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31 de mar. de 2016

10 (ótimos) filmes sobre diferenças - Parte II

Continuando a lista que comecei aqui:

6. The Hammer (2010)

O filme conta a história real de Matt Hamill, lutador surdo de UFC, sua criação, seus desafios e sua educação na escola. Bem interessante, bem feito e sem drama exagerado. 
Resenha mais completa sobre o filme, publicada aqui.



7. Gilbert Grape aprendiz de sonhador (1993)


Com ótimos atores, o filme conta a história de Gilbert Grape (Johnny Depp), um adolescente que, desde a morte do pai, é o responsável por sustentar a família. Sua mãe Bonnie (Darlene Cates) sofre de obesidade mórbida desde que entrou em depressão, após o suicídio do marido, o que faz com que o caçula Arnie (Leonardo DiCaprio), um jovem autista, fique sob os cuidados de Grape. 




8. Simples como amar (1999)
A atriz Juliette Lewis, que também está em Gilbert Grape, arrasa no filme "Simples Como Amar". O filme é classificado como uma comédia romântica, mas supera esse rótulo, ao retratar a vida de Carla Tate, uma jovem adulta com deficiência intelectual que luta para ser independente, apesar da superproteção da família. Lindo!


9. I am Sam (Uma lição de amor) (2001)



Se todos os filmes desta lista são bons, eu nem sei classificar o excelente "I am Sam", ou "Uma lição de amor", que teve várias indicações ao Oscar. O filme relata a história de Sam Dawson (Sean Penn) um homem com atraso cognitivo que cria sua filha Lucy (Dakota Fanning) com uma grande ajuda de seus amigos. Porém, assim que faz 7 anos Lucy começa a ultrapassar intelectualmente seu pai, e esta situação chama a atenção de uma assistente social que quer Lucy internada em um orfanato. A partir de então Sam enfrenta um caso virtualmente impossível de ser vencido por ele, contando para isso com a ajuda da advogada Rita Harrison (Michelle Pfeiffer), que aceita o caso como um desafio com seus colegas de profissão. Prepare o lencinho!

10. Como estrelas na Terra (2007)
 O filme indiano "Taare Zameen Par - Como estrelas na Terra" tem como subtítulo: toda criança é especial. Ele mostra a vida de Ishaan, um menino de 9 anos com dislexia e sua dificuldade em ser aceito pela família e escola. Até que um professor aparece e descobre o potencial do menino. Recomendo especialmente para educadores, pois mostra a dislexia de maneira lúdica e bem esclarecedora. 




16 de jun. de 2013

10 obras literárias sobre diferenças (Parte 2)

Olá queridos leitores,

Conforme prometido aqui, hoje publicaremos a segunda parte da lista das 10 obras literárias que selecionamos, que tratam, com qualidade, de assuntos como deficiência e diferenças, e podem ser utilizadas em salas de aula, com seus filhos, ou simplesmente para aumentar seu repertório de boas leituras.
A primeira parte da lista com as 5 primeiras obras podem ser encontradas clicando aqui.
Segue a segunda parte:

6. Pollyanna (autora: Eleonor H. Porter | Editora: Várias)
Pollyana é a clássica história que várias gerações (incluindo a minha) leram na infância. Escrita em 1913 e considerado um clássico da literatura infanto-juvenil, a obra teve sua primeira tradução para o português brasileiro feita por Monteiro Lobato. Atualmente é possível encontrarmos várias versões e traduções em diferentes editoras, como uma edição bilíngue (inglês/ português) da Editora do Brasil ou em uma coleção de bolso pela Saraiva.
A obra conta a história de uma menina que fica órfã aos 11 anos e vai viver com sua amarga tia Polly (em algumas versões, Paulina), e enfrenta muitas diversidades e resistências da tia. Para conseguir viver nesse ambiente, ela joga o "jogo do contente" que aprendeu com seu pai, que ensina que temos sempre que buscar enxergar o lado positivo das coisas, mesmo que pareçam ruins. Até que a menina tem um acidente de carro e fica sem o movimento das pernas...


