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16 de out. de 2013

Ensino de língua inglesa para surdos

Olá queridos!

Semana passada conheci no nordeste várias pessoas muito queridas. Uma delas era ainda mais especial: Toni! Depois de começarmos a conversar sobre nossas pesquisas, nosso trabalho, descobri que ele fez mestrado em Ciências da Linguagem com uma dissertação sobre aprendizagem de língua inglesa para surdos. Claro que eu o convidei a escrever um pouco sobre esta pesquisa e pedi para publicá-la aqui no blog, o que ele prontamente atendeu.

Abaixo, reproduzo o depoimento de Toni (na verdade Antonio Henrique Coutelo de Moraes) sobre este trabalho: 

Foto de Toni.
Esse trabalho teve motivações intrínsecas e extrínsecas. Primeiramente, fui motivado pela convivência com surdos, que demonstraram interesse em aprender a língua inglesa e pelo carinho que tenho por minha prima que é surda e com quem convivo muito. Também, em um dado momento de minha experiência em sala de aula, eu me deparei com um aluno surdo e uma série de questionamentos surgiram em minha mente. De início, foi muito difícil receber aceitação das pessoas na Academia no que diz respeito à pesquisa. Contudo, após muita conversa e exposição de ideias, as ideias foram aceitas. Embora a aquisição da língua estrangeira para surdos pareça uma questão passível de ser adiada por haver outras questões relacionadas à aquisição da segunda língua que ainda não tenham sido resolvidas, eu e minha orientadora acreditamos na necessidade de avançar em novas discussões. Para tanto, realizamos a pesquisa sem deixar de estarmos atentos para o contexto de aquisição do conhecimento do surdo no Ensino Médio. O objetivo foi de investigar a possibilidade de fluência no inglês por seis sujeitos surdos, sendo necessário, então, observar o seu processo de aquisição e aprendizagem da LE em um contexto educacional inclusivista multi(bi)linguista. Inicialmente contávamos com dez sujeitos, dos quais alguns desistiram por dificuldades com a linguagem escrita de uma forma geral. Esperamos contribuir para que essa linha de estudos seja ampliada pois são poucas as iniciativas em nosso país sobre o tema.

A dissertação foi defendida em Recife, em 2012, e orientada pela Dra. Wanilda Maria Alves Cavalcanti. Para ter acesso a ela clique aqui.
Para contatar o Toni, o e-mail dele é: coutelodemoraes@gmail.com

Obrigada, querido Toni, por toda a ajuda e por disponibilizar seu precioso trabalho conosco. 
Abração,
Vanessa.

8 de mai. de 2013

Filme "Ferrugem e Osso"

Oi pessoal!
Hoje quero fazer uma indicação de um filme sensível e ao mesmo tempo forte, com um ótimo roteiro, produção e atuação, que se chama "Ferrugem e Osso", originalmente, "De Rouille et D'os", de 2012. A produção francesa conta a história que pode ser relacionada com "Os Intocáveis", por narrar a relação entre duas pessoas com experiências e personalidades muito fortes, mas de mundo diferentes, e  que uma delas possui uma deficiência física, e a outra lida com isso sem menosprezar ou vitimizar o que tem a deficiência. A diferença é que em "Ferrugem e Osso" a relação deles vai além da amizade e se inicia uma relação amorosa (sem spoiler, isso dá pra perceber pelo trailer). Porém, acho que o que eu mais gostei do filme é que, embora a história da tragédia pessoal da personagem Stéphanie (vivida pela lindíssima Marion Cottillard) seja crucial para o enredo, ele não se foca apenas na deficiência dela (que é a parte "ferrugem"), mas também mostra os dramas e desafios vividos pelo personagem Ali (interpretado por Matthias Schoenaerts), o "osso" da dupla. 

As cenas que mostram as pernas de Stéphanie são impactantes, mas não gratuitas, e muito bem produzidas (eu fiquei pensando: como eles filmaram isso? mas pra quem entende de efeitos especiais, deve ser moleza).

Aí eu encontrei essa imagem na internet, que mostra a gravação de uma cena do filme, e a atriz Marion Cottilard usando meias verdes, para a edição da imagem:

As cenas deles nas praias do sul da França são lindas! E para quem ficou com vontade de assistir, deixo dois trailers.

Trailer 1


Trailer 2



Para saber em que salas de cinema o filme está passando, clique aqui.
Abraço, Vanessa.

Ah, não deixem de mandar seus comentários sobre o filme!!!

5 de jan. de 2013

Estudos Gerativos

Olá pessoal,

Durante este ano recebi um exemplar do livro "Estudos gerativos de Língua de Sinais Brasileira e de aquisição do Português (L2) por surdos". Embora ainda não tenha conseguido ler por inteiro, é muito bom poder divulgar um livro totalmente voltado a este assunto, que reúne artigos que examinam fenômenos morfológicos e sintáticos relativos à Libras e à aquisição de LP por surdos, tendo como referencial teórico a gramática gerativa, conforme é descrito no próprio livro.
A publicação é organizada por Heloísa Lima-Salles e Rozana Reigota Neves, e traz os seguintes capítulos e autores, além da apresentação feita pelas organizadores e pelo prefácio, de Evani Viotti:
1 - Estudos gerativos: fundamentos teóricos e de aquisição de L1 e L2 (Organizadoras);
2 - A caracterização da concordância nas línguas de sinais (Ronice Quadros e Josep Quer);
3 - Construções classificadoras e verbos de deslocamento, existência e localização na Língua de Sinais Brasileira (Brenda Veloso);
4- Uma análise sintática para sentenças negativas em LSB (Jéssica Arrotéia-Kano);
5 - Composicionalidade semântica em LSB: fronteiras e encaixes (Cristina de Almeida Sianeis de Castro e Miriam Lemle);
6 - Preposições na Língua de Sinais Brasileira e na interlíngua de surdos aprendizes de português L2 (Aline Romão Mesquita e Heloísa Lima-Salles).

