13 de mai. de 2011

Seminário Comunidade Surda: Docência e tradução.

Olá pessoal!
Repasso este convite para evento muito interessante na ULBRA/Canoas.

Seminário Comunidade Surda: Docência e tradução.
DATA: 21/05/2011


Apresentação: O seminário – “Comunidade Surda: Docência e tradução” vem colaborar com a comunidade em geral, fornecendo informações, esclarecimentos e pesquisas

em desenvolvimento sobre ensino e interpretação de Libras/Português.
Objetivo: Discutir a formação dos profissionais na área da educação de Surdos, como tradutor/intérprete de Língua de Sinais, professores de Surdos, professores em espaços inclusivos e outros que os cercam.
Coordenação: Prof. Vinicius Martins e Prof. Sandro Fonseca.
Intérprete de Libras: Equipe do Curso de Intérprete da ULBRA.
Inscrições: Gratuitas no local.
Horário: 8:30 as 16 horas.
Local do evento: Prédio 14 – Auditório 14B –
ULBRA/Canoas – Av. Farroupilha, 8001 - Bairro São Luís. Canoas/RS

Programação do evento:
“Importância da Escola de Surdos para estudantes Surdos” –
Prof. Simone Haack (Escola São Mateus/APADA/Sapiranga-RS)
“Diálogos entre Linguística da Enunciação e Interpretação de
Libras” – Prof. Mestranda Laura Kümmel Frydrych (UFRGS)
“Intérprete de Língua de Sinais e o Mercado de Trabalho.” –
Celeste Müller Ritt (Letras Libras – BEL/UFRGS)
“Intérprete de Língua de Sinais no Ensino Fundamental e Médio.” –
Prof. Vinicius Martins ( ULBRA/Feevale/ Letras Libras-BEL/UFRGS)
“Jovens Surdos: Movimentos Sociais e políticos” - Gustavo Lemos
(CEJOS/FENEIS-RS)
“Conhecendo a formação de Professore de Surdos e
Tradutor/Intérprete de Língua de Sinais” – Coord. de Cursos:
Vinicius Martins
“Aspectos Gramaticiais: Classificadores” – Prof. André Paixão
(ULBRA/UFRGS)
“Surdocego e a comunicação escolar” – Prof. Esp. e Ms. Vânia
Rosa (UNTREF)

Participe!

1 de mai. de 2011

INPLA 2011 - Trabalhos sobre surdez, inclusão e línguas de sinais

Olá pessoal

Continuando a divulgar a programação do 18° INPLA - Intercâmbio de Pesquisa em Linguística Aplicada, agora eu selecionei os trabalhos que serão apresentados naquele evento, em junho (inclusive o meu, hehehe), para quem tiver interesse, se programar e acompanhar estes trabalhos. Por ordem cronológica:

Sessões de Comunicação
Quinta-feira, 23 de junho de 2011, 11:00 - 13:00
Sessão: Surdez 1
  • Avaliação de produção textual: desafios e consequências na educação de surdos - Andréia Gulielmin Didó UNISINOS
  • Aspectos da constituição subjetiva dos alunos surdos no processo de ensino e aprendizagem na escola pública regular  - Onilda Aparecida Gondim
  • A linguística aplicada no ensino de língua portuguesa para surdos -Márcio Arthur Moura Machado Pinheiro UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
  • Procedimentos metodológicos de coleta, armazenamento e anotação de dados na língua brasileira de sinais e na língua portuguesa - Ronice Muller De Quadros UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
    Aline Nunes De Sousa UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
    Edgar Correa Veras UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
    Alan Luis Rodrigues UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

 
 Sexta-feira, 24 de junho de 2011, 18:40 - 20:40/
 Sessão: Inclusão social 1 
  • Práticas de ensino de língua portuguesa em contextos de inclusão educacional - Vanessa De Oliveira Dagostim Pires UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
  • A formação do tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais (LIBRAS) e língua portuguesa – âmbitos e suas  áreas, para especialização: a necessidade de um atendimento com qualidade
    Joel Barbosa Júnior UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
    EMEF DR ANTÔNIO CARLOS DE ABREU SODRÉ
  • Ensino-aprendizagem de língua estrangeira em escolas inclusivas - Andréa Moreno Nicolaus PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
  • Ensino-aprendizagem de inglês para a terceira idade: acolhendo subjetividades - Carla Nunes Vieira Tavares UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
    Bethania Martins Mariano UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Sexta-feira, 24 de junho de 2011, 18:40 - 20:40
Sessão: Surdez 2
  • O surdo nas aulas de espanhol com alunos ouvintes. “vai que é sua, professor.” - Elissandra Lourenço Perse
  • A linguística e a língua brasileira de sinais - Márcio Arthur Moura Machado Pinheiro UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

Sábado, 25 de junho de 2011, 9:00 - 11:00
Sessão: Linguagem de sinais 1
  • Análise da formação e atuação de profissionais especialistas na área de Libras e educação de surdos: a especialização forma? que tipo de formação temos? - Vanessa Regina De Oliveira Martins UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
  • Investigando a sala de aula: interações entre alunos surdos, alunos ouvintes, professores ouvintes e intérpretes de libras - Investigando a sala de aula: interações entre alunos surdos, alunos ouvintes, professores ouvintes e intérpretes de libras  Luanda Cardoso Rampinelli UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
  • Pistas marcantes na interpretação da língua de sinais brasileira entre pessoas de gêneros diferentes - Silvana Nicoloso UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
    Viviane Maria Heberle UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
  • Expansão terminológica em libras na área das ciências da natureza - Silvana Maria Dos Anjos Pires Brito INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
    MARANHÃO
    Danielle Vanessa Costa Sousa CENTRO DE ENSINO E APOIO A PESSOA COM SURDEZ-CAS
  • Sábado, 25 de junho de 2011, 9:00 - 11:00
    Sessão: Linguagem de sinais 2
  • Transcrição da interpretação para libras: uma abordagem enunciativa - Laura Amaral Kümmel Frydrych UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
  • Desenvolvimento e uso de software idsinais para organização e busca de dados em corpus de libras - Janine Soares De Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
    Ramon Dutra Miranda UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
    Ronice Müller De Quadros UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
    Rundesth Sabóia Nobre UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
  • Aquisição da linguagem de crianças surdas implantadas - Karina Elis Christmann UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
    Ronice Muller De Quadros UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC
  • Marcas de formalidade/informalidade em textos traduzidos para Libras - Rodrigo Custódio Da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
    Janine Soares De Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
    Markus Johannes Weininger UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


28 de abr. de 2011

Programação preliminar do INPLA - Colóquio LIBRAS e o contexto bilíngue

Olá pessoal!
Foi lançada ontem uma programação preliminar dos colóquios do INPLA - Intercâmbio de Pesquisas em Linguística Aplicada, que ocorrerá em São Paulo no mês de junho.
Na quinta-feira, dia 27 de junho ocorrerá, das 17h às 19h o colóquio LIBRAS e o ensino bilíngue, com a participação de cinco palestrantes sobre o assunto:


  • O Diagnóstico Precoce da Surdez - qual o lugar da linguagem?
Cecília Moura PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
Existe um período optimal para a aquisição da linguagem para qualquer indivíduo. Sabe-se que crianças apartadas de uma condição normal de aquisição de linguagem não desenvolverão linguagem de forma normal (RODRIGUES, 1991). Para que isso venha a acontecer é necessária uma relação afetiva num ambiente estimulador. Isso pode vir a não acontecer com bebês surdos que são diagnosticados muito cedo. As famílias podem perder a capacidade de se comunicar com o bebê porque elas acham que o bebê não escuta e que não os vai entender. O bebê precisa ser considerado como alguém que poderá desenvolver linguagem (BOUVET,1990). As funções neurológicas e psíquicas trabalham juntas e há um momento certo para o desenvolvimento da linguagem. Ninguém esperaria que crianças ouvintes sejam expostas tardiamente à linguagem por nenhuma razão. Mas, o diagnóstico precoce da surdez pode fazer com que isso aconteça porque quando a família descobre a surdez de seu filho ela pode parar de falar com ela. Com o diagnóstico precoce que é feito para que a estimulação auditiva comece o mais cedo possível (via aparelhos auditivos ou implantes cocleares) pode haver uma quebra no circuito de comunicação e se poderá privar a criança de
linguagem. Os especialistas argumentam que quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais normal será o desenvolvimento da criança (YOSHINAGA-ITANO, C, 1998). De forma a permitir um desenvolvimento ideal de linguagem oral que não se sabe se irá acontecer ou não os especialistas evitam que uma relação natural mãe/bebê possa vir a acontecer (MADILLO-BERNARD, 2007).
Pretendemos discutir o impacto do diagnóstico precoce no desenvolvimento de bebês surdos no que se refere à forma pela qual a família se dirige ao bebê recém nascido. Pretendemos discutir também o papel que a Libras poderia ter nesse momento do diagnóstico como algo que daria respostas para os pais e propiciaria um desenvolvimento real de linguagem ainda que não seja uma orientação feita aos pais. 

  • Monolingual teaching in a bilingual environment

Robert Johnson GALLAUDET UNIVERSITY


The notion of bilingualism has become quite popular in deaf education in recent years. Much of the discussion about the topic has become confused, particularly in the use of terminology. We must distinguish three terms. Bilingualism refers to situation in an institution or a country in which more than one language is in common use. Bilinguality refers the ability of a person to use more than one language. Obviously, although we are interested in having our institutions of education for deaf people be bilingual, we are more concerned with having teachers and students possessing acceptable levels of bilinguality. Establishing bilinguality among teachers is a pressing need in our schools, and although we have made substantial progress, we have far to go.
Establishing bilinguality in the student population is even more important and is subject to critical issues of timing and difficulties of presentation. It must be structured in such a way that it provides all students with early and full access to signed languages and to visually accessible forms of the national language. We must note that the approach to education for the deaf must be one of bilingual education - a set of principles that requires a robust bilingual environment and widespread bilinguality. This approach is commonly being referred to as “bilingualism,” but is an approach to education. From this perspective it does not make sense to talk about “bilingual teaching.” Teaching in a bilingual environment remains essentially monolingual. That is,
only one language is used at any one time. The challenge of bilingual education is to create a system of managing the use of the two languages in such a way that they do not become confused and that they contribute the best educational results for the students.

  • Aquisição bilíngue intermodal: Libras e Português

Ronice Quadros UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


O objetivo deste trabalho é apresentar as pesquisas que estamos desenvolvendo com crianças ouvintes, filhas de pais surdos, adquirindo Libras e Português. Os dados deste estudo fazem parte de um banco de dados de interações espontâneas coletadas longitudinalmente, alternando contextos de aquisição da Libras como língua alvo e do Português como língua alvo. Além disso, os dados de um estudo experimental com testes aplicados tanto na Libras e no Português se agregam ao presente estudo. Uma visão geral dos estudos desenvolvidos sobre a aquisição bilíngue bimodal por crianças ouvintes, filhas de pais surdos, será apresentada e, então, estará sendo discutido alguns aspectos linguísticos deste tipo de aquisição. O foco estará nas produções simultâneas chamadas de “sobreposição de línguas”. Este tipo de produção é muito interessante, pois a criança produz as duas línguas simultaneamente, uma vez que as línguas utilizam diferentes articuladores. caracterizando a produção intermodal A partir das análises deste tipo de produção, propomos um modelo linguístico para dar conta deste tipo de evidência linguística empírica.
Basicamente, a idéia é de que a criança bilíngue bimodal computa um sistema linguístico no nível da sintaxe, mas com múltiplo descarregamento na interface fonológica, interligadas ao componente semântico e retomada nas interfaces do nível do discurso. 

  • A Disciplina Libras no Ensino Superior: constituição de novos discursos sobre a pessoa surdas nos cursos de formação de professores

Ana Claudia Lodi UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Érica de Azevedo Nogueira UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


A Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como meio legal de expressão e comunicação das comunidades surdas brasileiras pela Lei nº10436/02, regulamentada pelo Decreto nº5626/05, legislação que garante o direito das pessoas surdas à educação bilíngue. O reconhecimento deste direito determinou que o ensino da Libras se tornasse obrigatório a todos os cursos superiores de formação de professores; no entanto, ainda não existem diretrizes sobre a carga horária e sobre os aspectos a serem contemplados nesta disciplina. Atualmente, as Instituições de Ensino Superior estão se adequando a esta exigência, considerando
que as Instituições tem um prazo de dez anos, após a publicação do Decreto, para a implantação da disciplina em cem por cento de seus cursos. Em 2010, a Universidade de São Paulo - campus Ribeirão Preto (USP-RP) ofereceu, pela primeira vez, a disciplina aos cursos de Licenciatura em Pedagogia, Ciências Biológicas, Química, Música e Psicologia, e esta teve como objetivo, além do ensino introdutório da Libras, constituir-se em um espaço de discussão sobre a realidade educacional inclusiva, possibilitando a reflexão dos discentes sobre sua responsabilidade social nos processos educacionais de surdos. Observa-se que as discussões realizadas na disciplina alteraram de forma significativa a visão dos alunos sobre a educação de surdos e seus discursos passaram a contemplar: a compreensão das especificidades lingüísticas das pessoas surdas; a necessidade formativa dos professores para atuar com este alunado; questões relativas à formação dos tradutores-intérpretes de Libras e sua presença em sala de aula dependendo no nível educacional dos alunos. Como decorrência, questionamentos e posicionamentos críticos sobre o modelo inclusivo foram assumidos. Este trabalho tem como objetivo discutir a transformação nos discursos dos alunos da USP-RP,
apontando alguns aspectos que podem auxiliar no traçar de diretrizes para a implantação e desenvolvimento desta disciplina nas Instituições de Ensino Superior.