7. Um amigo no escuro (autora: Marcia Kuptas | Editora: Moderna)
A história de "Um amigo no escuro" é tão tocante que já foi adaptada e encenada no teatro. Ela conta a história de uma menina de 13 anos que durante um blecaute na rede elétrica resolve passar o tempo fazendo uma roleta russa. Mas não se assustem, o livro não é sobre violência! A roleta russa que Luciana, a personagem faz, consiste em discar, nos teclados do telefone, um número aleatório e conversar com alguém desconhecido. A partir daí a história se desenrola de maneira interessante e surpreendente! Leitura indicada para o público juvenil. 







8. O voo da gaivota (autora: Emanuelle Laborit | Editora: Best Seller)
Já falei sobre este livro em post de 2007 (ver aqui) mas faz tanto tempo e o livro é tão bom, que não vi mal nenhum em repeti-lo em nossa lista. "O voo da gaivota" (agora sem o circunflexo no primeiro 'o') é uma autobiografia da atriz francesa surda Emanuelle Laborit. A atriz encenou a peça que deu origem ao  famoso filme "Filhos do silêncio", na França, e fala, no livro (que em Portugal se chama "O grito da gaivota") sobre a sua infância e o como se descobriu surda, à medida que foi crescendo. Um lindo depoimento sobre as suas primeiras experiências "sem sons", com o esforço de seus pais para educá-la, seu esforço pessoal para falar, e a descoberta da língua de sinais que mudou totalmente sua vida. O livro não é mais publicado pela editora, que foi incorporada pelo Grupo Editorial Record, mas ainda é possível encontrá-lo em grandes bibliotecas ou quem sabe em um sebo. Recomendo muito, principalmente para quem se interessa pelo tema da diferença, e estuda/pesquisa/trabalha com surdos. Atenção ao procurar o livro: existe outro com o mesmo título, mas a história não tem nada a ver. Observe a autoria!


9. Feliz Ano Velho  (autor: Marcelo Rubens Paiva| Editora: Best Seller)

O romance que conta a história do acidente que deixou Marcelo tetraplégico foi um best-seller na década de 80, virou filme, peça de teatro e marcou toda uma geração. Ainda hoje há quem não tenha lido ou não conheça a obra, narrada de maneira irreverente e tocante, principalmente os mais jovens. Além do acidente, o livro traz recordações da infância e juventude do período de ditadura militar brasileira, já que seu pai foi cassado e desapareceu quando ele tinha 11 anos de idade. O autor também  escreveu outros livros, peças de teatro, e atualmente é colunista de diversos meios de comunicação, entre eles do Estadão (clique aqui para acessar a coluna dele). Indicado para adultos.


10. O Filho eterno  (autor: Cristóvão Tezza| Editora: Record)
Lançado em 2007, o romance "O filho eterno" já foi publicado em Portugal, Itália, França, Espanha, Holanda e Austrália, e recebeu os mais importantes prêmios literários brasileiros. Este grande sucesso conta a história da chegada de Felipe, um filho com Síndrome de Down à vida de um jovem casal. A história é narrada em 3ª pessoa, mas conta as experiências do próprio escritor. Diferente dos outros livros indicados, é a história de um pai, suas expectativas, reações, tristezas e grandes descobertas.

Aproveitem a lista e comentem! Abraço,
Vanessa.

5 de jun. de 2013

10 obras literárias sobre diferenças (Parte 1)

Olá pessoal,

Hoje vou inaugurar a série de postagens que estou preparando de "10 coisas", ou seja, listas de 10 dicas sobre algum material ou assunto relacionado às diferenças, surdez, inclusão, enfim, assuntos que possuem relação com o blog. Escolhi "10 coisas" porque é um bom número para quem começar a conhecer esses materiais, ou para você que já conhece, verificar o que ainda falta, opinar, dar outras sugestões. Pode ser que seja a primeira e última postagem da série, hehehehe, vamos ver se vocês gostam e se eu consigo tempo para continuar!

Começo então com as "10 obras literárias sobre diferenças" que eu considero que sejam relevantes, estão publicadas em língua portuguesa, e são fáceis de ser encontradas em bibliotecas e livrarias (pelo menos a maioria delas). Também pensei em obras que podem ser facilmente lidas por alunos (pensando que muitos leitores são professores),  e gostariam de debater assuntos como a tolerância às diferenças com seus alunos, certo? Por isso algumas são destinadas ao público infantil, outras para o juvenil, e outras somente para adultos!

Acabei dividindo o post em 2 partes, porque ele ficou muito longo! Então hoje começaremos com a primeira parte das 10 obras.