A obra foi publicada pela Cânone Editorial. 

Abração!
Vanessa.

18 de nov. de 2012

Espetáculo "Memória na ponta dos dedos" - Grupo Signatores

Olá pessoal, como estão?

Em 2011 divulgamos aqui uma apresentação do grupo de teatro Signatores. Agora o grupo voltou, e apresentará o espetáculo "Memória na ponta dos dedos".
A entrada é gratuita, e a peça é voltada para surdos e ouvintes.

Dias e horários:

22 de novembro (quinta) - 15h
23 de novembro (sexta) - 20h

Local: Teatro Bruno Kiefer - 6 andar
Casa de Cultura Mario Quintana. Rua dos Andradas 736 - Centro - Porto Alegre-RS

Abaixo você confere um vídeo-convite disponível no Youtube com mais informações sobre a peça, em áudio e Libras:


Ajudem a divulgar.

Abraço!

24 de set. de 2012

Promoção Setembro Azul - Revista Espaço do INES

Capa da revista Espaço, n° 36
Na capa, há a imagem de duas esculturas, uma de um
menino, com a mão fechada no peito,
 e outra de uma menina segurando um livro. 
Olá pessoal, tudo bem?

Hoje recebi alguns exemplares da Revista Espaço, do INES, referente à edição do segundo semestre do ano passado. Fiquei muito feliz por ver um artigo que enviei na revista, e não pude deixar de compartilhar com vocês. Por isso, um exemplar será para os meus leitores!

Portanto, se você quiser receber a revista (de 136 páginas) em casa, é só participar da promoção!

Para concorrer, basta completar o formulário abaixo com seus dados: nome, e-mail, e endereço, para recebimento de seu prêmio. Seus dados não serão divulgados e nem ficarão visíveis.

Depois, responda à pergunta: como você conheceu o Blog Vendo Vozes?

O sorteio ocorrerá no dia 25/10/2012, quando a promoção acabará. O sorteado receberá o exemplar através dos correios.


O que tem na revista???

Artigos:

  • Quiremas, visemas e bípedes implumes: por uma taxonomia da linguagem do surdo, de Fernando C. Capovilla (USP);
  • A educação de surdos na perspectiva inclusiva: um paradoxo político educacional, de Daiane Pinheiro (UFSM);
  • Educação linguística dos surdos no ensino superior inclusivo, de Vanessa de Oliveira Dagostim Pires (UNISINOS);
  • A inserção dos surdos no mercado de trabalho: políticas públicas, práticas organizacionais e realidades subjetivas, de Alvanei dos Santos Viana (INES);
  • Surdez e Inserção profissional: representações sociais de universitários surdos, de José C. M. Magaldi (INES) e Rita de Cássia P. Lima (U. Estácio de Sá);
  • Educação de surdos no Brasil: políticas públicas para a educação na lógica da economia mercantil privatista, de Adriano Zão e Marco Pestana (INES);
  • Inclusão escolar dos sujeitos surdos: uma estratégia de governamento que contribui para o funcionamento de uma racionalidade econômica neoliberal, de Graciele Kramer (UFSM) e Adriana Thoma (UFSM).
  • A constituição da escrita de surdos: relações entre língua, marcadores coesivos e textualidade, de Gláucia Viana (INES);
  • Políticas Públicas que normatizam as práticas pedagógicas na educação de surdos, de Cora Diaz (INES) e José Rocha (UNIGRANRIO).
A revista conta ainda com resumos de produção científica, resenhas, análise de material pedagógico e agenda.
O formulário para participar da promoção está abaixo:




Boa sorte!
Abraço,
Vanessa.

23 de ago. de 2012

Paraolimpíadas 2012

Este ano não acompanhei muito as Olimpíadas de Londres. Muita gente se decepcionou com o desempenho do Brasil, uns culparam os atletas, outros, o Estado, por não contribuir para que nossos esportistas tenham condições para avançar.
Para mim, o melhor dos Jogos Olímpicos começa após as competições mais famosas: são as Paraolimpíadas, que sempre me emocionam! É tanta história de superação, de garra, de luta, que não há como não admirar esses superatletas!
Sem falar que as equipes brasileiras são muito boas. A cada paraolimpíada nosso país tem se destacado e subido mais alto no pódio. Na Grécia, em 2004, ficamos em 14° lugar no ranking de medalhas; na China, em 2008, subimos para o 9° lugar. Ou seja, as expectativas para a delegação brasileira agora, em Londres, são muito boas!

Quando lecionava Espanhol para turmas de ensino médio em uma escola de Porto Alegre, fizemos um projeto sobre as Paraolimpíadas que eu adorei! Os alunos se dividiram em grupos e montaram blogs, em espanhol, sobre as modalidades de esportes paraolímpicos. Eles se surpreenderam e ficaram muito motivados com as histórias de cada atleta. Fica a dica para que o tema seja trabalhado em sala de aula, e não se limite à disciplina de Educação Física, pois é uma ótima maneira de trabalharmos a diversidade e inclusão na escola.

Também sugiro o documentário "Metamorfose", disponível neste link, que conta a história de Rosinha, uma atleta que já consegui mais de 50 medalhas e bateu dois recordes em Paraolimpíadas, símbolo de determinação e alegria. O ponto negativo do vídeo é que só há legendas em inglês... mas há um espaço para sugestões e reclamações no site, que é o Porta Curtas da Petrobras, e eu sugiro que vocês enviem mensagens pedindo legendas em português.

Abaixo, um vídeo interessante sobre os esportes paraolímpicos.





