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15 de jun. de 2012

Tem lá na França...mas será que é só lá?

Oi gente! Em abril viajei para a França, e lá, visitando alguns pontos turísticos, pude conhecer o que eles oferecem para facilitar a acessibilidade dos surdos em monumentos, castelos, museus, etc. Tudo é muito bem informado, digo, em tudo há painéis explicativos, com as informações referentes ao local, os preços dos ingressos, etc. As informações são escritas em francês, obviamente, e em inglês, na maioria das vezes. Às vezes também em espanhol. Em português tem muito pouco, mas a gente se virá como dá! Buenas, mas o que mais me chamou a atenção e é sobre isso que eu quero falar aqui hoje, foi o Castelo de Versailles, e a acessibilidade facilitada nele! (isso atrás de mim na foto abaixo, é só uma parte do Castelo).
Esse castelo pertenceu a Luis XIII e foi transformado e aumentado pelo seu filho, Luis XIV que instalou lá a corte e a Sede do Governo em 1682. As obras de ampliação ocorreram até 1715. No século XVIII o castelo foi renovado. Em 6 de outubro de 1789, a monarquia deixa Versailles, após os primeiros dias da Revolução Francesa. Em 1837, o rei Luís Filipe inaugura no Castelo o Museu consagrado a "todas as glórias da França". Gente, o castelo todo é lindíssimo, enoooorme e cheio de obras de arte. Esse museu das glórias da França aparece na foto abaixo: é uma sala gigante com quadros mais gigantes ainda representando várias fases da história do país. Muito lindo!
Ok, Laura, já vimos que o lugar que tu foi é muito legal, mas e o que que tem demais a acessibilidade para os surdos nele? Então, lá no Versailles tem audio-guias, tipo um rádio pequeno no qual você digita o nº da sala em que está e ele narra informações sobre o local (a quem pertenceu, quem reformou, o que é original ou não naquela decoração, etc). Esse audio-guia está programado em 11 idiomas, dentre eles o português, então foi bem proveitosa essa visita guiada. Mas eis que no meio da nossa visita, eu me deparo com algumas plaquinhas que continham o nº da sala, e tinha o desenho de umas mãozinhas seguidas de um nº também. Tá, mas não vi nenhum intérprete por perto...What does it mean? Voltei ao local onde forneciam os audio-guias e perguntei se eles tinham algo acessível aos surdos. Yes, we have, but we need your passport, ok? Sim, eles tinham esse visual-guia que aparece na minha mão na primeira foto! Eu pedi para testar e eles me deram (ficaram com meu passaporte como garantia de que eu iria devolver o ipod deles, né?!). Geeeente eu babei com aquilo. Nunca tinha visto nada semelhante aqui no Brasil (tá certo que eu não vou muito a museus, e aqui na cidade onde eu moro o único museu que tem é a casa onde morou um famoso autor da literatura infantil, nada muito suntuosa ou badalada, hehe!) em termos de acessibilidade. No ipod, cada arquivo era nomeado com o nº da sala, daí você clicava na tela e o intérprete sinalizava algumas informações sobre a sala em que você estava. Ele sinalizava na Língua de Sinais Francesa, né, e havia a opção de ativar as legendas (em francês também). Eu achei muito legal o recurso utilizado! (Foto abaixo.) Fica a pergunta: será que esse tipo de recurso só tem lá ou já tem por aqui (Brasil) também? Fica o incentivo para a gente lançar mão da tecnologia cada vez mais em prol da acessibilidade (o que não dispensa o intérprete [surdo ou ouvinte] e divulga ainda mais a língua de sinais!).

Bjos da colaboradora!


16 de abr. de 2012

Cão-guia para surdos

Assim como os cães podem ser usados para ajudar pessoas cegas, eles também podem ser treinados para ajudar as pessoas surdas, alertando-as para sons como campainhas, pessoas chamando, alarmes, buzinas, sirenes, despertador ou relógios, por exemplo.
Cães treinados para isso são chamados de "Cães ouvintes" ou "hearing dog". Aqui no Brasil ainda não existem centros de treinamento específico para isso, pelo que pesquisei, mas acredito que seja possível conversar com um treinador de cães para ajudá-lo nesta tarefa. Já li sobre animais de pessoas surdas que percebem a surdez de seus donos e utilizam outros meios para se comunicar com eles. Emanuelle Laborit fala de sua gatinha em "O Vôo da Gaivota", e o próprio Antônio Abreu, entrevistado aqui, nos contou de sua cachorrinha que entende os sinais em Libras.
Uma reportagem publicada recentemente no site da BBC Brasil mostra um projeto na Grã-Bretanha que distribuiu 12 cães-ouvintes para crianças com dificuldade de audição, veja:


Uma instituição de caridade britânica iniciou um projeto piloto para fornecer cães guia para crianças com problemas de audição.
No último ano, a instituição Cães Guia para Surdos deu 12 destes cães para crianças. Uma delas foi James Cheung, um menino de 11 anos com dificuldades de audição.
James Cheung ajuda a cuidar do labrador Kurt. | Foto: BBC
Crianças dizem que se sentem mais confiantes e seguras por causa dos cães guia

Fonte: BBC Brasil

O cão de James é o labrador Kurt, que o alerta quando ele precisa acordar de manhã, quando sua mãe o chama e em situações de perigo, como quando um alarme de incêndio dispara.
Kurt foi treinado para responder a certos sons e ordens.
Segundo a família de James, seu comportamento mudou após a chegada do animal.
Ele está mais independente e confiante e desenvolveu um ótimo relacionamento com o cão.

25 de ago. de 2011

Surdos oralizados e o preconceito

Olá pessoal
Descobri dois blogs recentemente que me chamaram a atenção para os surdos oralizados. Nosso blog aborda predominantemente a questão voltada aos surdos sinalizados, àqueles que perderam a audição antes da aquisição da língua oral, e para os quais a língua de sinais será considerada a primeira, a natural. Entretanto, existem milhares de pessoas que perdem a audição depois dessa idade, e não estou falando apenas dos idosos, mas sim a indivíduos que, devido a diversos fatores - sequelas de enfermidades, síndromes, acidentes - perdem a audição depois que já conhecem a língua da maioria. Estes, muitas vezes, sofrem a falta da audição que já conheciam, a que já estavam acostumados, e à práticas culturais que possuíam, como ouvir música, conversar, ouvir sons familiares.
Fiquei pensando que, talvez, eu, que tantas vezes me choco com o preconceito e desconhecimento que as pessoas têm sobre a surdez e a língua de sinais, por não respeitarem seus direitos e ignorarem formas de acessibilidade a elas, também cometo um preconceito semelhante ao igualmente, não considerar suas dificuldades.
Fonte:http://fonodanischepi.blogspot.com/2010/09/deficiencia-auditiva.html 
Os blogs aos quais me refiro são Desculpe, não ouvi, de Lak Lobato, que perdeu a audição aos 10 anos de idade e hoje, depois dos 30, é implantada, e escreve no blog o relato de suas experiências nesse mundo de descobertas dos sons - recomendo este post, onde ela apresenta um depoimento que concedeu para o projeto Memórias que ficam, e relata a experiência de ter perdido a audição quando criança, e voltado a ouvir depois dos 30. Lindo!) O outro blog é o Crônicas da Surdez, de Paula Pfeifer, e o post onde ela fala sobre a falta de políticas de acessibilidade para os surdos oralizados está aqui.
Se defendemos um mundo em que TODOS tenham oportunidades, um mundo totalmente acessível, não podemos permitir nenhuma exclusão ou preconceito. Pensar a educação de surdos amplamente, considerando as diferenças e necessidades dos oralizados e dos que sinalizam, com o mesmo respeito e preocupação, é tarefa nossa.
E vocês, têm algum preconceito em relação aos surdos oralizados????

14 de mai. de 2011

Acessibilidade na WEB (1)

Olá pessoal!
Quanto mais busco informações sobre inclusão, mais eu me dou conta de quanta coisa eu ainda preciso aprender! Hoje comecei a minha pesquisa mais específica sobre acessibilidade via web, devido a meu projeto de doutorado. Percebo a cada momento como o mundo, seja real ou virtual, não é pensado para todos, exclui quando, na verdade, deveria incluir as pessoas, agregá-las, e proporcionar que todos possam participar ativamente da sociedade, de acordo com a sua livre escolha.
Como eu gostaria que este blogue também fosse acessível a todos! Espero que, com essa pesquisa, eu consiga isto, e desde já me coloco à disposição para receber todas as sugestões necessárias para conseguir transformá-lo em um site acessível a TODOS!
Encontrei alguns vídeos muito interessantes sobre a acessibilidade web, aquelas ferramentas que propiciam que qualquer pessoa consiga navegar livremente pela internet e fazer uso dela com qualidade, sejam pessoas com dificuldades visuais, motoras, intelectuais, auditivas, etc...
No vídeo abaixo, "Acessibilidade web: Custo ou Benefício", é possível encontrarmos alguns exemplos destes obstáculos que dificultam a acessibilidade de conteúdo na internet.