1. Tibi e Joca (autora: Cláudia Bisol | Editora Mercado Aberto)

"Tibi e Joca" está no topo da lista por um simples motivo: de todos, é o meu preferido! O livro é lindo, simples e sensível, e conta a história de Tibi, um menino cujos pais o descobrem surdo, e vive toda a problemática da diferença, quando seus pais não sabem o que fazer e ele se vê perdido e sozinho, até encontrar Joca, que lhe apresenta à Língua de Sinais, e com ela, um novo mundo. O livro traz o texto em língua portuguesa e a tradução em Libras do Joca, em ilustração no canto da página, e pode ser lido por crianças (alfabetizadas ou não), surdas ou ouvintes, e por adultos também, é claro. Quem me conhece sabe o quão difícil é contar a história do livro sem chorar, porque ele me toca demais. Recomendadíssimo!

Exemplo de página do livro.


2. A ararinha do bico torto (autor: Walcyr Carrasco | Editora Ática)


Outro livro fofo da lista, "A ararinha do bico torto" é recomendado para crianças de 8 a 11 anos, e conta a história de um filhote de ararinha que, por ter nascido com o bico torto, não consegue se alimentar e é abandonado por seus pais na floresta, onde é encontrado por um fotógrafo e seu filho. Sensível, a história rende muita discussão com os pequenos leitores, e além de falar sobre o tema deficiência também ensina a cuidar da natureza. Com belíssimas ilustrações, a obra também está disponível em versão para tablets.





3.  Ímpar (autor: Marcelo Carneiro da Cunha | Editora Projeto)

"Ímpar" é um dos livros que conheci por intermédio de meus alunos do ensino fundamental, que leram e amaram a obra. De forma emocionante e na linguagem dos adolescentes, conta a história de um menino que perde o braço em um acidente e, ao conhecer outros jovens com deficiência, forma uma turma de amigos chamados "Galera Ímpar". O livro é narrado em primeira pessoa pelo personagem principal, e mostra o cotidiano de alguém que de repente, começa a viver a vida de uma outra maneira.


4. Estrelas tortas (autor: Walcyr Carrasco | Editora Moderna)

Este é outro livro que conheci por intermédio de meus alunos, e narra uma história semelhante ao enredo de "Ímpar". A diferença é que a personagem principal, que sofre um acidente e fica paraplégica é uma menina, e a história é contada por vários personagens, que dão diferentes versões e visões do acidente e do que ele representou na vida de todos.



5. Aleijado (autor: Luiz Antonio Aguiar | Editora   )


Com um título que choca, em um mundo "politicamente correto", o livro (outro legado de meus alunos) com o subtítulo supercriativo "Aventuras de um garotão em luta contra escadas, buracos e outras desconsiderações do mundo" foi indicado ao Prêmio Jabuti e conta a história de um jovem que sofre um acidente após pegar a moto de um amigo emprestada, sem habilitação para dirigir. O personagem principal narra a sua aventura, ao ter de enfrentar um mundo nada acessível em um cadeira de rodas, em primeira pessoa, a partir de sua difícil recuperação. Vale a pena!



O que acharam da primeira parte da lista? Em breve publicaremos a segunda parte. Fiquem ligados!
Vanessa

26 de fev. de 2011

Prepare-se para o I Congresso Internacional sobre Surdez - Educação, Tradução e Interpretação (UNICAMP)

Olá pessoal!
Em novembro, na UNICAMP (Campinas, SP), acontecerá o I Congresso Internacional sobre Surdez - Educação, Tradução e Interpretação, evento voltado a Professores e educadores, tradutores, intérpretes, guias-intépretes, linguistas e todos os interessados na temática. Alguns canais de comunicação estão começando a divulgar as primeiras informações sobre o evento, que ocorrerá entre os dias 18, 19 e 20 de novembro de 2011. Portanto, se você pretende participar, reserve esta data e fique atento a estes canais de comunicação para saber mais detalhes. O endereço do blog oficial é http://congressosurdez2011.blogspot.com/, onde existem vídeos com convites para participação do evento em diversas línguas orais e de sinais, acesse e acompanhe!


