Oi gente! Em abril viajei para a França, e lá, visitando alguns pontos turísticos, pude conhecer o que eles oferecem para facilitar a acessibilidade dos surdos em monumentos, castelos, museus, etc. Tudo é muito bem informado, digo, em tudo há painéis explicativos, com as informações referentes ao local, os preços dos ingressos, etc. As informações são escritas em francês, obviamente, e em inglês, na maioria das vezes. Às vezes também em espanhol. Em português tem muito pouco, mas a gente se virá como dá! Buenas, mas o que mais me chamou a atenção e é sobre isso que eu quero falar aqui hoje, foi o Castelo de Versailles, e a acessibilidade facilitada nele! (isso atrás de mim na foto abaixo, é só uma parte do Castelo).
Esse castelo pertenceu a Luis XIII e foi transformado e aumentado pelo seu filho, Luis XIV que instalou lá a corte e a Sede do Governo em 1682. As obras de ampliação ocorreram até 1715. No século XVIII o castelo foi renovado. Em 6 de outubro de 1789, a monarquia deixa Versailles, após os primeiros dias da Revolução Francesa. Em 1837, o rei Luís Filipe inaugura no Castelo o Museu consagrado a "todas as glórias da França". Gente, o castelo todo é lindíssimo, enoooorme e cheio de obras de arte. Esse museu das glórias da França aparece na foto abaixo: é uma sala gigante com quadros mais gigantes ainda representando várias fases da história do país. Muito lindo!
Ok, Laura, já vimos que o lugar que tu foi é muito legal, mas e o que que tem demais a acessibilidade para os surdos nele? Então, lá no Versailles tem audio-guias, tipo um rádio pequeno no qual você digita o nº da sala em que está e ele narra informações sobre o local (a quem pertenceu, quem reformou, o que é original ou não naquela decoração, etc). Esse audio-guia está programado em 11 idiomas, dentre eles o português, então foi bem proveitosa essa visita guiada. Mas eis que no meio da nossa visita, eu me deparo com algumas plaquinhas que continham o nº da sala, e tinha o desenho de umas mãozinhas seguidas de um nº também. Tá, mas não vi nenhum intérprete por perto...What does it mean? Voltei ao local onde forneciam os audio-guias e perguntei se eles tinham algo acessível aos surdos. Yes, we have, but we need your passport, ok? Sim, eles tinham esse visual-guia que aparece na minha mão na primeira foto! Eu pedi para testar e eles me deram (ficaram com meu passaporte como garantia de que eu iria devolver o ipod deles, né?!). Geeeente eu babei com aquilo. Nunca tinha visto nada semelhante aqui no Brasil (tá certo que eu não vou muito a museus, e aqui na cidade onde eu moro o único museu que tem é a casa onde morou um famoso autor da literatura infantil, nada muito suntuosa ou badalada, hehe!) em termos de acessibilidade. No ipod, cada arquivo era nomeado com o nº da sala, daí você clicava na tela e o intérprete sinalizava algumas informações sobre a sala em que você estava. Ele sinalizava na Língua de Sinais Francesa, né, e havia a opção de ativar as legendas (em francês também). Eu achei muito legal o recurso utilizado! (Foto abaixo.) Fica a pergunta: será que esse tipo de recurso só tem lá ou já tem por aqui (Brasil) também? Fica o incentivo para a gente lançar mão da tecnologia cada vez mais em prol da acessibilidade (o que não dispensa o intérprete [surdo ou ouvinte] e divulga ainda mais a língua de sinais!).
Bjos da colaboradora!
5 comentários:
Amei o post, Laura, bora pesquisar como tem sido o acesso aqui no Brasil, né?
Abraço!
Belo, belo. Luís XIV ordenou a construção do magnífico palácio de Versalhes. Ele era conhecido como o Rei-Sol porque a sua corte esbanjava opulência (festas, espetáculos de balé e teatro, jóias, salões requintados).
Abraço,
Laura, que interessante esse seu relato! Não sei se no Brasil existe algum local com esse tipo de serviço de acessibilidade, se não, ainda mais com a chegada da Copa, precisa ser criado!
Oi Renato! É uma ótima ideia para a Copa e outros eventos mesmo. Por isso, quanto mais ideias nós divulgarmos, melhor! Perfeito seria encontrarmos apoio e incentivos para efetivá-las. Agradeço seu comentário. Laura.
Tyronne, realmente o Rei Sol esbanjava opulência! Mesmo tendo conhecido ao vivo o palácio, com dificuldade imaginei como seria o trabalho dos empregados reais! Só para os vidros e espelhos... Impressionante a riqueza de detalhes na decoração. Imagine com a corte em peso e badalando por lá! Obrigada pelo seu comentário. Laura.
Postar um comentário