  • Inclusão Linguística: Ensino de Línguas, Educação Bilíngue e Questionamento da Linguagem

Sueli Salles Fidalgo UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

Inserido no Grupo ILCAE de pesquisa (Inclusão Linguística em Cenários de Atividades Educacionais), este trabalho discute alguns pressupostos de uma inclusão possível. Para tanto, parte da noção de dialogismo (Bakhtin/Volochinov, 1929) como uma “arena de conflito” e dos conceitos de sentido, significado, mediação e zpd – como loci de contradições, negociações e ressignificação - (Vygotsky, 1924-1931) para pensar o questionamento da linguagem. Parte também da noção de modernidade líquida (Bauman, 2000) para discutir a “angustiante dramaticidade de se viver na ambivalência”. Com essa base, e tendo a inclusão como meta de debate, o trabalho abordará a diferenciação entre educação bilíngue e ensino de línguas, discutindo o espaço que ambos têm no país (em pesquisas, produção teórica e nas escolas). Abordará também a formação do professor de línguas para atuar em contextos nos quais a educação bilíngue seja enfatizada, discutindo a visão de bilingüismo predominante e o seu compromisso com uma perspectiva verdadeiramente inclusiva. Dessa forma, o primeiro ponto a se pensar talvez seja: o que é bilingüismo? Em outros países, muito se tem falado sobre o assunto – seja diretamente (Maxwell, 1977; Brisk, 1997), seja sobre questões relacionadas (ex: Krashen, 1985 e sua diferenciação entre aquisição e aprendizagem). Porém, em nosso país – embora multicultural e multilíngue -, ainda é pouco o que se tem pesquisado sobre o assunto. Talvez movidos por seus contextos de trabalho - escolas que começaram a oferecer outras línguas como um diferencial em um mercado altamente competitivo - alguns educadores buscam entender como um currículo bilíngue deveria se organizar). Porém, maioria dos estudos trata do currículo que tem uma língua dominante (o inglês, por exemplo) como alvo. Há muito pouco referente à relação entre o português como língua dominante e outras línguas (talvez subalternas, embora algumas sejam oficiais, como é o caso de LIBRAS) que aqui convivem.

A programação completa está disponível AQUI.
Programe-se!

13 de abr. de 2011

Dica: O Mágico de Oz

A dica que quero dar hoje é um livro infanto-juvenil muito conhecido, mas ainda muito atual: O Mágico de Oz. A história, filmada com sucesso em um musical de 1939, conta a história de um grupo de amigos que tinham um objetivo em comum: encontrar o poderoso mágico de Oz para realizar seus objetivos: a menina Dorothy queria voltar para sua casa; seu amigo Espantalho queria ter um cérebro para ser igual a todos os homens; o Homem de Lata queria um coração, também para ser como os demais humanos; o Leão queria coragem, para ser o Rei da Floresta. O que eles não sabiam é que já traziam dentro de si aquilo que eles mais buscavam. Excelente para se trabalhar questões como amizade, diferenças, diversidade, identidade, inclusão, aceitação, valores, medos, recomendo muito! A linguagem é bem acessível, simples e poética.


4 de abr. de 2011

Material sobre Surdocegueira

Olá pessoal
Hoje estou passando rapidinho para postar alguns materiais interessantes que tenho encontrado sobre Surdocegueira e educação, um assunto ainda pouco conhecido e divulgado no Brasil. Em meu curso de licenciatura não lembro de ter ouvido ou lido nada sobre isso, e acabei tomando mais conhecimento sobre esse tipo de necessidade quando comecei a aprender LIBRAS e conhecer a comunidade surda. Como estava vendo umas fotos do museu de cera de NY, e vi uma linda foto da Helen Keller, lembrei de postar sobre o assunto aqui no blog.
Uma das dicas é assistir ao filme "O milagre de Anne Sulivan", que mostra a história a infância de Helen Keller, essa simpática senhora ao lado, símbolo universal de superação, e a surdocega mais conhecida do mundo, com certeza! Não é muito fácil de ser encontrado em locadoras, mas muitos sites disponibilizam uma cópia na internet.
Outra dica é o e-book "Surdocegueira e Deficiência Múltipla Sensorial: sugestões de recursos acessíveis e estratégias de ensino", um rico material com definições sobre o que é a surdocegueira e deficiências múltiplas, estratégias e materiais de comunicação e aprendizagem. Bem esclarecedor e surpreendente!

No site da Associação Educacional para Múltipla Deficiência, a AHIMSA, há outros materiais que você pode ter acesso, assim como cursos e outros eventos promovidos pela instituição.

Outro site interessante é o do Grupo Brasil de Apoio ao Surdocego e ao Múltiplo deficiente sensorial.
Espero que estas dicas sejam úteis a vocês. Para indicar outros materiais, deixe um comentário neste post.
Abraço,
Vanessa!

23 de mar. de 2011

Curso de LIBRAS em Canoas (RS)

Olá pessoal!
Como a procura por cursos de LIBRAS é constante aqui no blog, estamos divulgando mais um local com cursos de LIBRAS, em Canoas, RS. As inscrições ainda podem ser realizadas. Corra!


E se você também quiser divulgar o curso de LIBRAS na sua cidade, é só escrever para a gente.

Abraços!

Em tempo: Pedro Witchs, que foi entrevistado pelo blog (clique aqui) também faz parte da equipe do Four Idiomas. Mais um motivo para conferir!

19 de mar. de 2011

Concursos culturais...

Olá pessoal! Quero aproveitar o espaço do blog para divulgar alguns concursos culturais bem interessantes. Confiram!


  • O primeiro está aberto para TODOS, é o concurso cultural da Biblioteca Pública do Estado do RS, e vai escolher 1 foto e 1 texto (conto, crônica ou poesia) a respeito da cidade de Porto Alegre (RS) em homenagem a seu aniversário de 239 anos. Quem quiser participar tem que enviar o texto ou a foto para o email aniversariopoa@gmail.com até o dia 24 de março (próxima quinta-feira), de acordo com o regulamento do concurso (clique aqui). Você pode saber mais sobre a BPE e do concurso através do site, do twitter ou do facebook. Participe!
  • Outro concurso muito interessante é o CONCURSO CULTURAL PARA SURDOS: ILUSTRADORES e TRADUTORES DE PORTUGUÊS / LIBRAS, da editora ARARA AZUL. Este concurso é exclusivo para surdos, que deverão enviar ilustração ou tradução em vídeo a respeito do texto "Java, a gata que entende LIBRAS" para o endereço do concurso. O Regulamento e maiores informações você encontra no site (clique aqui). As inscrições devem ser enviadas até o dia 15 de abril, portanto, prepare-se, participe e divulgue!
Deu até vontade de criar um concurso cultural para o Vendo Vozes. Vou pensar nisso, o que vocês acham???
Grande abraço a todos os leitores, àqueles que deixam recadinhos no site, enviam e-mails...
Não esqueça de entrar em conosco também através das redes sociais: Twitter e Facebook.