22 de jun. de 2009

The Silent Worker


Muito legal!"The Silente Worker" foi um jornal popular entre a população surda dos Estados Unidos durante o final dos 1890 até o final do primeiro trimestre do século 20. Inicialmente conhecido como o "Deaf Mute Times" , foi publicado pela primeira vez em Fevereiro de 1888 e renomeado "The Silent Worker" em 27 de setembro do mesmo ano. A Escola New Jersey para Surdos continuou sua publicação mensal, com exceção de julho, agosto, setembro e periodicamente até que cessou em Junho de 1929. Os artigos do jornal foram escritos, em sua maioria, por surdos americanos, embora ocasionalmente surdos de outros países também tenham contribuído para o jornal. Agora a Universidade de Gallaudet converteu a coleção do jornal em formato digital para a pesquisa pública na internet. Muito interessante, com certeza vale a pena conferir e garimpar muitas coisas lá!
Para acessá-lo, clique aqui!

21 de jun. de 2009

Defesas de TCCs e dissertações

NA UFSC - Florianópolis - SC
24/06 - 9h - Sala Drummond - Shirley Vihalva - "Mapeamento das línguas de sinais emergentes: um estudo sobre as comunidades linguísticas indígenas de Mato Grosso do Sul"
25/06 - 10h - Sala Drummond - Paulo Machado - "Diferença cultural e educação bilíngüe: as narrativas dos professores surdos sobre questões curriculares"
25/06 - 14h - Sala Drummond - Gisele Iandra Pessini Anater - "As marcações lingüísticas não-manuais na aquisição da língua de sinais brasileira: um estudo de caso longitudinal"

No Centro Universitário Metodista – BENNETT- Rio de Janeiro/RJ
Defesa de Monografia JOÃO PAULO FERREIRA DA SILVA- "Informação, Comunicação e Inclusão: acessibilidade aos surdos nos museus e centros culturais"- dia 24 de Junho de 2009 – 19 horas - Rua Marquês de Abrantes, 55
Flamengo, RJ

Quem quiser divulgar eventos e defesas de trabalhos acadêmicos, é só enviar para o email do blog!
Boa sorte a todos!

25 de mar. de 2009

Concursos no RS

Oi pessoal
Quero aproveitar para divulgar algumas oportunidades, fiquem atentos!
  • Professor Assistente da Carreira do Magistério Superior da Fundação Universidade Federal do Pampa; CAMPUS: Bagé ÁREA DE CONHECIMENTO: Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS VAGA(S): 1 (uma); CLASSE/ REGIME DE TRABALHO: Assistente /40 Horas DE REQUISITOS: (1) Mestrado em Libras, Educação ou Letras; e (2) Licenciatura em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesa como segunda língua. Caso o(a) candidato(a) não tenha título de graduação ou de pós-graduação (Mestrado ou Doutorado) em Libras, poderá ter: (1) Mestrado em Letras ou em Educação; e (2) Licenciatura em Pedagogia ou em Letras, comprovando também um dos seguintes perfis: (a) professor de Libras, (b) instrutor de Libras, ou (c) professor ouvinte bilíngüe: Libras - Língua Portuguesa, sendo todos usuários dessa língua e com certificado de proficiência em Libras, obtido por meio de exame promovido pelo Ministério da Educação. OBSERVAÇÃO: Neste concurso, terão prioridade pessoas surdas (em atenção ao Art.7º, § 1º do Decreto nº 5.626, de 22/12/2005). Maiores informações: http://www.unipampa.edu.br/portal/dmdocuments/Edital08_2009_concurso_docente.pdf
  • Professor de Educação Especial - Prefeitura de Cachoeirinha/RS - Deficiência Auditiva - 01 vaga -Curso de Licenciatura de Graduação Plena, com habilitação em Educação Especial na área de Deficiência Auditiva.20 horas 947,92 - Maiores informações: http://www.objetivas.com/concurso_new/detalhe.php?id=385

27 de nov. de 2008

Novidades: TCCs, Teses e Dissertações na área da surdez


Olá Pessoal

Depois de um problema com a internet em toda a minha cidade por quase uma semana consegui voltar a postar. E logo trago uma ótima novidade.

A Editora Arara Azul está lançando o Caderno Acadêmico, um espaço on-line de divulgação de trabalhos acadêmicos (Monografias, TCCs, Teses e Dissertações) sobre assuntos envolvendo Surdez, Educação de Surdos, Língua de Sinais....

Os autores que quiserem compartilhar graciosamente seus trabalhos naquela seção podem prosseguir da seguinte maneira:

Mande um e-mail para pedagogia@editora-arara-azul.com.br e fale com nossa Assessora pedagógica, RENÉ JOSÉ DA SILVA.


