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30 de out. de 2013

Entrevista: Paula Pfeifer, do Crônicas da Surdez


Hoje publicamos a entrevista com Paula Pfeifer, escritora, formada em Ciências Sociais, funcionária pública e blogueira do Sweetest Person e do Crônicas da Surdez. Paula é deficiente auditiva desde a infância (ela tem aquele tipo de deficiência auditiva em que ouve um apito constante, e não o "silêncio"), é oralizada e não utiliza a língua de sinais. Diversas postagens do blog Crônicas da Surdez geraram muita polêmica pela defesa que Paula faz dos direitos dos surdos oralizados, pela paixão que ela tem pelos aparelhos auditivos, e pela falta de acessibilidade que os surdos enfrentam, já que a maioria das campanhas e movimentos de inclusão acreditam que intérpretes de Libras seriam uma forma de incluir a todos os surdos.

Foto de Paula Pfeifer, copiada de seu perfil
no blog Crônicas da Surdez

Enquanto se recupera da cirurgia do Implante Coclear que fez recentemente, ela gentilmente nos concedeu essa entrevista, contando um pouco de sua experiência e do que pensa. Aproveitem!



Vendo Vozes: Olá Paula. Como começou a sua experiência com a deficiência auditiva?
Paula: Bem pequenininha eu já reclamava para a minha mãe: "Tem um apito no meu ouvido". E muitas, muitas otites na infância.


Vendo Vozes:  Começaste, como blogueira, com o Sweetest Person, blog que fala de maquiagem, moda, literatura... O que te levou a escrever um blog como o Crônicas da Surdez? Você não o considera mais forte e polêmico?
Paula:Foi quando decidi 'sair do armário' na questão da surdez. Vi que conseguia atingir milhares de pessoas com o primeiro blog e achei que seria ótimo conseguir atingir outros milhares para falar de um assunto sério.

Vendo Vozes: Em algumas postagens você utiliza o termo deficiência auditiva, e em outras, surdez. Você vê diferença entre esses termos?
Paula: Não vejo nenhuma, é apenas para variar um pouco de termo, rsrsrs. A surdez tem vários graus e é sinônimo de deficiência auditiva. Para mim, são apenas terminações que dizem respeito à mesma coisa. Inclusive brinco dizendo que quem tem DA e não aceita ser chamado de surdo, ainda está na fase da negação.

Vendo Vozes: Quais foram os principais obstáculos que encontraste na trajetória escolar?
Paula: Me adaptei sem nem saber que ouvia mal. Criança, aprendi sozinha a ler lábios, e isso me ajudou muuuuito no colégio. Procura sentar nas fileiras coladas à parede pois assim tinha uma visão panorâmica da sala. Era assim que ia 'me defendendo'.


Vendo Vozes:  Das mensagens que recebeste de leitores do blog ou do livro que se identificaram com tua história, ou que, de alguma maneira, foram ajudadas por ela, há alguma que se destacou?
Paula: São tantas, todos os dias, e eu choro com cada uma delas, me arrepio com cada uma delas. Lembro de um - hoje grande amigo - que me disse que a vida dele se divide em duas partes: antes do Cronicas da Surdez e depois do Cronicas da Surdez. Antes, ele era teimoso e nem queria saber dos aparelhos auditivos, hoje, fez implante coclear e está ouvindo tudo! Isso me emociona demais.

Vendo Vozes:  Você relata receber muitas críticas de leitores contra alguns posicionamentos polêmicos teus, como a falta de um órgão que represente os surdos oralizados, por exemplo. Na sua opinião, por que há essa divisão entre surdos oralizados e surdos que sinalizam? Não seria mais produtivo para ambos os grupos se lutassem unidos?
Paula: Há muito tempo já perdi a 'inocência' no quesito surdez. O lobby feito por instituições voltadas somente à língua de sinais sempre foi muito forte, mas já começou a enfraquecer pois nós estamos cada vez mais voltados e dedicados à missão de mostrar pro mundo a diversidade da surdez e que nem todo surdo usa libras ou pretende viver preso dentro de uma comunidade de iguais. Nossas necessidades são diferentes. Partindo do principio em que 'lideranças surdas' dizem aos quatro ventos que existem surdos e Surdos, como se uma letra maiúscula denotasse superioridade, fica difícil. O que eu mais gostaria que nosso país tivesse é uma educação de qualidade para o aluno surdo (usuário de Libras ou não), para que ele tenha um português escrito tão bom quanto o de crianças de países de primeiro mundo. Isso é imprescindível para o mundo real, no qual é impossível que uma pessoa tenha um intérprete ao seu lado 24hs.