2 de mar. de 2011

Inscrições do curso ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA SURDOS: TÓPICOS AVANÇADOS!!! (2011/1)







O Curso Ensino

de Língua Portuguesa para Surdos: tópicos avançados, consequente

ao curso “Introdução ao Ensino de Língua Portuguesa para Surdos”,

busca apresentar e provocar reflexões mais aprofundadas a respeito

da disciplina Língua Portuguesa para surdos para aqueles profissionais

e estudantes que já possuem conhecimentos básicos a respeito dela.

O curso será totalmente a distância e realizado na plataforma

Moodle.








Realização:

de 7/4 a 8/6/2011


Modalidade: a distância


Horários:

o aluno poderá optar por um dos grupos abaixo:


Grupo 1: Chats às quintas-feiras, das 20h às 21h,

nos dias 7, 14 e 28/04; 5, 12, 19 e 26/05; e 2/06.


Grupo 2: Chat aos sábados, das 9h às 10h, nos dias 9, 16

e 30/04; 7, 14, 21 e 28/05; e 4/06.


Carga

Horária
: 40 horas



Local:


Plataforma Moodle









>>

Acesse

o site do curso e veja o programa






>>

Faça

sua inscrição online até 4/4





MINISTRANTE

Vanessa

de Oliveira Dagostim Pires



Mestre em Linguística Aplicada pela UNISINOS, graduada

em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005).

Doutoranda em Linguística Aplicada (UNISINOS). Atua principalmente

nos seguintes temas: ensino de língua portuguesa para surdos,

linguística aplicada, co-construção da aprendizagem de língua,

andamento coletivo, gêneros de texto e surdez. Atualmente é professora

de Língua Portuguesa no ensino fundamental de escola municipal

do Rio Grande do Sul.













Para

mais informações,
acesse

www.unisinos.br/educacaocontinuada



ou ligue para Secretaria de Comunicação - (51) 3590

8131





Inscreva-se hoje mesmo. Ampliando sua qualificação,

você amplia também suas oportunidades.









26 de fev. de 2011

Prepare-se para o I Congresso Internacional sobre Surdez - Educação, Tradução e Interpretação (UNICAMP)

Olá pessoal!
Em novembro, na UNICAMP (Campinas, SP), acontecerá o I Congresso Internacional sobre Surdez - Educação, Tradução e Interpretação, evento voltado a Professores e educadores, tradutores, intérpretes, guias-intépretes, linguistas e todos os interessados na temática. Alguns canais de comunicação estão começando a divulgar as primeiras informações sobre o evento, que ocorrerá entre os dias 18, 19 e 20 de novembro de 2011. Portanto, se você pretende participar, reserve esta data e fique atento a estes canais de comunicação para saber mais detalhes. O endereço do blog oficial é http://congressosurdez2011.blogspot.com/, onde existem vídeos com convites para participação do evento em diversas línguas orais e de sinais, acesse e acompanhe!


19 de fev. de 2011

13 de fev. de 2011

Ensino de Geografia para alunos surdos

Olá pessoal! 
O post de hoje procura trazer algumas dicas de materiais e trabalhos voltados ao ensino da disciplina Geografia na educação de surdos.
A primeira dica é do blog Educando Surdos, que traz uma série de imagens que podem ser usadas em cartazes e pôsteres para as aulas. É importante lembrar que o uso de imagens é fundamental na metodologia de qualquer aula para surdos, por isso, procure explorar bastante o uso de mapas, apresentações de power point, vídeos, flash, cartazes e pôsteres para exemplificar o conteúdo a ser trabalhado. Também é importante que os textos trabalhados tragam gráficos, tabelas e figuras relacionadas ao conteúdo dos mesmos (e, claro, que os alunos aprendam a interpretar essas ferramentas).
Outro tópico importante é o conhecimento dos sinais, em LIBRAS, da terminologia da geografia, assim como dos nomes dos principais estados, países, continentes, cidades e outros lugares que serão estudados. José Ednilson Júnior, tradutor- intérprete de Língua de sinais e mestrando em Linguística da UnB mantém um blog sobre o assunto, que vale a pena ser visitado e consultado constantemente, o http://geografiaemlibras.blogspot.com/. O blog conta com uma equipe de colaboradores e visa difundir o léxico especializado das diversas localidades brasileiras, com um sistema de busca por estados bastante inteligente. 


Pesquisas na área 
Clique nos links abaixo para ter acesso às pesquisas acadêmicas a respeito de Geografia para surdos:
O que você achou do post?
Para sugerir outros materiais e trabalhos, comente abaixo!

11 de fev. de 2011

Convite para bancas de Mestrado e Doutorado - UNISINOS

Olá pessoal
Início de ano é época de várias defesas de cursos de mestrado e doutorado, e ótima oportunidade para acompanharmos a que pé estão pesquisas nas áreas que nos interessam. Aqui, divulgo defesas de alguns trabalhos que envolvem temas como inclusão, educação de surdos e educação linguística que acontecerão recentemente na UNISINOS, em São Leopoldo (RS). Um grande momento de troca de ideias, aprendizado e de prestigiar estes queridos pesquisadores!

PPG em Educação
Teses de doutorado

Eliana Pereira de Menezes
Título: “A maquinaria escolar na produção de subjetividades para uma sociedade inclusiva.”
Dia 23/02/2011
Hora: 9h
Local: Centro 1 – PPGEdu/Unisinos
Banca:
Drª Márcia Lise Lunardi-Lazzarin – UFSM
Drª Maria Inês Naujors -UFSM
Drª Gelsa Knijinik - UNISINOS
Dr. Luis Henrique Sommer – UNISINOS
Drª Maura Corcini Lopes (orientadora) – UNISINOS


Édina Vergara Fagundes
Título: A in/visibilidade do sofrimento psíquico nas biopolíticas de Educação Inclusiva e Saúde Mental
Dia: 10 de março de 2011.
Hora: 9h
Local: Centro 1 – PPGEdu/Unisinos – Sala 1 A 262
Banca:
Drª Iolanda Montano dos Santos – Faculdades São Judas Tadeu
Drª Adriana da Silva Thoma – UFRGS
Dr Remi Klein – UNISINOS
Drª Maria Isabel da Cunha – UNISINOS
Drª Maura Corcini Lopes (orientadora) – UNISINOS


Dissertações de Mestrado

Maricela Schuck
Título: “A Educação dos Surdos no RS”: currículos de formação de professores surdos
Dia: 25 de fevereiro de 2011.
Hora: 9h
Local: Centro 1 – PPGEdu/Unisinos
Banca:
Drª: Madalena Klein – UFPEL
Drª Gelsa Knjinik – UNISINOS
Drª Maura Corcini Lopes (orientadora) – UNISINOS
Interpretação LIBRAS-Português de Pedro Witchs

Vanessa Scheid Santanna de Mello
Título: A constituição da comunidade surda no espaço da escola: fronteiras nas formas de ser surdo
Dia: 25 de fevereiro de 2011.
Hora: 14h
Local: Centro 1 – PPGEdu/Unisinos
Banca:
Drª: Patrícia Rezende – UFSC
Drª Eli Henn Fabris – UNISINOS
Drª Maura Corcini Lopes (orientadora) – UNISINOS
Com interpretação LIBRAS- Português e Português – LIBRAS.