Quem quiser ver os trabalhos já disponíveis é só entrar no site: http://www.editora-arara-azul.com.br/cadernoacademico.php


Mais uma vez, PARABÉNS a toda equipe da Editora Arara Azul, pela excelente iniciativa!!!!

Abraços!

27 de ago. de 2008

Notícia interessante: Americana perde parte de audição após beijo


Atenção! O ouvido é um órgão muito sensível! Preste atenção nesta notícia!


Uma dona de casa americana que vive em Hicksville, Nova York, perdeu parteda audição após ter recebido beijo de sua filha na orelha, há dois anos.Gail Schwartzman recuperou lentamente a audição, mas só escuta sons abafadose permanece com um zumbido na cabeça. O caso, divulgado ontem, éprovavelmente o primeiro no mundo e será enfocado em revista médica naspróximas semanas.

A sucção do beijo caloroso de sua filha teria deslocado seu tímpano eparalisado três pequenos ossos de seu ouvido, deixando um ruído em suacabeça, segundo o site Newsday.com. O caso está sendo chamado de "beijo dasurdez".O fato ocorreu em um dia no qual Gail havia passado muito tempo fora de casae foi cumprimentar sua filha. "Ela me agarrou, me abraçou e me deu um grandebeijo na orelha esquerda. E enquanto ela fazia isso, eu senti como se elaestiovesse sugando o ar da minha cabeça. Não pude afastá-la porque estavacom essa sensação terrível", contou Gail. "Quando ela terminou, eu estavasem audição naquela orelha".O Dr. Anil Lalwani, responsável pelo setor de fisiologia e neurociência docentro médico da Universidade de Nova York, afirmou nunca ter escutado casosimliar. A maioria dos casos de zumbido e perda de audição ocorrem empessoas que ficaram expostas a sons extremamente fortes.

Redação Terra

22 de jan. de 2008

Um a cada cinco jovens não escuta bem


Lúcia JardimDireto de Paris

Vídeo-games com volume nas alturas, festas barulhentas toda a semana e, especialmente, iPods que não saem mais dos ouvidos são alguns dos fatores que provocam a surdez precoce e progressiva de um a cada cinco adolescentes ou jovens adultos. O alerta é do engenheiro acústico francês Christian Hugonnet, presidente da Semana do Som, encerrada em Paris na última sexta-feira.
"Não temos pesquisas conclusivas quanto a um número, mas o que é certo é que de 10 a 20% dos jovens já não escutam como deveriam para a sua idade", disse Hugonnet. "É preciso parar imediatamente com o hábito de escutar música alta nos fones de ouvido. Eles ficam próximos demais dos tímpanos, e provocam uma agressão forte e irreversível ao ouvido, que vai ficando cada vez mais preguiçoso, até que pára de trabalhar", explicou.
O especialista chama atenção para o perigo de uma ferramenta que começou na publicidade e se propagou por tudo o que diz respeito à acústica: a compressão do som, feita para que o menor dos ruídos em um comercial ou em uma música seja superior aos barulhos cotidianos, como os de trânsito. A intenção por trás do artifício sonoro é de que a voz que vende o produto, no filme publicitário, seja entendida mesmo quando disputada com os barulhos do dia-a-dia.
O problema é que a técnica se dissipou para outros ramos, inclusive para a música, e por conta disso o ser humano está cada vez menos capaz de perceber as nuances dos sons. A exposição contínua a essa deformação do som original danifica progressivamente o aparelho auditivo, causando a surdez precoce. Hugonnet se preocupa também com o futuro da música ao vivo - cada vez mais em baixa na França, onde hoje apenas 5% da população sabe tocar algum instrumento.
"É incomparavelmente mais saudável para os ouvidos escutar a música real do que as compressões em MP3 no iPod", afirma o engenheiro. "Vocês do Brasil estão muito melhor preparados neste sentido, mesmo que inconscientemente, já que lá tem música ao vivo até na rua", lembrou o francês, acenando para a intenção de promover uma Semana do Som no Brasil, "provavelmente no Rio de Janeiro".
Sons acima de 80 decibéis - equivalente a uma pessoa falando alto ou gritando - já devem causar preocupação, adverte Hugonnet. O tempo de exposição a altos volumes também precisa ser considerado na hora de prevenir problemas de ouvido. Escutar música em fones de ouvido por duas horas a 80 decibéis pode ser tão traumático para o aparelho auditivo quanto ouvir uma hora a 100 decibéis.iPod nos ouvidos
Nem que quisesse, o estudante Quentin (a lei francesa proíbe de publicar o nome completo de adolescentes), 13 anos, não poderia ouvir suas bandas preferidas neste volume em seu iPod. Para protegê-lo, sua mãe programou o aparelho para que a música não seja mais alta que os barulhos da rua.
"Para mim, está bom assim. Acho melhor me cuidar agora para não ter problemas desnecessários depois", explica o adolescente. A amiga dele, Clara, 13 anos, pensa diferente. Sem nenhuma preocupação com a surdez futura, a jovem escuta música altíssima, debocha dos jovens que ouvem som baixo e diz que não pensa em mudar de hábito.
"Provavelmente quando eu tiver uns 30 anos não vou mais querer ouvir iPod, então vou aproveitar bastante agora", argumenta.
O engenheiro Hugonnete, surpreso com o raciocínio da adolescente, alerta para a inutilidade de alguém passar a se preocupar com os níveis de som apenas a partir dos 30 anos de idade. "Será tarde demais. Os danos ao ouvido são irreversíveis. Hoje o jovem fala muito mais alto, às vezes na mesma altura que velhinhas surdas. A explicação para isso é simples: ele já não está mais escutando os sons baixos, e por isso passa a falar alto também."
As previsões para o futuro não são animadoras, conforme o especialista. "Daqui a 30 anos, todo o mundo que mora nas grandes cidades vai falar incrivelmente alto, para os padrões atuais - que já são mais altos que há 10 anos −, e o nosso ouvido não vai mais perceber nuances dos sons. Muita gente não vai nem saber diferenciar o som do piano em relação ao violino."