Vendo Vozes: Como foi escrever o livro "Crônicas da Surdez"? Qual a diferença, na tua opinião, entre escrever em um blog e escrever em um livro?
Paula: Escrever o livro foi reviver toda a minha trajetória e perceber o quanto cresci. Acho que a diferença principal é que escrever um livro sempre foi meu sonho, afinal, sou leitora compulsiva de livros desde que me entendo por gente.

Vendo Vozes:  Recentemente te submeteste a uma cirurgia de implante coclear. Como está sendo a tua recuperação e quais são as tuas expectativas?
Paula: A ativação do meu implante será em Porto Alegre dia 11.11, com a equipe do Dr.Luiz Lavinsky. Estou tranquila e sem expectativas pois sei que é um processo lento e longo. Só espero que seja recompensador!

Obrigada pela entrevista, Paula, e uma ótima recuperação para você.
E, leitores, aguardo os seus comentários. Vamos dialogar!

10 de set. de 2012

Polêmica no Programa Fantástico

Olá queridos,
Estou morrendo de saudades do blog, mas ando trabalhando e estudando bastante!
Mas hoje consegui um tempo para voltar aqui e falar sobra uma reportagem que gerou bastante repercussão ontem à noite (09/09/2012), no programa Fantástico, da TV Globo. Eu estava no computador, e de repente comecei a receber vários protestos sobre o assunto. O que o pessoal mais reclamou foi o termo "curar a surdez", e então eu fui assistir o vídeo, que está disponível aqui, junto com o texto que é narrado no vídeo. Sugiro que os surdos que vão ler o texto depois assistam o vídeo, fica mais completo (infelizmente eles não disponibilizam com legendas). Como qualquer matéria sobre implante coclear, sempre há polêmica por parte da comunidade surda, porque a reportagem só mostra como algo positivo, não esclarece que a audição, com o implante, nem sempre é agradável ou clara, muitas vezes é assustadora, e muitas vezes não funciona. Isso mesmo, o implante coclear é para alguns tipos de surdez, não todas! (outra postagem nossa sobre o Implante Coclear pode ser acessada aqui)
A pequena Laís, retirando o implante.
Fonte: Site Fantástico.
Que tal mostrar pessoas surdas que são realizadas, estudam, trabalham, tem família, e usam a língua de sinais? Que não usam implante coclear e apreciam a arte, fotografam, brincam, lutam, sonham, como qualquer pessoa? Eu tenho inúmeros exemplos, podem falar comigo que eu indico, ok?
Algo que me chamou bastante a atenção foi o caso da menina Laís. Eu entendo muito bem a preocupação dos pais, querem proporcionar o que for melhor para menina, inclusive tentar a comunicação com ela em sinais, mas a criança não suporta ouvir através do implante. Não sabemos qual a qualidade do som ou o que ela realmente ouve com ele, mas ela demonstra que é bastante desconfortável.

Para a comunidade surda, a surdez não é uma doença que precise de cura, é uma diferença, por isso dizer "curar a surdez" só leva em conta a visão clínica sobre ela, e não a visão social, cultural, antropológica.
Claro que nem todo mundo sabe disso, mas acredito que profissionais como os jornalistas deveriam investigar melhor sobre aquilo que vão falar, pois podem contribuir para disseminar uma grande inverdade, iludir e ofender muitas pessoas!
Para quem quiser protestar, enviar uma mensagem sobre a matéria para o programa, existe uma maneira bem fácil de fazer isso. No próprio site do Fantástico existe um link "O que você achou do Fantástico deste domingo?". Você pode participar emitindo a sua opinião, acho um recurso bastante válido e certamente irei fazê-lo! Outra opção é a ferramenta fale conosco, do site, clicando aqui.

Gostaria de saber a opinião de vocês, leitores. O que acharam desta reportagem?
Abração!
Vanessa




21 de dez. de 2011

Literatura Surda - Parte II

Olá queridos!
Em postagens anteriores eu já havia falado um pouco sobre Literatura Surda (confira aqui, por exemplo). 
Hoje quero mostrar para vocês um site só sobre Literatura Surda, de um grupo de pesquisa em educação e cultura surda, com patrocínio da Funarte - Fundação Nacional de Artes do Governo Federal.
O site é Literatura Surda, e traz uma coleção de vídeos de piadas, contos, narrativas, poesias, tudo em Libras (alguns vídeos têm legendas, inclusive). Para quem quer saber mais sobre o tema, o site também traz uma lista ótima de referências, e, para quem quiser contribuir enviando materiais, é só se cadastrar no site e enviar seus vídeos, não é legal? Assim toda a comunidade surda pode participar também, fazendo do site uma grande videoteca de literatura surda.
O grupo é coordenado pela Profa. Dra. Lodenir Karnopp, além dos contadores de história surdos Carolina Hessel, Fabiano Rosa, Augusto Schallenberger, Cláudio Mourão, os intérpretes de Libras Luiz Rodrigues, Elisama Suzana e uma grande equipe (ver nomes e formação aqui). Abaixo, apresento um vídeo que consta no site acima, chamado "Número Sangrento", de autoria e apresentação de Cláudio Mourão. O poema é lindo e surpreendente, e aborda temas como a descoberta da surdez pela família e o implante coclear, a partir da perspectiva de uma criança surda. Contém legenda e também um link para audiodescrição do poema (aqui).