PPG em Linguística Aplicada
Aluno: Anderson Carnin

Título: "Entre a formação inicial de professores de língua portuguesa e o trabalho real: a (co)construção do objeto de ensino produção textual escrita" 
Data: 21/2/2011
Horário: 14h
Local: Sala 3A316 (centro de Ciências da Comunicação)

Comissão Examinadora:
Prof. Dr. Sandoval Nonato Gomes Santos (USP) Profa. Dra. Terezinha Marlene Lopes Teixeira (UNISINOS) Profa. Dra. Ana Maria de Mattos Guimarães (Orientadora)

Aluna: Rachel Mattos Bevilacqua

Título: "O papel da narrativa no ensino de inglês na escola pública"

Data: 22/2/2011
Horário: 14h
Local: Sala 3A316 (centro de Ciências da Comunicação)

Comissão Examinadora:
Profa. Dra. Heloísa Augusta Brito de Mello (UFG) Profa. Dra. Melissa Santos Fortes (UNISINOS)
Profa. Dra. Ana Maria Stahl Zilles (Orientadora)

Boa sorte a eles! E quem quiser divulgar aqui alguma defesa de mestrado ou doutorado, é só escrever para: blogvendovozes@gmail.com

Até mais!

3 de fev. de 2011

Vendo Vozes no Estante Mágica

Olá pessoal

O blog do site Estante Mágica fez uma postagem essa semana sobre literatura inclusiva e falou sobre o Vendo Vozes, para ler, clique aqui!
Conheci o site pelo twitter (@Estante_Magica), que tem sempre dicas superlegais sobre leitura para os pequenos. Vale a pena segui-los e conferir sempre o blog, que tem muita informação sobre aqueles ensinamentos importantes sobre educação (como, por exemplo, ensinar sobre a importância de se escovar os dentes, educação financeira, alimentação, hábitos, linguagem, etc....). Informações legais para todas as crianças, sejam elas ouvintes, surdas, videntes, cegas....
Valeu, Estante Mágica!
Abraço,
Vanessa!
@vvozes

1 de fev. de 2011

LIBRAS e variação linguística

Olá pessoal!
Reproduzo aqui no blog uma reportagem muito interessante publicada pela revista Língua Portuguesa sobre a variação e diversidade linguística da LIBRAS. No final do texto existe o link para o texto original.
Abraço!!!!


Os sotaques dos sinais
Mesmo sem som, a Libras (Língua de Sinais Brasileira) também tem variações regionais, a ponto de ser possível identificar um surdo do nordeste ou do sul só com base no seu gestual


Rachel Bonino



Paola Ingles Gomes cursa a 8ª série em São Paulo numa tradicional escola municipal para deficientes auditivos no bairro da Aclimação, a Helen Keller. Como outros colegas adolescentes, costuma ir à festa junina promovida pelo Instituto Santa Teresinha, um evento que virou referência entre estudantes surdos de todo o país. Paola conversava com um amigo de outro estado numa dessas comemorações anuais quando, entre risos, sinalizou que ele era um "palhaço", um tolo. O sinal usado indicava uma bola no nariz, assim como usam os palhaços. O rapaz não entendeu a "gíria" e coube a Paola indicar o contexto da palavra, por meio de outros sinais. Casos assim se repetem a cada interação entre deficientes auditivos de regiões diferentes, mas que adotam a mesma gramática gestual adotada pela Libras, sigla para Língua de Sinais Brasileira. Nesse universo sem sons, há gírias, regionalismos e até mesmo o que podemos chamar de sotaques.
De fato, determinados termos possuem variações maiores ou menores quando "pronunciados" por gestos. Só a palavra "abacaxi", no sortido espectro de variantes em forma de gesto, tem ao menos cinco sinais diferentes em todo o país, com pequenas mudanças de movimentos entre os compartilhados por Bahia e Pará e os usados no Mato Grosso ou em Santa Catarina.
A Libras é reconhecida desde 2002 por lei federal (ver quadro). Tem como base cinco parâmetros:  a direcionalidade (para onde as mãos e o rosto se dirigem), o ponto de articulação (de onde parte o movimento), a configuração de mão, o movimento propriamente dito e as expressões faciais e corporais. A variedade lingüística dos sinais ocorre, em alguns estados, quando se modifica ao menos um desses parâmetros.
- É como se houvesse uma "pronúncia" diferente. É um tipo de sotaque, só que sem som - afirma a lingüista Tanya Amara Felipe, professora da Universidade de Pernambuco (UPE) e coordenadora do Programa Nacional Interiorizando a Libras.
Dizer sem falar
Quase não existem pesquisas sobre variações regionais em Libras, mas já há base empírica para os estudiosos arriscarem configurações. A psicóloga Walkiria Duarte Raphael, uma das autoras do Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngüe da Língua de Sinais Brasileira (Edusp, 2001), diz conseguir identificar um r arrastado nos sinais dos surdos cariocas.
- Eu, lidando com os diferentes sinais, percebo que no Rio eles soletram mais arrastado, embora não exista estudo com base científica sobre o assunto. Os surdos que oralizam bem [que reproduzem com os lábios as palavras sinalizadas] acabam falando junto com o sinal. E aí também se consegue perceber o sotaque. É possível sentir claramente isso, no sinal - diz.
Embora não haja equivalência entre o verbo e os gestos de cada lugar, os sotaques dos sinais parecem acompanhar as sutilezas das falas de cada região. Para Walkiria, é possível perceber a diferença regional pela observação da mão de apoio - é comum que os surdos destros façam o movimento com a mão direita e a esquerda sirva de suporte. No Rio de Janeiro, segundo a estudiosa, a maioria dos sinais é feita com a mão de apoio fechada. Em São Paulo, a mão de apoio é aberta.
- Essa é uma diferença que notei quando estava juntando os sinais para o dicionário. Isso pode ser considerado um sotaque? Pode - diz Walkiria.
Sueli Fernandes, lingüista , assessora técnico-pedagógica do Departamento de Educação Especial da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, concorda:
- Sejam faladas ou sinalizadas, é próprio das línguas a pluralidade de manifestações. A unidade lingüística é um mito mesmo na linguagem por sinais - analisa a profissional, que também é colaboradora do Libras é Legal, projeto de difusão da língua coordenado pela seccional do Rio Grande do Sul da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis-RS).
Ambiente virtual
Os alunos surdos da escola Helen Keller (da esq. para a dir.) Lidiane Francisca de Souza, Paola Ingles Gomes, Ricardo Paulo Maranhão e Mônica Amoroso: troca de gírias com estudantes de outros estados

Coordenadora do curso a distância de Letras-Libras na Universidade Federal de Santa Catarina, único nos moldes no país, a lingüista Ronice Müller de Quadros mantém contato com 500 alunos de nove estados no ambiente virtual. Desse total, 447 são surdos. A quantidade de sinais variantes é tão grande que eles criaram um glossário para padronizar aqueles usados e criados no curso.