Grande abraço a todos, e espero que todos acompanhem as Paraolimpíadas 2012 de Londres. Li uma notícia que a Globo fará a cobertura dos jogos, que vão de 29/08 a 09/09.
Vanessa.

imagem da Paraolimpíadas que você pode espalhar por aí...

22 de ago. de 2012

TOPBLOG 2012

Olá queridos leitores, tudo bem?
Estou escrevendo para avisar aos que ainda não sabem que, neste ano, nosso blog está participando pela 1ª vez ao prêmio TOPBLOG, um concurso que premia os melhores blogs de várias categorias do Brasil a cada ano.

Estamos concorrendo na categoria Educação.
Se você acha que nosso blog merece seu voto, o procedimento é simples. Você clica neste link, ou no banner na coluna da esquerda do nosso blog, ou na figura abaixo, e pode votar através de seu e-mail, facebook ou twitter. Pode votar 1 vez em cada modalidade.



Desde já agradeço o incentivo de cada um de vocês que comenta, curte, participa das promoções, nos escreve... Abraço,

Vanessa.

15 de ago. de 2012

Curso EDUCAÇÃO, CULTURA E ACESSIBILIDADE



Estão abertas as inscrições para o curso de extensão “Educação, Cultura e Acessibilidade”, promovido pela Faculdade de Educação da UFRGS .Os objetivos são  problematizar o acesso à cultura por pessoas com deficiência, refletir sobre a importância da arte e da cultura na educação como meio de inclusão e, principalmente, analisar possibilidades de intersecção entre educação, arte, cultura e recursos de acessibilidade.
Coordenação: Felipe Mianes e Mariana Baierle
Carga Horária: 48horas/ aula, com certificado para quem tiver mais de 75% de presença
Periodicidade: Terças-feiras (11/09/2012 a 27/11/2012)
Horário: das 18h45min às 22hs
Valor total do curso: R$ 160,00 por aluno
Público alvo: acadêmicos, professores, produtores culturais, profissionais que atuam com acessibilidade e inclusão e comunidade em geral
Local: Campus Central da UFRGS – Centro – Porto Alegre
Vagas limitadas
Mais informações:

12 de jul. de 2012

2ª edição: Curso de extensão "Ensino de LP/S: Tópicos Avançados"


INSCRIÇÕES ABERTAS
Imagem ilustrativa da Webconferência.
Teremos intérprete de Libras.

O Curso Ensino de Língua Portuguesa para Surdos: tópicos avançados, consequente ao curso "Introdução ao Ensino de Língua Portuguesa para Surdos", busca apresentar e provocar reflexões mais aprofundadas a respeito da disciplina Língua Portuguesa para surdos para aqueles profissionais e estudantes que já possuem conhecimentos básicos a respeito dela. O curso será totalmente a distância e realizado na plataforma Moodle.

Objetivos
Discutir qual (is) são os objetivos do ensino de Língua Portuguesa para Surdos;
Refletir sobre os conceitos de letramento na educação de surdos, a partir de uma visão mais aprofundada a respeito de questões que envolvem esse contexto, como leitura e interpretação textual, utilização de novas tecnologias no ensino de surdos, avaliação e outros temas pertinentes à área.

Público de interesse
Professores de Língua Portuguesa, séries iniciais, fonoaudiólogos, pedagogos, psicopedagogos, acadêmicos e graduandos dos cursos de Letras, Fonoaudiologia, Pedagogia e demais licenciaturas, que tenham cursado "Introdução ao Ensino de Língua Portuguesa para Surdos" ou já possuam conhecimento sobre o assunto.


Carga Horária
40 horas

Dias das Aulas (você deve optar por um dos grupos - quartas ou sábados).
Web Conferência 1 - 15/8; 29/8, 12/9 e 26/9, quartas-feiras, das 20h às 21h.
Web Conferência 2 - 18/8; 01/09; 15/09; 29/09, sábados, das 9h às 10h. 


Período
6/8/2012 a 29/9/2012

Certificado
Será fornecido a todos os que tiverem, no mínimo, 75% de frequência, nas atividades programadas. As matrículas já estão abertas! Para saber valores, informações e realizar sua matrícula, clique aqui!


Pré-requisitos
Ter cursado "Introdução ao Ensino de Língua Portuguesa para Surdos" ou ter conhecimentos prévios sobre esta disciplina;
Ter disponibilidade de 4 horas semanais de estudo para leituras e realização de atividades do curso;
Ter disponibilidade de participação em um dos grupos de encontros on-line do curso, através das webconferências, nas datas e horários determinados;
Conhecimento básico de informática, e-mail próprio, acesso à internet, webcam.


Ministrantes
Vanessa de Oliveira Dagostim Pires - Mestre em Lingüística Aplicada pela UNISINOS, Doutoranda em Linguística Aplicada (UNISINOS). Graduada em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005), atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de língua portuguesa para surdos, lingüística aplicada, co-construção da aprendizagem de língua, andamento coletivo, gêneros de texto e surdez.

Coordenação
Ana Maria de Mattos Guimarães.

25 de jun. de 2012

Curso de audiodescrição no Rio de Janeiro

Olá queridos,
Pesquisando sobre o curso de audiodescrição em São Paulo, encontrei esse outro curso, no Rio de Janeiro, abrindo assim mais possibilidades. Se você souber de um curso semelhante acontecendo em outras regiões do país é só escrever para nós, que publicamos aqui também!




O curso tem como objetivo habilitar todos que tenham interesse neste recurso a construírem roteiros de Audiodescrição, assim como a atuação na locução e noções dos recursos técnicos de gravação.
As aulas serão teóricas e práticas, contando ainda com suporte por e-mail. A Audiodescrição é um recurso de acessibilidade que possibilita tornar eventos culturais e produtos audiovisuais acessíveis para pessoas com deficiência visual. É um importante instrumento de integração sócio-cultural, fundamental às vidas de todos os cidadãos. Assista ao vídeo ao lado para saber mais sobre Audiodescrição.