Layout do site Literatura Surda


Abaixo, apresento um vídeo que consta no site acima, chamado "Número Sangrento", de autoria e apresentação de Cláudio Mourão. O poema é lindo e surpreendente, e aborda temas como a descoberta da surdez pela família e o implante coclear, a partir da perspectiva de uma criança surda. Contém legenda e também um link para audiodescrição do poema (aqui).



O que vocês acharam do vídeo? Opinem!



18 de dez. de 2011

Hoje na RBS TV do Rio Grande do Sul: matéria sobre Implante Coclear

Olá pessoal,
Hoje à noite no Teledomingo (Canal Rede Globo, RBS), vai ser apresentada uma matéria sobre um implante coclear, às 23h10. Para quem não for do RS, vou tentar colocar um link para o vídeo posteriormente, ok?  Depois quero saber a opinião de vocês sobre a matéria.
Abração e ótimo domingo a todos!

25 de ago. de 2011

Surdos oralizados e o preconceito

Olá pessoal
Descobri dois blogs recentemente que me chamaram a atenção para os surdos oralizados. Nosso blog aborda predominantemente a questão voltada aos surdos sinalizados, àqueles que perderam a audição antes da aquisição da língua oral, e para os quais a língua de sinais será considerada a primeira, a natural. Entretanto, existem milhares de pessoas que perdem a audição depois dessa idade, e não estou falando apenas dos idosos, mas sim a indivíduos que, devido a diversos fatores - sequelas de enfermidades, síndromes, acidentes - perdem a audição depois que já conhecem a língua da maioria. Estes, muitas vezes, sofrem a falta da audição que já conheciam, a que já estavam acostumados, e à práticas culturais que possuíam, como ouvir música, conversar, ouvir sons familiares.
Fiquei pensando que, talvez, eu, que tantas vezes me choco com o preconceito e desconhecimento que as pessoas têm sobre a surdez e a língua de sinais, por não respeitarem seus direitos e ignorarem formas de acessibilidade a elas, também cometo um preconceito semelhante ao igualmente, não considerar suas dificuldades.
Fonte:http://fonodanischepi.blogspot.com/2010/09/deficiencia-auditiva.html 
Os blogs aos quais me refiro são Desculpe, não ouvi, de Lak Lobato, que perdeu a audição aos 10 anos de idade e hoje, depois dos 30, é implantada, e escreve no blog o relato de suas experiências nesse mundo de descobertas dos sons - recomendo este post, onde ela apresenta um depoimento que concedeu para o projeto Memórias que ficam, e relata a experiência de ter perdido a audição quando criança, e voltado a ouvir depois dos 30. Lindo!) O outro blog é o Crônicas da Surdez, de Paula Pfeifer, e o post onde ela fala sobre a falta de políticas de acessibilidade para os surdos oralizados está aqui.
Se defendemos um mundo em que TODOS tenham oportunidades, um mundo totalmente acessível, não podemos permitir nenhuma exclusão ou preconceito. Pensar a educação de surdos amplamente, considerando as diferenças e necessidades dos oralizados e dos que sinalizam, com o mesmo respeito e preocupação, é tarefa nossa.
E vocês, têm algum preconceito em relação aos surdos oralizados????

1 de jun. de 2009

A polêmica do Programa Mais Você sobre Implante Coclear


Olá pessoal

Há uma semana, no dia 19/05/2009, o programa Mais Você da Rede Globo, apresentado por Ana Maria Braga, exibiu uma reportagem sobre Implante Coclear. Na ocasião, a apresentadora recebeu o otorrinolaringologista Ricardo Bento, que realiza a cirurgia. Toda a comunidade surda ficou muito indignada com as declarações do médico, que disse que sem o implante o surdo não terá chance de se desenvolver, ter uma profissão, etc, e será um pária da sociedade. Quando recebi por email esta notícia fiquei apavorada e fui até o site do programa assisti-lo, para conferir o que foi dito, e realmente, ele disse com estas mesmas palavras (e ainda outras)! Fiquei também muito indignada, e continuei recebendo muitas mensagens de surdos, especialistas e associações de surdos que têm enviado mensagens ao programa manifestando sua indignação, e provando que é possível que o sujeito surdo goze plenamente de seus direitos e pratique seus deveres de cidadão.

Para quem quiser assistir o vídeo, o endereço é: http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1159253-10344,00.html


Há uma transcrição deste programa, produzido e disponibilizado gentilmente pela Iguale, no blog http://www.iguale.com.br/blog.