Redação Terra

4 de jan. de 2008

Novo Layout

Ano novo, layout novo! Espero que tenham gostado desse novo layout e que ele faça sucesso!
Bom, aproveito para falar de novos links da lista dos sites:
  • Sourds (www.sourds.net) - página francesa sobre surdez, com muitos recursos e informações interessantes. Recomendo a lista de livros sobre surdez e a lista dos surdos mais famosos do mundo, bem legal! Em francês.
  • Manos que hablan (www.manosquehablan.com.ar), site argentino sobre surdez e língua de sinais. Também com ótimos recursos e materiais, mas em espanhol.
  • Revista Intramuros - (http://www.umce.cl/revistas/intramuros/intramuros_n11_a04.html) Revista sobre educação, em espanhol. O volume 11 traz uma matéria bem interessante sobre educação de crianças surdas.

Visitem!!!

26 de dez. de 2007

Campanha Legenda Nacional

Você conhece a campanha de Legendas em cinema nacional? Com o slogan "Legenda para quem não ouve, mas se emociona", a campanha foi criada por Marcelo de Carvalho Pedrosa, um surdo de Recife, em 2004, e vem ganhando muitos adeptos desde então.
A idéia é fazer valer um projeto de lei já existente que torna obrigatória a presença de legendas em produções nacionais, uma grande conquista da comunidade surda a favor da inclusão!
O site da campanha é http://www.legendanacional.com.br/, e lá você pode obter mais informações sobre ela, adquirir produtos para divulgar a campanha, baixar arquivos, banners e selinhos como esse que existe no nosso blog. Também é possível ver fotos de pessoas famosas que aderiram à campanha.

Conheça e divulgue essa idéia!


Uma amostra do site da campanha:









13 de dez. de 2007

Ensino Superior para Surdos

Conforme solicitação, publico aqui um artigo de Adriana Thoma (Doutora e Mestre em Educação pela UFRGS. Especialista e Graduada em Educação Especial –Habilitação Audiocomunicação pela UFSM) sobre a inclusão de alunos surdos no Ensino Superior.