Deise Lopes é audiodescritora, locutora, radialista, formada pela Escola de Rádio. Trabalha com locução comercial, produção de audiolivros e Audiodescrição.

Entendendo o universo da pessoa com deficiência visual, O conceito de Audiodescrição / Histórico brasileiro e mundial, Os modelos de Audiodescrição pelo mundo, Roteiro para audiodescrição: compreensão e elaboração, Subjetividade e objetividade em Audiodescrição: descrevendo o essencial, A transformação de imagens em palavras, A Audiodescrição no Brasil: mercado de trabalho, Noções técnicas para gravação. Certificado de conclusão ao final do curso.

Data de Início: 6 de julho
Dias: Sextas
Horário: 19 as 21 horas
Duração: 3 meses
Carga Horária: 12 aulas – 24 horas/aula


Pague a matrícula na secretaria da ER. Valor: R$50,00
Valor: 3 parcelas de R$250,00.

Valor total do investimento: R$800,00 (5% de desconto para pagamento à vista).


- Reserve sua vaga pelo telefone 2225-5794 ou email: curso@escoladeradio.com.br
- A vaga só estará garantida após o pagamento da matrícula.
- Em caso de desistência do curso não devolvemos o valor da matrícula.
- A mensalidade deve ser paga no primeiro dia de aula e o vencimento passa a ser o mesmo dia dos meses seguintes.

Para maiores informações acesse o site (clique aqui).

Curso de Áudio-descrição "Imagens que Falam” em SP


Olá queridos leitores do Vendo Vozes!

Já havíamos falado outras vezes sobre cursos de audiodescrição aqui. Agora quero divulgar um curso que acontecerá na próxima semana, em São Paulo. Anote aí!

Nova Edição do  curso de Áudio-descrição "Imagens que Falam”,  agora em SP.

Obs.: O curso de formação em áudio-descrição “Imagens que Falam” ocorrerá em SP, do dia 02 à 06 de julho de 2012.
 Informações pelos  números: (11) 7895-1127 ou (81) 9997-9339
 Atenção: O curso terá 40 horas e será semipresencial, com vinte horas na primeira semana de julho, e à distância, com mais vinte horas em agosto, apenas para duas turmas, uma de manhã, outra à tarde.
Sejam bem-vindos!


Curso de Tradução Visual com ênfase na áudio-descrição – Imagens que falam

Data: 02 a 06 de julho

Horários: 1ª turma (das 08:30h às 12:30h) 2ª turma (das 14:00h às 18:00h )

Local: Palácio das Convenções do Anhembi (Avenida Olavo Fontoura, 1209, São Paulo – SP)

Inscrições : Por e-mail: contato@iris.org.br  ou limafj.br@gmail.com
Por telefone: (11) 7895-1127 ou (81) 9997.9339 -

Investimento: R$300,00

Forma de pagamento: 50% no ato da inscrição. O restante, podendo ser pago no cartão de crédito, no 1º dia do curso.
Enviar comprovante de depósito para: contato@iris.org.br
constando nome, endereço, telefone e e-mail.
Banco Bradesco 237
- Agência: 1945-3 - Conta Corrente: 101.400-5
Titular: Instituto IRIS
Razão Social: Instituto IRIS - de Responsabilidade e Inclusão Social Entidade
CNPJ: 05.295.189/0001-00
Modalidade: semipresencial, com exercícios em ambiente virtual, preparado  para curso de áudio-descrição e com acessibilidade às pessoas cegas ou com baixa visão.

Curso de Tradução Visual com ênfase na áudio-descrição – Imagens que falam

O Instituto IRIS - De Responsabilidade e Inclusão Social (http://www.iris.org.br/quemsomos.asp) traz, pela primeira vez, a São Paulo, o curso de Tradução Visual com Ênfase na áudio-descrição “Imagens que falam”, ministrado pelo professor Dr. Francisco Lima da Universidade Federal de Pernambuco, único formador de áudio-descritores diplomado, em dois anos consecutivos, pelo Audio Description Project (ADP), nos Estados Unidos (2010 e 2011).
Professor Francisco Lima é autor de vários artigos no campo da áudio-descrição, editor chefe da Revista Brasileira de Tradução Visual (www.rbtv.associadosdainclusao.com.br) e docente da disciplina de áudio-descrição no curso de Rádio, TV e Internet da UFPE. Pesquisador na área da produção e reconhecimento de imagens hápticas pela pessoa com deficiência visual, desde 1996, Dr. Francisco Lima já palestrou no Brasil e nos Estados Unidos, berço da áudio-descrição, em diversos eventos, inclusive no encontro internacional de formadores de áudio-descritores, ocorrido em Phoenix, USA, em julho de 2010.
Recentemente, mais um de seus orientandos defendeu dissertação no campo da áudio-descrição no teatro. Marcadas pelo estudo e pela investigação científica pioneiras, as contribuições do professor Dr. Francisco Lima para a área da áudio-descrição vão muito além de ensinar a áudio-descrição aplicada aos eventos fílmicos e teatrais, abarcando o ensino dessa técnica de tradução visual aos eventos estáticos e dinâmicos nos materiais didáticos, nos materiais museológicos, tanto quanto os que estão disponíveis nos simpósios, conferências ou em salas de aula, apresentados por professores ou estudantes.”


Objetivo do curso:
Geral- Dar a conhecer o que é Áudio-descrição, divulgar sua aplicabilidade e sua potencialidade na educação, no trabalho e no lazer, como recurso de acessibilidade comunicacional para as pessoas com deficiência, principalmente para as pessoas cegas ou com baixa visão.
Específico- Formar áudio-descritores capazes de produzir traduções visuais de eventos dinâmicos e/ou estáticos, com requinte e qualidade áudio-descritiva, mediante o entendimento de que a áudio-descrição é um recurso de tecnologia assistiva empoderativo e não paternalista ou de subestimação da capacidade da pessoa com deficiência em compreender os eventos fílmicos, teatrais e outros.