- Dá para identificar quem não é  de Santa Catarina pela variação dos sinais, e pelas diferentes expressões faciais e corporais - conta.

Ela lembra que os falantes do Rio de Janeiro costumam usar muito o alfabeto manual na comunicação. Ou seja, no lugar do sinal, em muitas situações, o termo é soletrado. Característica que não é típica dos usuários de São Paulo, segundo Ronice.
- Os surdos do Norte do país se apóiam bastante nas expressões facial e corporal. O tamanho do sinal é maior, ocupa mais espaço. Mas essa diferença não tem implicação no significado do sinal. Manaus, por exemplo, é um dos pólos em que os estudantes apresentam mais variações. Talvez pelo fato de estarem muito distantes - analisa.
Mas nem sempre os surdos encararam com bons olhos o contato com sinais de outras regiões. No início da produção da primeira edição do dicionário, a psicóloga Walkiria Raphael - que atualmente trabalha na segunda edição do livro (ver quadro) - percebeu que diante de um termo diferente os surdos tendiam a dizer que aquele sinal estava "errado". Hoje,  as variações são mais aceitas.
- A própria comunidade surda tinha uma rixa. Daí a resistência dos surdos que estavam nos ajudando, na elaboração do dicionário, de incluir sinais que não são usados em São Paulo. Tínhamos de convencê-los de que aquele sinal era representativo para determinada região. Havia bairrismo - diz.
Se no caso do sotaque os sinais envolvidos têm diferenças sutis de estado para estado, no caso dos regionalismos, ao contrário, as mudanças são totais. A linha de pensamento é a mesma da palavra "mandioca" com suas variações "macaxeira" e "aipim". A mesma palavra, "abacaxi", tem sinais muito diferentes, como os de São Paulo e os do Rio de Janeiro. Dá pra dizer então que os sinais regionais são aqueles que representam a mesma coisa só que com ponto de articulação, movimentos, direcionalidade e expressões faciais, todos diferentes.
- Quando comparamos sinais usados por jovens surdos e surdos idosos, nas associações, por exemplo, percebemos mudanças na forma e no conteúdo dos sinais, por vezes até condenados pelos mais velhos que se orgulham de utilizar "sinais puros", sem a interferência do português, tal como o fazem as gerações atuais.
Nova geração
O atual cenário educacional é responsável por uma revolução na cultura surda. No passado, o isolamento era grande. Os sinais eram passados de geração a geração e se restringiam à representação do cotidiano, nada muito específico. Hoje, a presença no ambiente escolar tem estimulado a criação de muitos novos sinais, já que há disciplinas e termos técnicos, além de permitir o contato do estudante com os sinais de outras regiões. A estrutura que, nesse processo, mais tem sido renovada são os substantivos.
- Sinais vêm sendo criados, simultaneamente, em diferentes regiões, para atender às necessidades de conceituação e comunicação, repercutindo na ampliação do léxico. A especificidade das disciplinas e seus objetos de estudo requer um vocabulário técnico sinalizado que, enquanto não padronizado, contribui para a fomentação dos regionalismos - analisa Sueli Fernandes.



Algumas instituições de ensino que têm salas mistas - com alunos surdos e ouvintes - já estruturaram equipe para apoiar o contato entre professor e estudante durante as aulas. Sidney Feltrin é tradutor e intérprete de Libras há 12 anos. Há dois, ele trabalha com mais seis profissionais na Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), que tem sete alunos surdos.
- Todos os sinais criados em sala de aula são encaminhados à Feneis para que sejam disseminados e adotados nas demais universidades do país, criando assim um padrão - conta.




Sinais de guetos

Além da linguagem mais técnica e específica, a escola ou faculdade coloca o deficiente auditivo em contato com outros grupos que não a própria família e os colegas. Só esse fator é responsável pela criação de mais uma penca de novos sinais usada no bate-papo dos corredores. Na escola municipal Helen Keller, em São Paulo, os jovens do ensino fundamental e do médio têm suas próprias gírias, muitas vezes variando de sala para sala, de panelinha a panelinha.
É inegável que a língua portuguesa acaba por determinar a constituição de vários elementos semânticos, estruturais e discursivos da língua de sinais. Isso não deixa de acontecer também no universo das gírias. É o caso do xingamento "palhaço", usado pelos alunos da escola com o mesmo sentido da língua portuguesa. Na Helen Keller, os estudantes também criaram seus próprios sinais para Orkut e MSN (programa de conversa on-line).
Assim como no português, a língua de sinais também registra os idioletos, ou seja, as maneiras únicas no modo de falar ou sinalizar de um indivíduo. Diferenças de idade, escolaridade, maior ou menor contato com a comunidade surda, tudo isso aumenta a diversidade de sinais.
- Todos os usuários da Libras conseguem comunicar-se uns com os outros e entendem-se bem, apesar de não haver sequer dois que façam sinais da mesma maneira - explica a lingüista Lodenir Becker Karnopp, também professora do curso Letras-Libras na UFSC.

Nesse mar de sinais e variações, quem não é surdo pode pensar que o entendimento entre os deficientes auditivos de estados diferentes fica quase impossível. Basta lembrar a quantidade de palavras usadas na língua portuguesa e suas variações, tão criativas quanto as dos sinais.

