É com grande prazer que apresentamos hoje uma entrevista exclusiva do Blog Vendo Vozes com a educadora Marinélia Soares, importante personagem da educação dos surdos no estado do Acre.
Sobre a entrevistada
Marinélia Soares é ouvinte, intérprete de LIBRAS e professora de surdos há cerca de oito anos, e vem desenvolvendo um importante trabalho educativo com a inclusão de alunos surdos nas escolas do ACRE. Atualmente trabalha na Sala de Apoio Pedagógico à Inclusão, no Núcleo de Apoio Pedagógico- CAS do ACRE e possui um blog muito interessante sobre o tema, intitulado “Trabalhando com surdos”, no qual troca experiências e materiais a respeito de educação de surdos.
Marinélia Soares é ouvinte, intérprete de LIBRAS e professora de surdos há cerca de oito anos, e vem desenvolvendo um importante trabalho educativo com a inclusão de alunos surdos nas escolas do ACRE. Atualmente trabalha na Sala de Apoio Pedagógico à Inclusão, no Núcleo de Apoio Pedagógico- CAS do ACRE e possui um blog muito interessante sobre o tema, intitulado “Trabalhando com surdos”, no qual troca experiências e materiais a respeito de educação de surdos.
Olá Marinélia, é uma alegria para nós sua entrevista para o Blog Vendo Vozes.
Como foi seu ingresso no mundo dos surdos?
Marinélia: Através da minha mãe que trabalha com alunos surdos há 20 anos, dessa forma desde cedo tive contato com todos eles. Quando se iniciou o uso da LIBRAS, comecei a fazer o cursos junto com os professores da escola especial, comecei com um trabalho voluntário e após um ano iniciei a trabalhar como intérprete e professora da pré escola.
Qual foi sua primeira experiência com a educação de surdos? Quais foram seus desafios na época?
Marinélia: Durante o período de voluntariado aprendi muito com as professoras, mas meu desafio maior foi ir interpretar em escolas inclusivas, sendo que na época estava sendo uma das pioneiras no estado do Acre, e as escolas não aceitavam a presença de outra pessoa dentro de sala. Lembro-me que os professores falavam enquanto escreviam no quadro, além de fazerem ditados, e, quando era dada alguma orientação não era aceita.
Como você avalia as políticas públicas atuais de educação de surdos no Acre?
Marinélia: Há muito a se fazer ainda com relação a políticas públicas para surdos, mas já podemos notar que algumas coisas estão mudando, a questão da acessibilidade teve um grande avanço. Os profissionais estão recebendo formações a cada dia. Sendo assim, creio que tudo é um processo e que as políticas publicas podem contribuir muito.
Qual tipo de atendimento é prestado no CAS?
Marinélia: O CAS é dividido em 4 Núcleos
1º Núcleo de Capacitação
Onde são atendidas pessoas que fazem parte da comunidade, família e profissionais da educação em cursos de Libras em contexto.
2º Núcleo de Convivência
Responsável por cursos profissionalizante, para alunos surdos, cursos de artesanato para surdos e familiares e inserção e acompanhamento de surdo no mercado de trabalho.
3º Núcleo de Tecnologia
Ajuda os demais núcleos dando apoio tecnológico, edição de vídeos, slides...
4º Núcleo de Apoio Pedagógico
Este Núcleo é responsável pelos atendimentos nas escolas inclusivas, palestras e oficinas de concretização, e produção de recursos didáticos.
Na sua opinião, qual a principal característica que deve ter um professor para trabalhar com surdos?
Marinélia: Primeiramente deve ter amor pela docência, pelas diferenças, pois para trabalhar com alunos especiais é necessário muita dedicação, muito amor, e o conhecimento e interesse pela Língua de Sinais.
Como é a formação continuada para professores na região Norte do país? Quais as principais dificuldades encontradas?
Marinélia: Com relação à formação dos profissionais do CAS, temos o que há de melhor, os grandes nomes da educação de surdos já estiveram no Acre, nos orientando tanto com relação a Libras quanto a Português como Segunda Língua. No que diz respeito a formação dos professores da rede regular de ensino que recebem alunos surdos, enquanto CAS encontramos muitas dificuldades, muitos deles não são liberados pelas escolas para participarem dos cursos, o que dificulta muito nosso trabalho.
Conte-nos um pouco sobre sua experiência como intérprete e instrutora de LIBRAS.
Marinélia: Trabalhei durante três anos como intérprete, foi uma experiência nova tanto para mim quanto para as escolas, me tornei amiga de muitos professores como também dos alunos surdos e ouvintes. Percebi que a profissão de intérprete precisa buscar muito, estudar sempre, pois todo dia surge termos novos em sala de aula. Afastei-me devido problemas de saúde, mas admiro muito. Atualmente não me preocupo com a interpretação, me apaixonei pelos recursos e procedimentos com alunos surdos, percebi que apenas saber libras não vai ajudar o professor a ensinar o alunado surdo. Sei que posso ajudar muitos professores que se depararam com alunos surdos em sala de aula orientando-os a mudarem sua metodologia em sala de aula.
Quais são seus projetos acadêmicos e profissionais para 2010?
Marinélia:Ingressar na Pós Graduação de LIBRAS, Ministrar um curso para SESC/AC de Português como Segundo Língua, Libras em Contexto, Metodologia para o ensino de alunos surdos e Recursos.
Qual a importância da internet e do seu blog na sua formação como educadora e na troca de experiências com outros profissionais?
Marinélia: Muito importante, como é maravilhoso receber recados, com lindas mensagens de elogios, com dúvidas, melhor ainda é poder ajudar, receber a mensagem de volta agradecendo, relatando que deu certo o procedimento. Adquiri vários amigos, vários parceiros. Tudo isso contribuiu muito em meu trabalho, adoro pesquisar, o universo dos blogs é magnífico me encantei... foi assim que resolvi montar o meu.