A QUEM SE DESTINA
Profissionais e estudantes de comunicação, das áreas de artes em geral e das áreas de cênicas e plásticas, de turismo e museus, das áreas de RH, Psicologia, Engenharia e Arquitetura, que se interessem pela acessibilidade da pessoa com deficiência; Diretores e Produtores de peças teatrais; Autores de livros; Promotores de eventos culturais e educacionais, bem como todos os que se interessem por teatro, cinema, fotografia e televisão; Professores e alunos de Letras com ênfase em tradução; Educadores em geral e pessoas com deficiência visual.

Pré-requisitos:
Ensino médio completo (no mínimo); bom conhecimento da língua portuguesa padrão.


INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O CURSO
No curso “Imagens que Falam” os formandos do curso de áudio-descrição terão a oportunidade de produzir e mostrar seus trabalhos, discutir suas escolhas tradutórias e divulgar, com o que produziu no curso, a áudio-descrição no meio acadêmico e leigo, já que esta área do conhecimento é nova na Universidade, tanto quanto fora dela.
O curso de introdução à áudio-descrição  “Imagens que falam” será ministrado em 40 horas, com 20 horas presenciais e 20 horas à distância, e contará com ambiente virtual para exercícios e tutoria;
          Os alunos terão acesso ao ambiente moodle (adequadamente preparado com acessibilidade, segundo orientações da W3C, e em acordo com a legislação brasileira), para o estudo da áudio-descrição.
          No ambiente moodle estarão disponíveis todos os materiais a serem usados nas aulas. Assim, materiais de fundamentação teórica,  slides, vídeos e  outros arquivos, usados no curso, serão antecipadamente colocados no moodle, para o acesso e uso simultâneo dos alunos.
          As aulas, podcasts e outros materiais, eventualmente utilizados,  também serão disponibilizados nomoodle, para o estudo de todos.
          Os tutores e o professor executor do curso se revezarão na interação  com os estudantes, pelo moodle, através das ferramentas interpessoais de interação educacional, disponíveis nesse ambiente.
          As aulas à distância, quando necessário,  serão transmitidas ao vivo pelo sistema de conferência Eluminate, especializado para esse fim. Atividades específicas (tarefas) serão solicitadas para os alunos, os quais deverão respondê-las nos prazos pré-determinados.
          A avaliação será graduada, de uma a cinco estrelas, sendo considerado aprovado aquele que obtiver três ou mais estrelas. Será recomendado, para trabalhos com áudio-descrição, o aluno que obtiver cinco estrelas. 
          Terá a graduação máxima aquele que, na avaliação do professor responsável pelo curso, obtiver êxito de 90 a 100% nas atividades propostas.
A aprovação mínima será de 3 estrelas. Quantitativa e qualitativamente, a participação  do estudante, seja no ambiente virtual, seja no presencial, será  consideravelmente valorada.
Como parte da metodologia de estudo, serão apresentados diversos trabalhos com áudio-descrição, os quais serão discutidos/analisados à luz das mais reconhecidas diretrizes de áudio-descrição, aquelas que ensinam os maiores formadores de áudio-descrição de todos os tempos: Gregory Frazier , Margarette e Cody Pfanstiehl, Jesse Minkert e Joel Snyder, entre outros.
Obs.: Os participantes receberão certificado.

APRESENTAÇÃO
Visando a responder às exigências legais e buscando suprir as lacunas deixadas pelas barreiras comunicacionais enfrentadas pelas pessoas com deficiência visual, o curso de áudio-descrição, “Imagens que Falam” é, em si, a própria construção de uma via para divulgação da áudio-descrição no Brasil. Inicialmente, este curso foi ministrado, presencialmente, no Centro de Estudos Inclusivos (CEI/UFPE) e depois, tomou o país, por meio do ensino à distância, o que fez do curso o primeiro nessa modalidade.
Mas, o que se pode esperar de um curso de Tradução Visual, com ênfase na Áudio-descrição?
No curso “Imagens que falam” os participantes entrarão em contato não só com os conhecimentos voltados à descrição de filmes, peças teatrais, conteúdos televisivos e outros, mas também com os constructos que permitem a descrição de figuras, fotos e outras configurações bidimensionais, eventualmente encontradas em apresentações como slides ou transparências, em seminários, congressos e afins, ou, tão somente, em sala de aula, nos livros didáticos dos alunos.
Neste curso, os participantes aprenderão que a áudio-descrição consiste na identificação e elocução de elementos visuais essenciais à compreensão e apreciação das imagens presentes nas obras teatrais, cinematográficas, televisivas, literárias, jornalísticas, científicas, artístico-culturais, entre outras, destinadas, principalmente, às pessoas com deficiência visual, com dislexia, pessoas analfabetas, ou que não saibam o idioma em que um filme ou programa está sendo exibido.
O foco do curso de áudio-descrição “Imagens que Falam” é oferecer ao áudio-descritor ferramentas para tornar o mundo das imagens acessível àqueles que não as podem ver, tornando tais imagens significativas, portanto, igualmente relevantes para as pessoas com deficiência visual, tanto quanto para os indivíduos que enxergam.
O conceito que sustenta o curso é o de que na áudio-descrição, as imagens devem falar aos sujeitos que não as veem (com a mesma magnitude e beleza), por meio da voz ou da escrita do áudio-descritor.
A áudio-descrição faz parte do campo da Tradução Visual e é produzida segundo diretrizes técnicas pré-estabelecidas, dentre as quais a da oferta de narração dos elementos visualmente observados, nos intervalos/pausas entre as falas dos personagens.
Como uma importante ação de responsabilidade social, a áudio-descrição se adequa às exigências legais como a Lei 10.098/2000 e ao Decreto 5.296/2004, entre outros dispositivos legais, o Decreto 6949/09, por exemplo, que visam à acessibilidade comunicacional às pessoas com deficiência visual, tanto no lazer quanto na educação e no trabalho, por exemplo, num treinamento/capacitação oferecido aos empregados de uma empresa.
Os Áudio-descritores formados pelo “Curso de Tradução Visual com Ênfase na Áudio-descrição Imagens que Falam” são preparados para produzir roteiros de áudio-descrição para gravação em cinema, teatro ou televisão, bem como para fazer áudio-descrição simultânea nesses ambientes e outros, como em museus, mostras de arte, congressos, conferências etc.