Leia um trecho do artigo:

"Esse trabalho, assim, apresenta uma pesquisa sobre a inclusão de alunos com
distintas demandas (necessidades especiais) de acessibilidade no ensino superior,
realizada em 2004 e 2005 nas universidades do COMUNG (Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas): UNISC, UCS, URI, UPF, UNIJUI, UCPel, URCAMP, FEEVALLE, UNIVATES, UNICRUZ.
O objetivo de tal pesquisa foi mapear os acadêmicos em situação de inclusão,
bem como analisar e problematizar as representações e discursos sobre os sujeitos
incluídos, seus direitos, suas demandas e sua presença nessas instituições. Trata-se,
portanto, de um estudo qualitativo, mas que também faz uso de estratégias quantitativas,
a fim de oferecer um panorama da situação dessas IESs quanto ao número de
acadêmicos com necessidades especiais ingressantes, as estratégias utilizadas para
garantir sua efetiva participação e acesso ao ensino superior – do processo seletivo à
permanência e conclusão acadêmica.
A perspectiva de análise do estudo se encontra nos Estudos Culturais e em
Michel Foucault. Dos Estudos Culturais tomo emprestados os entendimentos de cultura
e representação e do pensamento de Michel Foucault as noções de discurso, poder e
resistência. Com isso, as análises foram feitas operando nos materiais com o
entendimento de que os sujeitos são produzidos pelo discurso e tomando a cultura como
central à constituição de nossas representações sobre os outros e sobre nós mesmos."
Sugira novos assuntos em nosso blog, nos comentários, livro de visitas, no box amarelo ou escrevendo para: vanessadagostim@gmail.com
Abraço!

9 de dez. de 2007

Extensão e Evento

Agradeço à Maria Cristina pelas informações de mais eventos e cursos na área!


Em Março - Capacitação para Instrutores de LIBRAS
Em Abril - LIBRAS Língua Brasileira de Sinais – Nível ILIBRAS Língua Brasileira de Sinais – Nível II-LIBRAS Língua Brasileira de Sinais – Nível III

Se você quer divulgar algum curso ou evento neste blog, escreva para: vanessadagostim@gmail.com.

17 de out. de 2007

O Vôo da Gaivota

O vôo da Gaivota - Emanuelle Laborit

Emanuelle Laborit nasceu em 1972, na França. Foi a primeira filha de um jovem casal de estudantes de classe média, onde o pai estudava medicina (posteriormente vindo a ser um psiquiatra envolvido na luta pelos direitos dos Surdos) e sua mãe preparava-se para ser professora, porém interrompeu seus estudos para cuidar de Emanuelle. Surda de nascença, seus pais só tiveram a descoberta de sua condição aos nove meses de idade, e foram orientados pela equipe médica a não colocá-la em contato com outros surdos. Foi submetida, desde então, a tratamentos de ortofonistas, com oralização e uso de aparelhos auditivos, do qual só ouvia ruídos que não podia distinguir. Incluída em escola regular, somente aos 7 anos seu pai recebeu informações de surdos que utilizavam língua de sinais e conseguiram um bom desenvolvimento intelectual e comunicativo.
Emanuelle destacou-se por ser a primeira atriz surda a ganhar o prêmio Molière de teatro e também tornou-se a primeira francesa surda a escrever um livro. Mais do que sua própria e curta vida até então (já que ela o escreve com apenas 22 anos), o livro busca retratar a vida de uma pessoa Surda em um mundo que não está preparado para conviver com essa diferença:

Este livro é um presente da vida. Vai me permitir dizer aquilo que sempre silenciei, tanto aos surdos como aos ouvintes. É uma mensagem, um engajamento no combate relacionado com a linguagem de sinais, que separa ainda muitas pessoas. (Laborit, p.9)

Um dos motivos pelo qual o livro foi considerado por muitos uma ousadia, é pela dificuldade que os surdos têm com a língua escrita, tanto na leitura quanto na produção. A própria autora diz ter mais medo da escrita do que da fala, ainda que isso pareça estranho vindo de uma surda, mas fica registrada a dificuldade de lidar com a representação escrita de uma língua oral-auditiva, como o francês ou o português, por falantes nativos de línguas orais-espaciais, como a língua de sinais. Por isso, ela explica seu método de produção da obra: “Outras pessoas, mais curiosas, perguntaram como iria fazer. Escrever por conta própria? Contar o que gostaria de escrever a um ouvinte que traduziria meus sinais? Faço as duas coisas. Cada palavra escrita e cada palavra em sinais são irmãs.” (Laborit, p. 8) Assim, para a escrita do livro a autora contou com uma espécie de tradutora que a auxiliou, Marie-Thérèse Cuny, porém conservando seu estilo próprio, o que é observado ao longo da leitura.