Como os interessados podem entrar em contato com você e ter acesso à seus trabalhos e projetos?
Marinélia: Email: msoaresdelima@hotmail.com
Blog: www.trabalhandocomsurdos.blogspot.com
Por favor, deixe uma mensagem para os leitores do Blog Vendo Vozes....
Marinélia: Acredite que todos podem aprender, o que pode mudar é a formar de ensinar e de aprender.
Como foi seu ingresso no mundo dos surdos?
Marinélia: Através da minha mãe que trabalha com alunos surdos há 20 anos, dessa forma desde cedo tive contato com todos eles. Quando se iniciou o uso da LIBRAS, comecei a fazer o cursos junto com os professores da escola especial, comecei com um trabalho voluntário e após um ano iniciei a trabalhar como intérprete e professora da pré escola.
Qual foi sua primeira experiência com a educação de surdos? Quais foram seus desafios na época?
Marinélia: Durante o período de voluntariado aprendi muito com as professoras, mas meu desafio maior foi ir interpretar em escolas inclusivas, sendo que na época estava sendo uma das pioneiras no estado do Acre, e as escolas não aceitavam a presença de outra pessoa dentro de sala. Lembro-me que os professores falavam enquanto escreviam no quadro, além de fazerem ditados, e, quando era dada alguma orientação não era aceita.
Como você avalia as políticas públicas atuais de educação de surdos no Acre?
Marinélia: Há muito a se fazer ainda com relação a políticas públicas para surdos, mas já podemos notar que algumas coisas estão mudando, a questão da acessibilidade teve um grande avanço. Os profissionais estão recebendo formações a cada dia. Sendo assim, creio que tudo é um processo e que as políticas publicas podem contribuir muito.
Qual tipo de atendimento é prestado no CAS?
Marinélia: O CAS é dividido em 4 Núcleos
1º Núcleo de Capacitação
Onde são atendidas pessoas que fazem parte da comunidade, família e profissionais da educação em cursos de Libras em contexto.
2º Núcleo de Convivência
Responsável por cursos profissionalizante, para alunos surdos, cursos de artesanato para surdos e familiares e inserção e acompanhamento de surdo no mercado de trabalho.
3º Núcleo de Tecnologia
Ajuda os demais núcleos dando apoio tecnológico, edição de vídeos, slides...
4º Núcleo de Apoio Pedagógico
Este Núcleo é responsável pelos atendimentos nas escolas inclusivas, palestras e oficinas de concretização, e produção de recursos didáticos.
Na sua opinião, qual a principal característica que deve ter um professor para trabalhar com surdos?
Marinélia: Primeiramente deve ter amor pela docência, pelas diferenças, pois para trabalhar com alunos especiais é necessário muita dedicação, muito amor, e o conhecimento e interesse pela Língua de Sinais.
Como é a formação continuada para professores na região Norte do país? Quais as principais dificuldades encontradas?
Marinélia: Com relação à formação dos profissionais do CAS, temos o que há de melhor, os grandes nomes da educação de surdos já estiveram no Acre, nos orientando tanto com relação a Libras quanto a Português como Segunda Língua. No que diz respeito a formação dos professores da rede regular de ensino que recebem alunos surdos, enquanto CAS encontramos muitas dificuldades, muitos deles não são liberados pelas escolas para participarem dos cursos, o que dificulta muito nosso trabalho.
Conte-nos um pouco sobre sua experiência como intérprete e instrutora de LIBRAS.
Marinélia: Trabalhei durante três anos como intérprete, foi uma experiência nova tanto para mim quanto para as escolas, me tornei amiga de muitos professores como também dos alunos surdos e ouvintes. Percebi que a profissão de intérprete precisa buscar muito, estudar sempre, pois todo dia surge termos novos em sala de aula. Afastei-me devido problemas de saúde, mas admiro muito. Atualmente não me preocupo com a interpretação, me apaixonei pelos recursos e procedimentos com alunos surdos, percebi que apenas saber libras não vai ajudar o professor a ensinar o alunado surdo. Sei que posso ajudar muitos professores que se depararam com alunos surdos em sala de aula orientando-os a mudarem sua metodologia em sala de aula.
Quais são seus projetos acadêmicos e profissionais para 2010?
Marinélia:Ingressar na Pós Graduação de LIBRAS, Ministrar um curso para SESC/AC de Português como Segundo Língua, Libras em Contexto, Metodologia para o ensino de alunos surdos e Recursos.
Qual a importância da internet e do seu blog na sua formação como educadora e na troca de experiências com outros profissionais?
Marinélia: Muito importante, como é maravilhoso receber recados, com lindas mensagens de elogios, com dúvidas, melhor ainda é poder ajudar, receber a mensagem de volta agradecendo, relatando que deu certo o procedimento. Adquiri vários amigos, vários parceiros. Tudo isso contribuiu muito em meu trabalho, adoro pesquisar, o universo dos blogs é magnífico me encantei... foi assim que resolvi montar o meu.
Como os interessados podem entrar em contato com você e ter acesso à seus trabalhos e projetos?
Marinélia: Email: msoaresdelima@hotmail.com
Blog: www.trabalhandocomsurdos.blogspot.com
Por favor, deixe uma mensagem para os leitores do Blog Vendo Vozes....
Marinélia: Acredite que todos podem aprender, o que pode mudar é a formar de ensinar e de aprender.
(Nas imagens acima, Marinélia durante uma oficina para professores de surdos do Acre.)
O que vocês acharam da entrevista? Comentem!
Abraços, Vanessa.