MAIS INFORMAÇÕES
Por telefone: (11) 7895-1127 ou (81) 9997.9339 –
Visite:

6 de jun. de 2012

Audiência pública sobre educação de surdos - 04/06 em Porto Alegre (RS)

Olá pessoal!
É com alegria que trago notícias da Audiência pública ocorrida na segunda-feira, dia 04/06, em Porto Alegre. Uma chamada para a audiência havia sido publicada aqui. Infelizmente não pude comparecer, mas fiquei contente em saber que ela foi um sucesso. Parabéns a todos os que estão lutando por esta causa, em especial à Ana Paula Jung e Roger Prestes!
 No site de notícias da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul encontrei essa reportagem, que reproduzo na sequência, assim como uma série de fotos. Escolhi duas para mostrar a vocês:




EDUCAÇÃO, CULTURA, DESPORTO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Surdos querem escolas em que a Libras seja a primeira língua
Cristiane Vianna Amaral - MTB 8685 | Agência de Notícias - 15:34-04/06/2012 - Edição: Letícia Rodrigues - MTB 9373 - Foto: Marcos Eifler
Participantes defendem que é preciso valorizar a língua dos surdos

Escola Bilíngue para Surdos foi o tema da audiência pública que lotou o Teatro Dante Barone na manha dessa segunda-feira (4). Antes do início do evento, a plateia estava animada, mas pouco se ouvia. É que o principal meio de comunicação eram os gestos, a forma de manifestação da Língua Brasileira de Sinais (Libras). E é isso que os educadores, professores e estudantes presentes defendem: um espaço em que a Libras seja a primeira língua e o português escrito a segunda.
O deputado Carlos Gomes (PRB) foi o proponente da audiência, realizada pela Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia. Ele foi procurado pelo movimento nacional em defesa da educação e cultura surda, cuja principal entidade integrante é a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis). O parlamentar está preocupado com a dificuldade dos surdos de ingressarem e permanecerem na escola regular. “Me senti envergonhado por não entender a linguagem de sinais, mas vou me esforçar para aprender. Hoje, como estou minoria, consegui compreender como se sente um aluno surdo”, disse o parlamentar. 
O diretor regional da Feneis, Francisco Eduardo da Rocha, defendeu mais integração entre as escolas para surdos no Estado. “Queremos saber o que está acontecendo, trocar experiências.” Segundo ele, não há uma política para essas instituições de ensino do RS. Ele comemorou a inclusão da representação dos surdos no Fórum Estadual de Educação, mas reivindica que a Secretaria da Educação crie um grupo de trabalho para levar as discussões adiante.
Movimento de surdos é nacional
Uma  carta denúncia entregue nos Ministérios Públicos de todo o país resultou na abertura de um inquérito civil público sobre a questão da educação para surdos no país. O professor Cláudio Henrique Nunes Mourão, o Cacau, explicou que esse instrumento funciona como uma espécie de Comissão Parlamentar de Inquérito, ouvindo as partes envolvidas. O professor acredita que são necessárias mudanças na política do Ministério da Educação, que estaria fechando as escolas bilíngues, e convocou todos a participarem de um movimento em defesa dos direitos dos surdos, como fazem os gays e os negros.
O movimento dos surdos já impediu o fechamento de escolas bilíngues  em todo o país e conta com a adesão de entidades como a Apae e de personalidades, como a atriz Marieta Severo, que tem uma irmã surda. Uma manifestação em Brasília, no ano passado, reuniu quatro mil surdos e apoiadores contra as políticas do Ministério da Educação, que acredita na inclusão dos surdos no ensino regular. “E não existe uma lei que garanta a manutenção das escolas bilíngues”, reclamou Cacau. No RS, foram fechadas classes para surdos em quatro cidades no último ano.
A importância da academia e do poder público
O papel da universidade e da pesquisa acadêmica, como fundamental para alimentar o debate político e a mobilização em prol da escola bilíngue, foi o aspecto trazido pela professora Adriana Thoma, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Ela contou que havia muitas hipóteses sobre a educação para surdos. Então sete instituições de ensino superior uniram-se para formar um grupo de pesquisa sobre o tema no RS. Foi realizado um mapeamento do Estado sobre as condições das matrículas de surdos e o tipo de turma em que estes se encontravam. “Apesar de algumas secretarias municipais de educação não terem dado retorno, temos dados significativos para afirmar que a maioria dos surdos que chegam à universidade frequentaram escolas específicas, pois apresentaram um melhor desenvolvimento linguístico e educacional.”
Adriana relatou que quando o surdo está entre alunos ouvintes e sem muitos recursos a evasão é enorme. Outra situação são os alunos nômades, que vão de cidade em cidade em busca de  melhores condições de escolarização. Ela contou ainda a história de uma professora que atendia turmas regulares de Educação para Jovens e Adultos apenas uma vez por semana em três cidades diferentes. “Os alunos recebiam apenas uma fatia do conhecimento trabalhado.”
A experiência de Cuba é um exemplo para Adriana. Logo que a criança é diagnosticada como surda, uma pessoa fluente na língua faz visitas em casa e trabalha com toda a família. Isso até os três anos de idade. Dos quatro aos cinco anos, ela frequenta uma escola de educação bilíngue e na fase seguinte, pode-se optar pela escolarização bilíngue ou inclusiva.