- Há, sim, uma tentativa de padronização das associações de apoio ao surdo. Há muitos sinais que já são padronizados e usados em congressos, por exemplo. Mas é preciso respeitar a diversidade - comenta Walkiria Duarte.
A mesma diversidade, aliás, que torna a Libras e a língua portuguesa admiradas pelos seus usuários.
História da Libras
A primeira instituição brasileira criada para apoiar a alfabetização dos surdos foi o Instituto Nacional de Surdos-Mudos, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), criado por D. Pedro II, em 1857. Dezoito anos depois, em 1875, foi publicado o primeiro livro com os sinais usados por aqui, o Iconographia dos Signaes dos Surdos-Mudos, de Flausino da Gama. O autor utilizou os mesmos sinais franceses, colocando a tradução em português. Daí a influência da língua francesa de sinais na brasileira.
- Esse sinais do livro deveriam ser usados concomitantemente com outros  já usados no Brasil naquele período [1875].
Provavelmente havia dois sinais e um "vingou". Pude observar em viagem aos Estados Unidos que há sinais do livro de Flausino que são usados pela ASL [American Sign Language], o que comprova o parentesco lingüístico entre as três línguas - analisa a lingüista Tanya Amara Felipe.
Quase um século depois, em 1969, estudiosos descobriram que no Brasil há outra língua de sinais usada pelos índios urubus-caapores, do Maranhão, que têm elevada taxa de surdez (1 surdo para cada 75 ouvintes).
Naquela década também foram publicadas, por iniciativa estrangeira, mais duas obras sobre os sinais brasileiros e que por muitos anos foram usadas no ensino de sinais: Linguagem das Mãos, de E. Dates; e Linguagem de Sinais do Brasil, de H. Hoeman. Ambas muitos influenciadas pela ASL.
Só na década de 80 é que estudos mais aprofundados em lingüística foram feitos. Nessa época, constituíram-se as principais instituições de apoio ao surdo. São Paulo e Rio de Janeiro influenciaram os sinais dos outros estados por terem sido os pioneiros no estudo do tema.
Foi em 2002 que o governo federal reconheceu a Libras como língua. Com a lei, a educação inclusiva dos surdos passou a ser obrigatória nas escolas públicas de todos os níveis. Dados do Censo 2000, reunidos pelo IBGE, indicam que dos 5,7 milhões de brasileiros com algum grau de deficiência auditiva, pouco menos de 170 mil se declararam surdos.


Dicionário de libras vai incluir sinais regionais
Publicação com quase 12 mil verbetes terá dois mil sinais só para palavras e expressões que variam de estado para estado


Antes da publicação do Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngüe da Língua de Sinais Brasileira (Libras), em 2001, pela Edusp e apoiada pela Feneis, não havia registro oficial da linguagem gestual ensinada a surdos no Brasil. Os materiais existentes estavam espalhados pelo país em apostilas produzidas por associações de apoio ao deficiente auditivo. Uma realidade bem diferente da de outros países, como os Estados Unidos, onde há algum tempo já existem dicionários do gênero.

Seis anos depois, e com a menção honrosa na categoria Educação e Psicologia do Prêmio Jabuti conquistada em 2002, os autores do trabalho, os psicólogos Fernando Capovilla e Walkiria Duarte Raphael, preparam a segunda edição do dicionário. A previsão de lançamento é para o começo de 2008. Mais dois mil verbetes de sete estados serão incorporados ao catatau que já havia reunido 9,5 mil sinais, divididos em dois volumes. Será inserida a soletração do verbete, além da indicação dos lugares onde aquele sinal é usado.
No início da pesquisa, os autores se reuniram com um grupo de 14 surdos da Feneis-SP, que passaram cada sinal e seu significado. A meta nessa segunda etapa é "aumentar o vocabulário em português e o léxico em sinais", como explica Walkiria Raphael. Confira trecho de entrevista com a estudiosa:
Língua Portuguesa - Quais as dificuldades para montar o dicionário?
Walkiria Raphael - O surdo não se baseia nos verbetes escritos, mas no conceito, o contexto. É muito comum quando um ouvinte pede a um surdo soletrar uma palavra, como "essencial", e ele perguntar o que é. Depois de entender o contexto, aí, sim, ele faz o sinal referente. Outros surdos podem empregar um sinal diferente para "essencial", mas que contenha o mesmo sentido. Além do regionalismo nos estados, em São Paulo há grupos de jovens que criam seus próprios sinais, como no resto do país, aliás. Não dá para abarcar todos os sinais. Outra dificuldade é que não há uma correspondência tão direta entre o sinal e a palavra. Nós tivemos muito cuidado para fazer essa tradução.
Há sinais que já caíram em desuso?
Sim. Do primeiro ao segundo dicionário, já notamos isso. Mas a gente resolveu manter. É como no português: ainda encontramos termos que não existem mais, mas estão lá. O próprio sinal de Libras já mudou. Ainda assim, o outro sinal não deixou de ser usado. Como há pessoas que só conhecem as versões antigas das palavras, preferimos não eliminar esses termos.
As gírias surdas
Por Sueli Fernandes

A aluna Paola Ingles Gomes sinaliza gíria que só existe na Libras: termo pode indicar mau humor, surpresa ou até constrangimento

As gírias são a parte mais interessante do discurso em Libras. É justamente nele que se manifesta o universo metafórico da língua, no qual os sinais são "manipulados" de forma a seduzir, enganar, disfarçar,  determinar... Testemunhamos o riquíssimo universo da polissemia e polifonia da língua da forma mais rica e diversa, em um contínuo de relações e situações determinadas pelo contexto, pelas expectativas dos interlocutores.

Existem muitos exemplos corriqueiros, bastante conhecidos nas línguas faladas, em que se usam gírias para se referir a garotas ou rapazes bonitos: "gato", "gostosa", "de cair o queixo"; ou quando precisamos informar necessidades fisiológicas como: "ir ao banheiro", "fazer xixi", "apertado" etc. Sejam faladas ou sinalizadas, as gírias são semanticamente bastante semelhantes nesses casos.

O que mais fascina na Libras são os artifícios usados pelos surdos para escapar dos olhos dos demais membros do grupo, em momentos em que necessitam endereçar mensagens subliminares, ou secretas, a algum interlocutor. Pela visualidade que é inerente à sinalização, inúmeros sinais "discretos" são criados, reduzindo-se o espaço da sinalização ou o ponto de articulação de modo a não deixar pistas aos bisbilhoteiros. 

Por exemplo, se em uma roda de adolescentes surgem temas tabus como sexo ou masturbação, é comum que eles modifiquem os sinais usados convencionalmente. Da mesma forma, se uma menina quer confidenciar a outra que vai menstruar e há meninos por perto, ela muda a forma de sinalizar, usando um sinal "disfarçado". Quando se quer falar de alguém que está presente, usam-se mecanismos conversacionais de indicação disfarçada ou relações espaciais em que se estabelece uma localização neutra no espaço para o "dito cujo", mesmo que ele esteja presente, passando-se a enunciar indicando aquele ponto no espaço, sem que ninguém saiba de quem, exatamente, se fala.

São fartos, também, os exemplos de gírias que têm como sentido "tô nem aí com você", "qual é a dele?", "você me sacaneou", "tá me enrolando", "fiquei com o rabo entre as pernas", e assim por diante, que nada têm a ver com os sinais convencionais. Alguns são até modificados para a adequação discursiva.

Outros sinais são "intraduzíveis" isoladamente, pois uma mesma forma pode indicar inúmeros sentidos a depender do contexto. Um exemplo é o sinal em que a configuração de mão com o dedo médio colocado no topo da cabeça, acompanhado de uma expressão facial característica (mau humor, surpresa), pode significar "tô na minha", "que mico", "tô boiando" e assim por diante.