E vocês, o que acham disso?


20 de abr. de 2009

Profissão Repórter da TV Globo grava programa no HC

(16/04/2009) O segundo programa do Profissão Repórter 2009, comandado pelo jornalista Caco Barcellos da TV Globo, terá a participação de profissionais e pacientes do HC da Unicamp. A edição que vai ao ar às 11h15 desta próxima terça-feira (21-04), após o TOMA LÁ DÁ CÁ, foi gravada no último dia 08 no Centro Cirúrgico e no ambulatório do hospital e vai abordar a surdez e suas implicações na vida das pessoas. O HC da Unicamp foi escolhido pela direção do programa por ser um dos pioneiros no Brasil na cirurgia de implante coclear, objeto das entrevistas e filmagens realizadas por mais de seis horas dentro da instituição.
As gravações no HC tiveram início logo cedo - 7h30 - na sala de pré-operatório do Centro Cirúrgico Geral. O apresentador do Profissão Repórter, Caco Barcellos, conduziu as entrevistas desde o preparo da paciente, toda a cirurgia e depois, o atendimento dos pacientes de rotina no ambulatório de Otorrino, onde foi ativado um aparelho num dos personagens da entrevista. A paciente de 31 anos que recebeu um implante coclear é de São Carlos e ficou surda depois de contrair três meningites.
"Cheguei a pensar que a cirurgia não fosse dar certo devido à dificuldade decorrente das meningites adquiridas. A região estava muito calcificada e exigiu mais cuidado com a cirurgia", comenta o médico responsável pelo procedimento, Paulo Porto. Outros pacientes também foram entrevistados como uma das primeiras implantadas, uma criança e seus pais, os profissionais e por fim, um agricultor que ativou o equipamento e passou a ouvir (Assistam o Programa).
A reestréia do Profissão Repórter mantém o formato com entrevistas direto das ruas, onde a notícia acontece, mostrando diferentes ângulos da notícia - com a ajuda de jovens repórteres - e do envolvimento de cada profissional da equipe em todas as etapas da produção: da reportagem à edição. "2008 foi um ano muito especial, decisivo para todos nós. Nosso compromisso, vocês já sabem qual é: mostrar os bastidores da notícia e os desafios da reportagem", diz Caco Barcellos.
Em janeiro a equipe multidisciplinar da Otorrinolaringologi a do Hospital de Clinicas da Unicamp realizou a ativação do 300º implante coclear. A cirurgia, considerada de alta complexidade, é indicada para a reabilitação de pacientes que possuem deficiência auditiva de origem neurosensorial profunda. O HC é um dos cincos centros de referência de implante coclear no Brasil e realiza este procedimento para pacientes de vários estados brasileiros desde 2001.
O implante coclear oferece informação sonora a indivíduos que não tem mais benefício com o aparelho auditivo comum. O procedimento estimula eletricamente as fibras do nervo auditivo, através de eletrodos colocados no ouvido interno, conhecido como cóclea. Segundo o docente responsável pela disciplina de otorrinolaringologi a do HC, Agrício Crespo, a tecnologia do equipamento possibilita a pessoa a readquirir uma audição compatível com suas atividades sociais e profissionais. "O paciente pode ouvir os primeiros sons entre 30 e 40 dias após a cirurgia, quando é feita a ativação do aparelho", explica Crespo.
As primeiras cirurgias no HC da Unicamp foram realizadas apenas em adultos, e a partir de 2003, o procedimento passou a beneficiar crianças. O Hospital de Clinicas formou uma equipe maior, mais experiente e com treinamentos específicos para o público infantil. Atualmente, 70% dos pacientes são crianças. Para saber se o individuo pode realizar a cirurgia é necessário o encaminhamento a profissionais da saúde como: médico otorrinolaringologi sta, fonoaudiólogo, assistente social e psicólogo. A equipe multidisciplinar é essencial para orientação dos familiares que terão que se adaptar a nova realidade do paciente que voltará ouvir.
O coordenador do programa de implantes cocleares no HC, Paulo Porto, afirma que o critério de seleção para crianças é definido por pacientes de seis meses a quatro anos, com perda auditiva profunda bilateral, com expectativa razoável da família e sem beneficio de próteses auditivas. "Apesar da cirurgia ser possível aos seis meses de idade, precisamos de mais tempo para decidir pela a indicação do implante coclear", explica Porto. Já os adultos devem ter mais que 17 anos e sofrer de perda auditiva severa, ou que possuía linguagem oral anteriormente a surdez, chamada de surdez pós-lingual. Esses adultos, diz Porto, tem benefícios limitados das próteses auditivas, devem ser aprovados por psicólogos e não possuir nenhuma contra indicação médica.