“No Brasil, as crianças que são dignosticadas como surdas não recebem visitas em casa. É como um atendimento clínico, no qual a criança é quem se desloca”, explicou Adriana. Para a professora, é necessário investir mais na educação bilíngue com foco na educação infantil. “O resultado disso é que essas crianças chegam na escola sem o conhecimento línguístico adequado para que possam apreender os conteúdos.”
A professora Patricia Rezende concentrou seu depoimento na crítica à política de inclusão que está sendo desenvolvida pelo Ministério da Educação. Ela acredita que é preciso valorizar a língua dos surdos.  “Nas comunidades indígenas, o português também é a segunda língua.”
Ela é contra transformar as escolas bilíngues em centros de Atendimento Educacional Especializado (AEE) como o MEC estaria propondo. “A comunidade linguística tem direito de escolha de como será sua educação. É preciso contato para desenvolvimento linguístico e a partir da escola cria-se uma comunidade. Não é o governo que vai mandar que eu seja incluído ou não.”
O Brasil ratificou, em 2009, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU de Nova Iorque, que garantiria a construção da identidade dos surdos. E Patrícia cobra do governo federal a aplicação do acordo que tem força de lei. 
Patrícia comemorou duas mudanças no Plano Nacional de Educação, que deve ser aprovado pelo Congresso em breve. A primeira garante a educação bilíngue tendo a Libras como primeira língua e a segunda, que sejam oferecidos professores bilíngues e não apenas intérpretes.
O deputado Adão Villaverde (PT) trouxe o apoio de sua bancada ao movimento. “É diferente quando as concepções são testadas na prática”, alertou. Ele defendeu uma política de inclusão total, calcada na formação e qualificação dos professores. E criticou a cultura da exclusão que muitas vezes começa no próprio poder público.
Experiências de vida
As crianças surdas presentes no Dante Barone foram convocadas pelo professor Cristian Alexandre Strak para subirem ao palco. “Os surdos não podem ter medo de perder o emprego. Eu poderia dizer que era a favor da inclusão para trabalhar numa Atandimento Educacional Especializado, mas o meu amor é por essas crianças e pela língua de sinais. E o pequeno Jackson, de quatro anos, deixou seu recado, que emocionou a todos. “Eu não quero inclusão, eu quero ter o direito de estudar com surdos.”
O professor Roger Prestes, integrante do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, fez uma fala rápida, mas contundente. “Nada sobre nós sem nós”, bradou. A crítica é dirigida aos gestores responsáveis pela aplicação de políticas públicas que não estariam levando em conta as reivindicações dos surdos.
Já o vice-presidente da Feneis, Carlos Góes, resgatou que antigamente os surdos não podiam casar, nem ter casa própria no país. “Tenho uma esposa, dois filhos e duas noras surdos e a inclusão não pode nos oprimir.” Ele comemorou as novas leis, como a que oficializou a língua de sinais no Estado em 1999, iniciativa pioneira no Brasil, mas diz que é preciso continuar lutando e destacou os trabalhadores e idosos surdos. “Me sentia um idiota quando era criança porque tinha que falar. A cultura da inclusão é a da oralização.”
A situação do RS
“A comunidade surda é titular de direitos e deve buscá-los junto aos órgãos competentes, seja administrativa ou judicialmente”, afirmou o representante da Procuradoria-geral do Estado, Alfredo Simon, integrante da Comissão de Direitos Humanos do órgão. Ele salientou que a Procuradoria é responsável pelo controle da legalidade na administração pública e que está aberta para demandas da comunidade surda.
Ana Paula Jung, da Escola Estadual Especial Keli Meisi Machado, de Novo Hamburgo, está preocupada com a situação da educação para surdos no Estado. “Não há um posicionamento legal da Secretaria da Educação e as políticas estão de acordo com as do Ministério. Estamos há anos sem formação, sem subsídio e os professores estão sendo transformados em intérpretes.” A professora cobrou uma diretriz clara do Estado para evitar o desmonte das 12 instituições com ensino bilíngue no RS.
Encaminhamentos
O deputado Carlos Gomes sistematizou as principais reivindicações e afirmou que vai levá-las ao governador Tarso Genro e ao seu secretariado. Confira os principais pontos:
  • Levantamento no número de surdos, como está o atendimento nas escolas, situação dos professores, níveis de evasão no Ensino Médio e Ensino para jovens e Adultos;
  • Grupo de trabalho temático para sistematizar discussões mundiais, no Brasil e no Estado;
  • Organização e normatização da educação para surdos;
  • Especificidade das crianças surdas;
  • Curso de Libras como parte obrigatória da formação de professores;
  • Políticas públicas de saúde;
  • Promoção de uma sociedade mais igualitária
O parlamentar anunciou que irá realizar uma audiência pública para tratar da situação do surdo no mercado de trabalho, ainda sem data definida.
Presenças
O senador Paulo Paim (PT), que prestigiou rapidamente o evento, transmitiu a Carlos Gomes seu apoio ao movimento dos surdos no Senado. Também participaram da audiência a presidente da Comissão de Educação da AL, deputada Juliana Brizola (PDT), e os deputados Mano Changes (PP) e Raul Pont (PT).

4 de jun. de 2012

I Encontro Nacional de Libras - RS

Olá pessoal, tudo bem???

Hoje quero divulgar o Encontro Nacional de Libras aqui no RS, que vai acontecer entre 24 e 25 de agosto de 2012 na PUC/RS (Porto Alegre).
É possível apresentar comunicações e pôsteres sobre Ensino de Libras, Lideranças Surdas e Línguas de Sinais. Maiores informações no site do evento (clique aqui).
Abaixo, o vídeo de divulgação do encontro.  Vamos???