Enfim, a riqueza da Libras repousa justamente nesses elementos que chamaríamos extralingüísticos nas línguas faladas, mas que constituem a estrutura gramatical, semântica e discursiva da língua de sinais: movimentos de sobrancelhas, jogo de olhares, menear de ombros e de cabeça, "balanço" ao sinalizar, leveza ou ênfase no movimento, duração do olhar ou do movimento no ar, maior ou menor amplitude do espaço de sinalização. Ou seja, um universo quase desconhecido para aqueles que ainda não experimentaram constituir sentidos com palavras-imagens.

Sueli Fernandes é lingüista, assessora técnico-pedagógica do Departamento de Educação Especial da Secretaria de Estado da Educação do Paraná e colaboradora do projeto Libras é Legal

27 de jan. de 2011

Língua de sinais para bebês

Olá pessoal! Vocês sabiam que alguns pais (ouvintes) estão optando por ensinar língua de sinais para seus bebês ouvintes? A ideia é que o bebê aprenda alguns sinais básicos, como papai, mamãe, alimentos, água, sede, para poder se comunicar antes de adquirir a linguagem oral (período pré-verbal). Assim, o bebê pode se comunicar, controlar sua frustração e desenvolver mais cedo suas habilidades linguísticas. Como a língua de sinais é utilizada juntamente com a língua oral, não há nenhum prejuízo para a aquisição da língua oral da criança.
Existem alguns sites com informações a respeito, além de livros e DVDs que podem ser comprados com lições para os pais ensinarem os seus filhos bebês as línguas de sinais. O recomendável é que se comece a ensinar aos 6 meses de idade, e é normal que a criança demore alguns meses para produzir seus primeiros sinais (embora eu não veja problema de começar antes, assim como a fala, quanto mais interação com seu bebê, melhor!)
A revista CRESCER fez uma matéria sobre o assunto, entrevistou especialistas (com opiniões divididas) e mostra um videozinho com uma dessas lições. Segundo a fonoaudióloga entrevistada, Izabella Santos Nogueira de Andrade "Não faz sentido aprender uma linguagem que logo será substituída pela oral”, o que eu discordo, pois a língua de sinais é uma língua real (e não linguagem), com status de língua e utilizada por muitas pessoas, logo, por que não? Por que a criança não poderá continuar aprendendo sinais depois de adquirir a língua oral?
No filme "Entrando numa fria maior ainda" o personagem de Robert de Niro ensina o neto a se comunicar assim!
No site Signing wiht yout baby você pode ter mais informações sobre o assunto.
O exemplo mais legal e fofo que eu encontrei desse método foi da menina Fireese, do canal do Youtube My Smart Hands. Neste canal, há diversos videos da menina ao longo de seu crescimento, antes do 1° ano de idade, aos 2, interagindo em ambas as línguas com a mãe dela (ASL e inglês), e aos 2 anos e meio, já lendo e escrevendo as primeiras palavras! 

Abaixo, o vídeo da menininha ainda bebê, interagindo com a mãe (muito lindo!)



E você, o que achou? Ensinaria a língua de sinais para seu bebê?
Abraço,
Vanessa.

25 de jan. de 2011

Sprint Relay - legendagem para telefones


Olá pessoal! Como prometido, quero comentar com vocês a respeito do telefone com legenda que aparece no videoclipe "See what I'm saying", que mostrei no post anterior. A marca do aparelho é a mesma que aparece no início do videoclipe, a Sprint Relay, que conta com diversas soluções tecnológicas para quem tem dificuldade de audição, fala ou surdez. O aparelho que aparece no videoclipe enquanto a música toca, e então a menina surda sinaliza é o Sprint CapTel, e nos Estados Unidos pode ser comprado por 99 dólares. O aparelho pode ser utilizado para comunicação entre surdos e ouvintes, por exemplo. A pessoa ouvinte fala ao telefone, normalmente, e o aparelho, através da tecnologia de reconhecimento de voz, transcreve aquilo que está sendo falado automaticamente. É mais rápido do que os aparelhos onde a pessoa precisa digitar a mensagem, por exemplo.
E empresa conta com outros aparelhos, como videochamada, ou um serviço de legendagem direto de um celular conectato à internet, ou até mesmo um serviço que faz as legendas para a televisão.
Para maiores informações sobre a empresa, acesse http://www.sprintrelay.com/.

Letra e storyboard do videoclipe do documentário "See what I'm saying"

Olá pessoal! Eu já havia feito um post aqui no blog (AQUI) sobre o documentário "See What I'm Sayng" (Veja o que estou dizendo), sobre artistas surdos. Acabei encontrando outros materiais legais na internet sobre isso, como o clipe que foi feito para o documentário, de mesmo nome, um clipe muito bem feito sobre a relação das pessoas surdas e ouvintes, sobre as possibilidades infinitas do ser humano de interagir, e sobre a necessidade de nós, ouvintes, darmos voz àqueles que se utilizam de outros recursos para se comunicar, como as mãos, o corpo, o rosto....
O vídeo está logo abaixo, e depois, coloco a letra e a tradução dela para vocês. A banda Powder compôs e gravou a música.


Letra e tradução:



I'm here, you're there, you ask me something... [Eu estou aqui, você está aí, você me pergunta alguma coisa]
(But I don't hear you) [ Mas eu não ouço você]
I turn, you've left [ Eu viro, você foi ]
And now there's nothing [E agora não há nada ]
(Unless you touch my shoulder) [ A menos que você toque no meu ombro]
I use my hands, I read your lips [Eu uso minhas mãos, eu leio seus lábios]
I just want to talk to you. [Eu só quero falar com você]

Chorus:
See What I'm Saying [Veja o que estou dizendo]
See what I'm feeling [Veja o que estou sentindo]
See what I'm trying, trying to break through [Veja o que estou tentando, tentando romper]
See what I'm saying  [Veja o que estou dizendo]
See what I'm being [Veja o que estou sendo]
Being myself 'cause I'm supposed to [Sendo eu mesmo porque eu tenho que]
Cause I have a voice like you. [Eu tenho uma voz como você]



You're here, I'm there [Você está aqui, eu estou lá]
We start connecting [nós começamos a nos conectar]
(I know you see me) [Eu sei que você me vê]
We laugh, we cry, communicating [ Nós rimos, nós choramos, comunicando]
So we come together [Então nós ficamos juntos]
I use my hands, I read your lips [Eu uso minhas mãos, eu leio seus lábios]
Now I can talk to you.  [Eu só quero falar com você]

No site oficial do documentário tem também um storyboard muito legal, que são os desenhos que os roteiristas do clipe, no caso, fizeram para planejar como queriam que o clipe fosse feito.



Quem quiser mais informações sobre o documentário, acesse o site oficial: http://www.seewhatimsayingmovie.com/home.html

No próximo post quero falar sobre o aparelho que é utilizado no clipe, uma espécie de telefone com legendas.... Até mais!