Se você conhece outros materiais sobre o tema ou quer comentar este post, mande-nos um comentário abaixo!
Abraços!
Vanessa

13 de mai. de 2011

O que é acessibilidade? Vídeo do CONADE

Muito interessante o vídeo sobre o que é acessibilidade, produzido pelo Conade (Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência).
Conheça e siga esta ideia, afinal de contas, em algum momento da vida, todos vamos precisar dela!!!


15 de nov. de 2010

Programação de TV em LIBRAS

Você já imaginou querer assistir a um programa de televisão e não conseguir entender nada do que é falado nele? Mesmo trocando de canais, em toda a programação a língua utilizada não é conhecida por você? Possivelmente é assim que milhares de pessoas surdas, usuárias da LIBRAS em nosso país se sentem diariamente, não apenas em relação à televisão como ao cinema: tudo parece ser inacessível porque ainda não temos uma política séria de acessibilidade audiovisual em nosso país, e sentar na frente no sofá para assistir a um telejornal, novela, documentário, filme é praticamente impossível.
Pensando nisso, uma equipe formada por uma jornalista, um fotógrafo e um intérprete de LIBRAS (respectivamente Helen Baesse, Cléberson Baesse e Rafael Guilherme) criaram a TV Libras, um blog com vídeos sobre vários assuntos que são transmitidos na TV como cinema, eleições, moda e comportamento, culinária, entre outros, com tradução para a LIBRAS.
Para acessar, entre no blog http://tvlibras.blog.com/ e confira.Parabéns à equipe pela excelente iniciativa!
Na imagem, retirada do blog TV Libras, a reportagem "O que fazer no primeiro encontro", da seção Moda e Comportamento é traduzida para LIBRAS.

14 de dez. de 2009

Tecnologia e Acessibilidade

Computador 'interpretará' linguagem de sinais pela primeira vez
Notícia: Portal G1
Tecnologia quer facilitar comunicação dos deficientes auditivos no dia a dia.
Ideia é implantar sistema para utilização em serviços públicos da Espanha.
Foto: DivulgaçãoFoto: Divulgação
Programa de computador interpreta a linguagem de sinais usada pelos deficientes auditivos.

(Foto: Divulgação)
Pesquisadores da Universidade Politécnica de Madri, na Espanha, criaram o primeiro computador capaz de interpretar a linguagem de sinais utilizada por pessoas com deficiência auditiva.

O sistema, que será submetido a vários testes nesta semana, ficará pronto na próxima segunda-feira, de acordo com a instituição.

Ele é capaz de traduzir, por exemplo, as expressões pronunciadas por funcionários públicos no atendimento a deficientes que desejarem renovar a carteira de identidade.

Com a nova tecnologia, segundo a universidade, será dado um grande passo para eliminar as barreiras de comunicação encontradas por portadores de deficiência auditiva que passam por trâmites administrativos.

O computador realiza o processo de tradução em três fases: reconhece a voz do
funcionário ao obter a sequência de palavras pronunciadas, traduz a sequência de palavras e, por fim, reproduz os sinais.

17 de abr. de 2009

Livro, Universidade e TV acessíveis


Olá pessoal

Hoje quero divulgar aqui um site que trata de um tema muito importante: a acessibilidade dos livros, universidades e TV para pessoas com deficiência. É o Livro Acessível criado por Naziberto Lopes para lutar pelos direitos dos deficientes visuais de terem acesso à esses meios culturais. No entanto, as reivindicações do site também servem para todos e vale muito a pena conferir o site e colaborar para esta causa!

Agradeço a dica da Cris!

