garcez, UFRGS e Matilde V. R. Scaramucci, UNICAMP. Publicado na revista Letras de Hoje, 39 (3): 345-378, o artigo é referência em qualquer trabalho sobre ensino/aprendizagem/aquisição de línguas.

Uma pequena apresentação do artigo: "Este artigo discute o conceito de interação nos estudos sobre aquisição e sobre o uso de língua estrangeira, contrastando inicialmente as perspectivas de pesquisadores filiados à Hipótese Interacionista em Aquisição de Segunda Língua e à Análise de Conversa Etnometodológica trazidas à tona em debate acadêmico publicado em periódicos especializados entre 1996 e 1998. À luz dessas reflexões e de suas implicações para o entendimento do que seja o ponto de chegada no desenvolvimento de língua estrangeira, revisamos conceitos chave na área de aquisição de língua estrangeira, como FN/FNN (falante nativo/falante não-nativo), competência e estratégias de comunicação, e apresentamos resultados de pesquisas na área de aquisição na perspectiva sociointeracional que sugerem novos rumos para o ensino e para a pesquisa sobre a aquisição de línguas estrangeiras. Por fim, discutimos como esses rumos e perspectivas se refletem em desafios para a avaliação de desempenho em língua estrangeira, para a formação do professor e para a pesquisa na área de aquisição de línguas."

Para acessá-lo, clique aqui!



12 de set. de 2008

Genes associados à cegueira e surdez



Repassando notícia do site Terra...

Identificados genes associados à cegueira e surdez
Dois projetos de pesquisa nos quais participaram universidades, empresas, cientistas e laboratórios de 16 países da UE, conseguiram identificar novos genes e mutações associadas à perda da visão e audição.

As iniciativas, financiadas em conjunto com fundos europeus, pretendem contribuir para o desenvolvimento de tratamentos destinados a prevenir as duas patologias.
O projeto Evi-genoret, no qual participam 24 universidades e sociedades européias, tem como objetivo melhorar a informação disponível sobre o funcionamento da retina e os efeitos produzidos na mesma pelas mutações genéticas, os fatores ambientais e o envelhecimento.
A iniciativa, que começou em abril de 2005 e durará quatro anos, recebeu 10 milhões de euros dos cofres do bloco para a pesquisa em cinco áreas, que incluem a identificação das características genéticas e as possibilidades terapêuticas.
Já o projeto Eurohear reuniu 25 equipes para desenvolver conhecimentos relacionados com a audição, através do estudo dos genes que causam a surdez em humanos e ratos.
Até o momento, permitiu identificar 12 novos genes responsáveis pela perda auditiva.
Seu objetivo é identificar os genes responsáveis pela perda auditiva, compreender os mecanismos biológicos da audição normal e da deficiente, além de iniciar os tratamentos que permitam prevenir e curar as deficiências do ouvido.
A Comissão reconheceu em comunicado que, embora ambas as iniciativas representam um progresso na pesquisa da perda auditiva e da visual, ainda falta muito tempo para se poder contar com um tratamento nessa área.
O Eurohear e o Evi-genoret fazem parte dos projetos de pesquisa multidisciplinar a grande escala iniciados pela Comissão Européia para reunir a que há de melhor em âmbitos concretos e acelerar o progresso científico.
Segundo a Comissão, no mundo há 50 milhões de pessoas que sofrem de cegueira, número que aumentará e alcançará previsivelmente os 75 milhões nas próximas duas décadas.
Na Europa as doenças oculares ligadas à idade são a forma mais comum de incapacidade visual nos maiores de 60 anos e afetam 8,3 milhões de pessoas na UE.
Por outro lado, 10% da população européia sofre de algum tipo de deficiência auditiva, percentagem que se eleva para 40% no caso dos maiores de 75 anos.
Os resultados dos projetos foram apresentados hoje no College de France em Paris e divulgados em Bruxelas.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1733461-EI298,00.html

29 de nov. de 2007

Novo volume do Livro "Estudos Surdos" - Editora Arara Azul

Como poderia ficar ainda melhor?
Foi lançado o 2º volume do livro "Estudos Surdos", Estudos Surdos II.
Organizado pelas doutoras e professoras da UFSC Ronice M. de Quadros e Gládis Perlin, o livro continua a série Pesquisas em Estudos Surdos, e é lançado pela Editora Arara Azul com o apoio da CAPES/PROESP.
O livro é disponibilizado em PDF para "download" e impressão gratuitas. O grande diferencial do livro, que traz estudos interessantíssimos, é que quase todos os artigos foram escritos por pesquisadores surdos, aqueles que com propriedade podem discutir a cultura e educação surda mais do que ninguém!

Eis os autores e temas que abordam no livro:

Capítulo 1 - História dos surdos: representações “mascaradas” das identidades surdas
Karin Lilian Ströbel

Capítulo 2 - Cenas do atendimento especial numa escola bilÍngÜe: os discursos sobre a surdez
e a produçÃo de redes de saber-poder
Patrícia Marcondes Amaral da Cunha

Capítulo 3- Professores Surdos: Identificação ou Modelo?
Flaviane Reis

Capítulo 4- Pe dagogia Visual / Sinal na Educação dos Surdos
Ana Regina e Souza Campello

Capítulo 5 - Educação de Jovens e Adultos: um diálogo sobre a educação e o aluno surdo
Rodrigo Rosso Marques

Capítulo 6 - O currículo de Língua de Sinais e os profesores surdos: poder, identidade e
cultura surda
Carolina Hessel Silveira

Capítulo 7 - Os surdos nos rastros da sua intelectualidade específica
Franklin Ferreira Rezende Junior e Patrícia Luiza Ferreira Pinto

Capítulo 8 - Escrita das línguas de sinais
Mariângela Estelita

Capítulo 9 - CODAs brasileiros: libras e port uguês em
zonas de contato
Ronice Müller de Quadros e Mara Massutti

Para baixar o livro, clique aqui!

Boa leitura!