23 de mar. de 2012

Curso: "Introdução ao ensino de LP para Surdos" - 2012/1


Olá pessoal,

É com grande alegria que anuncio que estão abertas as inscrições para o Curso de Extensão: Introdução ao Ensino de Língua Portuguesa para Surdos - 2012/1. É a 5ª edição do curso, em parceria com a UNISINOS, sendo 1 edição presencial e 4 a distância, a partir da solicitação de interessados em diversas localidades do Brasil.
Peço a sua ajuda para divulgar o curso entre aqueles que possam se interessar pelo assunto, especialmente para aqueles que estão começando a se preparar ou pesquisar o tema (por isso ele é apenas uma introdução).
Agora, se você já trabalha/pesquisa sobre o assunto, já é professor de surdos ou tem bastante leituras, ou se você já fez esse curso, programe-se para o segundo semestre, onde vamos oferecer o curso "Ensino de LP para Surdos: tópicos avançados" (2ª edição). Para saber mais, clique aqui.

Abaixo, algumas informações sobre o curso Introdução ao Ensino de Língua Portuguesa para Surdos - 2012/1. Leia com atenção!

Apresentação

O curso é voltando para professores, fonoaudiólogos ou estudantes de licenciatura, e  se propõe a apresentar noções a respeito da disciplina Língua Portuguesa para Surdos e suas especificidades, possibilitando que o participante tenha contato com pesquisas e produção científica recentes na área, além de ter informações a respeito da legislação e abordagens educativas que a contemplam. O curso será realizado na modalidade a distância através de interação na plataforma Moodle (ou seja, o participante realizará o curso através da internet).

Datas: De 14/5/2012 a 23/6/2012, com 30h/aula, pela Plataforma Moodle (100% EAD).

Público de interesseProfessores de Língua Portuguesa e de Educação Infantil; acadêmicos e graduados dos cursos de Letras, Pedagogia, Fonoaudiologia e licenciaturas, bem como acadêmicos de cursos Normal e Magistério.
Datas dos encontros on-line (chats)
Os alunos poderão optar entre 2 grupos de datas:
Grupo 1 -16/5; 30/05 e 20/05, quartas-feiras, das 20h às 21h ou
Grupo 2 - 19/5; 26/5 e 09/06, sábados, das 9h às 10h.

Pré-requisitos
Conhecimento básico de informática, e-mail próprio, acesso à internet e disponibilidade de 4 horas semanais, sendo 3 horas de atividades assíncronas e 1 hora para atividades síncronas, via web conferência, nos horários e dias pré-determinados.

Demais informações
O curso será ministrado pela Professora Vanessa de O. Dagostim Pires (uma das administradoras do blog), cujo perfil está disponível aqui.

Quem quiser conhecer mais sobre a UNISINOS, a instituição que oferece o curso, pode clicar aqui.

Para saber os valores do curso e formas de pagamento, clique aqui.

Tópicos que serão abordados no curso
Educação de surdos: histórico e panorama brasileiro;
Cultura Surda e Língua de Sinais;
Escola Inclusiva, Escola Especial e Escola de surdos;
O que fala a legislação a respeito da Educação de Surdos?
O que é Língua Portuguesa para Surdos (LP/S);
Bilinguismo e aborgadem educativa bilíngue;
Literatura Surda e letramento

Para se matricularclique aqui!

22 de mar. de 2012

Curso de Tradutor/Intérprete de LS na ULBRA/RS

Olá pessoal, tudo bem?

Muitas pessoas me perguntam sobre a profissão do intérprete, como se profissionalizar... enfim, para ser um Tradutor e Intérprete de Libras profissional é preciso, primeiramente, uma formação adequada.
A ULBRA/RS está com inscrições abertas para o curso de extensão em TILS. Preste atenção:

Abertas inscrições para Tradutores/Intérpretes de Libras

publicado em29/02/2012 17:11:34

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A 5ª edição do Curso para Formação de Tradutores/Intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) na ULBRA Canoas está com inscrições abertas até o dia 10.04. Os candidatos participam de uma entrevista de avaliação e as aulas iniciam dia 05.05, ocorrendo sempre aos sábados, das 9h às 17h.
O coordenador do curso, Vinicius Martins, destaca que é uma oportunidade para pessoas que tenham alguma fluência em Libras e possam obter formação específica para ingressar no mercado de trabalho.
Martins explica que a atividade já foi reconhecida, mas ainda não está regulamentada. Para esta edição algumas disciplinas foram revisadas e readequadas às orientações da legislação que reconhece a atividade ao mercado de trabalho.  
Ele destaca que a procura por profissionais capacitados na área tem aumentado nos últimos tempos. Aproximadamente 80 alunos participaram do curso na ULBRA nos últimos três anos e a estimativa é de que 90% já saem com encaminhamento à vaga de emprego. “Na última semana aconteceram duas contratações para trabalho em instituições de ensino”, comemora. O coordenador lembra que o tradutor/intérprete de Libras, além das instituições de ensino, também pode atuar na televisão, em entidades, empresas e órgãos públicos.
Na ULBRA, os alunos com deficiência, e que precisem do serviço de intermediação cultural (tradutor/intérprete), podem solicitar apoio ao Programa Permanente de Acessibilidade (PPA), no prédio 1. O pedido também pode ser feito através da Central de Atendimento ou nas coordenações dos cursos.

Serviço:
As inscrições podem ser feitas até o dia 10.04 pelos e-mails viniciusmartinsf@gmail.com, coordipesa@ulbra.br ou pelo telefone 3477.9190.
O curso tem duração de 14 meses, com carga horária de 465 horas.
O candidato deve ter conhecimento básico de Libras para poder ingressar no curso.