18 de mar. de 2009

Babá eletrônica que vibra



Olá pessoal,


Frequentemente, nós, ouvintes, paramos atividades comuns do dia-a-dia e nos fazemos a seguinte pergunta: "como pessoas com alguma necessidade especial consegue fazer isso"? Ao pensarmos na comunidade surda, quem não tem contato com surdos talvez fique em dúvida sobre como eles conseguem se comunicar a distância, telefonar, utilizar um despertador, a campainha da porta da casa, como conseguem saber se seu bebê que está em outra parte da casa está chorando ou não... Muitas empresas têm desenvolvido produtos que facilitem essas atividades para os surdos, e gostaria de mostrar no blog alguns deles.


Hoje quero mostrar a babá eletrônica que vibra, uma idéia simples e que já existe há algum tempo e que pode facilitar a vida de pais surdos. Diferente da babá eletrônica tradicional, que transmite os sons do bebê para um receptor, as babás eltrônicas modernas vêm com outras opções, como a opção vibra call, que vibra quando o bebê estiver chorando ou fazendo algum barulho, e luzes. Infelizmente, elas não são muito baratas!
O modelo da marca Safety 1st vem até com termômetro digital para os pais saberem qual a temperatura no local onde o bebê está, e alcança até 122 metros. Custa cerca de R$ 270,00.
A babá eleltrônica da marca LOVE é bivolt, e tem alerta vibratório, e sai por cerca de R$ 229,00.
Existem as babás eltrônicas que vêm com um dispositivo no colchão do berço, para detectar qualquer movimento do bebê, e se ele não se movimentar por mais de 20 segundos a babá soa um alarme. Essa é da Angelcare, e custa R$ 799,00. Existe também a opção do sensor de movimento separado da babá eltrônica, por um preço mais acessível.
A marca Fisher-Price também possui modelos de babás eletrônicas que vibram e podem ser carregadas junto ao corpo, com uma cinta para prendê-la. Além de vibrar, essas babás eletrônicas também possuem um pequeno painel luminoso, que indica se o bebê está dormindo, ocupado ou chorando. Esses modelos, você pode encontrar com preços a partir de R$ 199,00.

Para maiores informações, abaixo alguns links:

Fisher-Price
Americanas

Bebeweb

2 de set. de 2008

É preciso adaptar o conteúdo web para Surdos


Repassando o artigo publicado no site Orange Cab no dia 01/09/2008.







É preciso adaptar o conteúdo web para Surdos
September 1st, 2008
Estava lendo os meus RSSs, e como sempre, deixo o melhor por último: lá fui eu para o feed do A List Apart.
Sempre pensei na adequação do conteúdo para cegos, por exemplo. Mas para os Surdos, o meu pensamento sempre foi: “Mas se eles lêem, qual a dificuldade?” Existem várias. E alguma inadequações.
Várias pessoas, na internet, escrevem “kd vc?”, por exemplo (o que eu detesto). Para pessoas que ouvem, é fácil perceber a representação fonética: “kadê vecê?”. Nós sabemos como é o som do “nome” das letras. Mas para um Surdo que nunca escutou? Isso não costuma ser viável.
Outra coisa: para muitos Surdos brasileiros (não todos, infelizmente), o português é a segunda linguagem. A primeira é Libras (Linguagem Brasileira de Sinais). E no geral, como ele não ouve, mesmo que não saiba libras, o surdo sempre terá um referencial mais visual das coisas. Portanto é preciso fazer um design “DeafFriendly“, pois os detalhes farão muita diferença.
Esse design, cujas diretrizes eu não tenho, ainda precisa ser aperfeiçoado. Creio que o OrangeCab não tem um design “DeafFriendly“, assim como a maioria dos sites e blogs. E qual o peso disso? Imagino que para um Surdo, um design seja mais que beleza, organização e equilíbrio. Sua percepção visual mais apurada, necessita de ícones e símbolos com mais significado, que despertem o interesse e prendam a atenção.
Como uma música é usada, muitas vezes, para completar a parte emocional de um texto ou imagem (estática ou em movimento), um Surdo também tem essa necessidade de complementação, que na web, só pode ser feita visualmente. Portanto, é preciso se adaptar.
Conforme a base de internet aumenta no Brasil, aumenta a necessidade de nos preocuparmos com assuntos alheios a nossa rotina.
Com grandes audiências, vêm grandes responsabilidades.