Em A ilha dos daltônicos, o cientista e neurologista Oliver Sacks comprova que é um homem que se apaixona, que possui uma inteligência intensamente refinada pelo trabalho e que é um excelente narrador. As narrativas deste livro nascem nos arquipélagos do Pacífico. De lá vêm reflexões sobre a natureza do tempo geológico profundo, a disseminação das espécies, a gênese das doenças. Vêm também histórias sobre as cicadáceas, teimosas plantas do período paleozóico, histórias de ilhéus que não conhecem o azul ou o verde do mar à sua volta, porque nascidos com uma incapacidade absoluta de ver as cores, histórias de uma paralisia neurodegenerativa que vitima apenas os membros de certo grupo social, os chamorros, nas ilhas Marianas.
Para a maioria de nós, a enxaqueca é apenas uma forte dor de cabeça que acomete periodicamente certas pessoas. Para Oliver Sacks, ela é muito mais do que isso. É, antes de mais nada, um conjunto extremamente complexo e diversificado de síndromes nas quais a dor de cabeça nem sempre está presente. Além disso, a enxaqueca pode nos fornecer pistas sobre algumas das questões mais fundamentais do ser humano. Primeiro livro de Sacks, Enxaqueca já contém todos os elementos que fizeram o sucesso de suas obras posteriores: conhecimento científico posto a serviço de um estilo único de narração capaz de transformar relatos clínicos em episódios de um maravilhoso romance de suspense.
O HOMEM QUE CONFUNDIU SUA MULHER COM UM CHAPÉU - E outras histórias clínicas
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O cientista e neurologista Oliver Sacks é também um excelente narrador, dono do raro poder de compartilhar com o leitor leigo certos mundos que de outro modo permaneceriam desconhecidos ou restritos aos especialistas. Em O homem que confundiu sua mulher com um chapéu estamos diante de pacientes que, imersos num mundo de sonhos e deficiências cerebrais, preservam sua imaginação e constroem uma identidade moral própria. Aqui, relatos clínicos são intencionalmente transformados em artefatos literários, mostrando que somente a forma narrativa restitui à abstração da doença uma feição humana, desvelando novas realidades para a investigação científica e problematizando os limites entre o físico e o psíquico.
Usando uma nova droga, o neurologista Oliver Sacks conseguiu, entre 1969 e 1972, despertar vários pacientes de encefalite letárgica do estado em que viviam desde o fim da Primeira Guerra Mundial, quando ocorreu um surto da chamada "doença do sono".
Tempo de despertar traz um minucioso relato das vivências desses pós-encefálicos - os labirintos interiores em que viviam, o mundo onírico a que estavam presos, a aflição que sentiam nos raros momentos de vigília -, formando um conjunto único de pequenos dramas. A destreza narrativa do autor já foi comparada com a que transparece nos casos clínicos contados por Freud (celebrizados por sua qualidade literária).
TIO TUNGSTÊNIO - Memórias de uma infância química
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A vida de Oliver Sacks é marcada por uma curiosidade fora do comum. Em Tio Tungstênio, ele relembra sua infância, impregnada de recordações sobre o comportamento misterioso dos materiais. Desconfiando de que existiam leis e fenômenos escondidos por trás do mundo visível, o jovem Oliver se perguntava: "Como o carvão podia ser feito da mesma matéria que o diamante? Do que eram feitos o Sol e as estrelas?". |
Cada etapa de suas descobertas sobre a luz, o calor, a eletricidade, a fotografia, o átomo, os raios X e a radioatividade é relembrada para conduzir o leitor pela história da química, apresentando as pesquisas e inovações de nomes como Lavoisier, Mendeleiev, Marie Curie, Robert Boyle e Niels Bohr, entre outros. A escrita envolvente de Sacks aproxima poesia e ciência por meio de recordações que são, a um só tempo, investigações intelectuais e episódios de amadurecimento afetivo. |
As invenções da infância - por exemplo, um experimento com rabanetes para tentar provar a existência de Deus - e os anos traumáticos de colégio interno contribuíram para que ele buscasse refúgio na prática científica. Nascido numa família de cientistas, Sacks encontrou incentivo para sua vocação. Tio Dave fabricava lâmpadas de tungstênio e, na cabeça fantasiosa do menino Oliver, tinha as mãos, os pulmões e os ossos encharcados do metal escuro e pesado. Para as crianças da família, tio Dave era dotado de força e resistência sobre-humanas - era o tio Tungstênio.
Quais desses livros você já leu??? Comentem!
Encontrei os resumos no site da editora Cia. das letras. |
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