20 de jan. de 2011

II Congresso Brasileiro de Pesquisas em Tradução e Interpretação de Língua de Sinais Brasileira

Pessoal, hoje o post foi feito pela nossa nova colaboradora (logo vou postar uma apresentação mais completa sobre ela), a Laura! Ela fez um texto para o blog falando sobre o 
II Congresso Brasileiro de Pesquisas em Tradução e Interpretação de Língua de Sinais Brasileira, que aconteceu no final do ano passado, para compartilhar conosco. Obrigada, Laura!

Olá pessoal do blog Vendo Vozes!

Cartaz do congresso
A pedido da Vanessa escrevo a seguir meu relato sobre o II Congresso Brasileiro de Pesquisas em Tradução e Interpretação de Língua de Sinais Brasileira, ocorrido nos dias 25, 26 e 27 de novembro de 2010. O evento foi muito legal, e para mim, visto ter sido o primeiro grande evento sobre o assunto do qual participo - foi uma experiência marcante! Pude, junto com muitos outros colegas intérpretes, apresentar minha pesquisa (leia na íntegra os trabalhos, e veja os powerpoints das apresentações, aqui: http://www.congressotils.cce.ufsc.br/anais.php). O Congresso serviu também para conhecermos a realidade de trabalho dos tils de todas as regiões do país e até mesmo de outros países, como Espanha e Portugal. Algo que me chamou a atenção foi a dinâmica e a organização dos intérpretes do evento: todas as comunicações e palestras foram interpretadas para Libras ou para a LP, quando era o caso. Quando algum dos conferencistas estrangeiros palestrava na sua língua de sinais - como foi o caso da Melanie Metzger na American Sign Language (ASL), entre outros - um(a) surdo(a) intérprete, interpretava para a Libras, e, da Libras, outro tils interpretava para a Língua Portuguesa falada. Ficou confuso?! Num primeiro momento a gente também se surpreendia com a multiplicidade de sinalizadores, línguas e intérpretes num só lugar, mas depois, quando nos acostumávamos àquela dinâmica situação, podíamos perceber e apreender os detalhes, as técnicas utilizadas, o posicionamento dos intérpretes, a atuação dos apoios, entre outros. Ou seja, teoria e prática conviveram perfeitamente, corroborando para enriquecer nossa experiência!
Eu, particularmente, fiquei muitíssimo satisfeita quando o tils que ia interpretar minha comunicação, me procurou, no dia anterior, para discutir e sanar algumas dúvidas quanto ao meu trabalho. Daí percebi o quão importante é, para o próprio palestrante, o contato prévio com seu intérprete, e vice-versa. É aquela situação ideal, né, e que no Congresso pude ver se concretizando na prática. Bom, gente, eu teria muito mais coisas para contar, mas fica para uma próxima oportunidade! Gostaria de saber dos leitores: alguém mais participou do Congresso em Floripa? Tem algum relato pra compartilhar com a gente?
Um abraço a todos!
Áh, pra quem ainda não sabe, aproveito para divulgar, e, para quem já sabe, reforço o lembrete e convite que o Ricardo Sander fez lá para nós: há vários eventos que vão ocorrer neste e no próximo ano relacionado à nossa profissão. Dentre eles destaco a Conferência WASLI, na África do Sul, em julho deste ano e o I Congresso Internacional sobre Surdez, em novembro, na Unicamp.

Laura apresentando seu trabalho no Congresso

Laura A. Kümmel Frydrych

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