25 de jun. de 2012

Curso de Áudio-descrição "Imagens que Falam” em SP


Olá queridos leitores do Vendo Vozes!

Já havíamos falado outras vezes sobre cursos de audiodescrição aqui. Agora quero divulgar um curso que acontecerá na próxima semana, em São Paulo. Anote aí!

Nova Edição do  curso de Áudio-descrição "Imagens que Falam”,  agora em SP.

Obs.: O curso de formação em áudio-descrição “Imagens que Falam” ocorrerá em SP, do dia 02 à 06 de julho de 2012.
 Informações pelos  números: (11) 7895-1127 ou (81) 9997-9339
 Atenção: O curso terá 40 horas e será semipresencial, com vinte horas na primeira semana de julho, e à distância, com mais vinte horas em agosto, apenas para duas turmas, uma de manhã, outra à tarde.
Sejam bem-vindos!


Curso de Tradução Visual com ênfase na áudio-descrição – Imagens que falam

Data: 02 a 06 de julho

Horários: 1ª turma (das 08:30h às 12:30h) 2ª turma (das 14:00h às 18:00h )

Local: Palácio das Convenções do Anhembi (Avenida Olavo Fontoura, 1209, São Paulo – SP)

Inscrições : Por e-mail: contato@iris.org.br  ou limafj.br@gmail.com
Por telefone: (11) 7895-1127 ou (81) 9997.9339 -

Investimento: R$300,00

Forma de pagamento: 50% no ato da inscrição. O restante, podendo ser pago no cartão de crédito, no 1º dia do curso.
Enviar comprovante de depósito para: contato@iris.org.br
constando nome, endereço, telefone e e-mail.
Banco Bradesco 237
- Agência: 1945-3 - Conta Corrente: 101.400-5
Titular: Instituto IRIS
Razão Social: Instituto IRIS - de Responsabilidade e Inclusão Social Entidade
CNPJ: 05.295.189/0001-00
Modalidade: semipresencial, com exercícios em ambiente virtual, preparado  para curso de áudio-descrição e com acessibilidade às pessoas cegas ou com baixa visão.

Curso de Tradução Visual com ênfase na áudio-descrição – Imagens que falam

O Instituto IRIS - De Responsabilidade e Inclusão Social (http://www.iris.org.br/quemsomos.asp) traz, pela primeira vez, a São Paulo, o curso de Tradução Visual com Ênfase na áudio-descrição “Imagens que falam”, ministrado pelo professor Dr. Francisco Lima da Universidade Federal de Pernambuco, único formador de áudio-descritores diplomado, em dois anos consecutivos, pelo Audio Description Project (ADP), nos Estados Unidos (2010 e 2011).
Professor Francisco Lima é autor de vários artigos no campo da áudio-descrição, editor chefe da Revista Brasileira de Tradução Visual (www.rbtv.associadosdainclusao.com.br) e docente da disciplina de áudio-descrição no curso de Rádio, TV e Internet da UFPE. Pesquisador na área da produção e reconhecimento de imagens hápticas pela pessoa com deficiência visual, desde 1996, Dr. Francisco Lima já palestrou no Brasil e nos Estados Unidos, berço da áudio-descrição, em diversos eventos, inclusive no encontro internacional de formadores de áudio-descritores, ocorrido em Phoenix, USA, em julho de 2010.
Recentemente, mais um de seus orientandos defendeu dissertação no campo da áudio-descrição no teatro. Marcadas pelo estudo e pela investigação científica pioneiras, as contribuições do professor Dr. Francisco Lima para a área da áudio-descrição vão muito além de ensinar a áudio-descrição aplicada aos eventos fílmicos e teatrais, abarcando o ensino dessa técnica de tradução visual aos eventos estáticos e dinâmicos nos materiais didáticos, nos materiais museológicos, tanto quanto os que estão disponíveis nos simpósios, conferências ou em salas de aula, apresentados por professores ou estudantes.”


Objetivo do curso:
Geral- Dar a conhecer o que é Áudio-descrição, divulgar sua aplicabilidade e sua potencialidade na educação, no trabalho e no lazer, como recurso de acessibilidade comunicacional para as pessoas com deficiência, principalmente para as pessoas cegas ou com baixa visão.
Específico- Formar áudio-descritores capazes de produzir traduções visuais de eventos dinâmicos e/ou estáticos, com requinte e qualidade áudio-descritiva, mediante o entendimento de que a áudio-descrição é um recurso de tecnologia assistiva empoderativo e não paternalista ou de subestimação da capacidade da pessoa com deficiência em compreender os eventos fílmicos, teatrais e outros.

A QUEM SE DESTINA
Profissionais e estudantes de comunicação, das áreas de artes em geral e das áreas de cênicas e plásticas, de turismo e museus, das áreas de RH, Psicologia, Engenharia e Arquitetura, que se interessem pela acessibilidade da pessoa com deficiência; Diretores e Produtores de peças teatrais; Autores de livros; Promotores de eventos culturais e educacionais, bem como todos os que se interessem por teatro, cinema, fotografia e televisão; Professores e alunos de Letras com ênfase em tradução; Educadores em geral e pessoas com deficiência visual.

Pré-requisitos:
Ensino médio completo (no mínimo); bom conhecimento da língua portuguesa padrão.


INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O CURSO
No curso “Imagens que Falam” os formandos do curso de áudio-descrição terão a oportunidade de produzir e mostrar seus trabalhos, discutir suas escolhas tradutórias e divulgar, com o que produziu no curso, a áudio-descrição no meio acadêmico e leigo, já que esta área do conhecimento é nova na Universidade, tanto quanto fora dela.
O curso de introdução à áudio-descrição  “Imagens que falam” será ministrado em 40 horas, com 20 horas presenciais e 20 horas à distância, e contará com ambiente virtual para exercícios e tutoria;
          Os alunos terão acesso ao ambiente moodle (adequadamente preparado com acessibilidade, segundo orientações da W3C, e em acordo com a legislação brasileira), para o estudo da áudio-descrição.
          No ambiente moodle estarão disponíveis todos os materiais a serem usados nas aulas. Assim, materiais de fundamentação teórica,  slides, vídeos e  outros arquivos, usados no curso, serão antecipadamente colocados no moodle, para o acesso e uso simultâneo dos alunos.
          As aulas, podcasts e outros materiais, eventualmente utilizados,  também serão disponibilizados nomoodle, para o estudo de todos.
          Os tutores e o professor executor do curso se revezarão na interação  com os estudantes, pelo moodle, através das ferramentas interpessoais de interação educacional, disponíveis nesse ambiente.
          As aulas à distância, quando necessário,  serão transmitidas ao vivo pelo sistema de conferência Eluminate, especializado para esse fim. Atividades específicas (tarefas) serão solicitadas para os alunos, os quais deverão respondê-las nos prazos pré-determinados.
          A avaliação será graduada, de uma a cinco estrelas, sendo considerado aprovado aquele que obtiver três ou mais estrelas. Será recomendado, para trabalhos com áudio-descrição, o aluno que obtiver cinco estrelas. 
          Terá a graduação máxima aquele que, na avaliação do professor responsável pelo curso, obtiver êxito de 90 a 100% nas atividades propostas.
A aprovação mínima será de 3 estrelas. Quantitativa e qualitativamente, a participação  do estudante, seja no ambiente virtual, seja no presencial, será  consideravelmente valorada.
Como parte da metodologia de estudo, serão apresentados diversos trabalhos com áudio-descrição, os quais serão discutidos/analisados à luz das mais reconhecidas diretrizes de áudio-descrição, aquelas que ensinam os maiores formadores de áudio-descrição de todos os tempos: Gregory Frazier , Margarette e Cody Pfanstiehl, Jesse Minkert e Joel Snyder, entre outros.
Obs.: Os participantes receberão certificado.

APRESENTAÇÃO
Visando a responder às exigências legais e buscando suprir as lacunas deixadas pelas barreiras comunicacionais enfrentadas pelas pessoas com deficiência visual, o curso de áudio-descrição, “Imagens que Falam” é, em si, a própria construção de uma via para divulgação da áudio-descrição no Brasil. Inicialmente, este curso foi ministrado, presencialmente, no Centro de Estudos Inclusivos (CEI/UFPE) e depois, tomou o país, por meio do ensino à distância, o que fez do curso o primeiro nessa modalidade.
Mas, o que se pode esperar de um curso de Tradução Visual, com ênfase na Áudio-descrição?
No curso “Imagens que falam” os participantes entrarão em contato não só com os conhecimentos voltados à descrição de filmes, peças teatrais, conteúdos televisivos e outros, mas também com os constructos que permitem a descrição de figuras, fotos e outras configurações bidimensionais, eventualmente encontradas em apresentações como slides ou transparências, em seminários, congressos e afins, ou, tão somente, em sala de aula, nos livros didáticos dos alunos.
Neste curso, os participantes aprenderão que a áudio-descrição consiste na identificação e elocução de elementos visuais essenciais à compreensão e apreciação das imagens presentes nas obras teatrais, cinematográficas, televisivas, literárias, jornalísticas, científicas, artístico-culturais, entre outras, destinadas, principalmente, às pessoas com deficiência visual, com dislexia, pessoas analfabetas, ou que não saibam o idioma em que um filme ou programa está sendo exibido.
O foco do curso de áudio-descrição “Imagens que Falam” é oferecer ao áudio-descritor ferramentas para tornar o mundo das imagens acessível àqueles que não as podem ver, tornando tais imagens significativas, portanto, igualmente relevantes para as pessoas com deficiência visual, tanto quanto para os indivíduos que enxergam.
O conceito que sustenta o curso é o de que na áudio-descrição, as imagens devem falar aos sujeitos que não as veem (com a mesma magnitude e beleza), por meio da voz ou da escrita do áudio-descritor.
A áudio-descrição faz parte do campo da Tradução Visual e é produzida segundo diretrizes técnicas pré-estabelecidas, dentre as quais a da oferta de narração dos elementos visualmente observados, nos intervalos/pausas entre as falas dos personagens.
Como uma importante ação de responsabilidade social, a áudio-descrição se adequa às exigências legais como a Lei 10.098/2000 e ao Decreto 5.296/2004, entre outros dispositivos legais, o Decreto 6949/09, por exemplo, que visam à acessibilidade comunicacional às pessoas com deficiência visual, tanto no lazer quanto na educação e no trabalho, por exemplo, num treinamento/capacitação oferecido aos empregados de uma empresa.
Os Áudio-descritores formados pelo “Curso de Tradução Visual com Ênfase na Áudio-descrição Imagens que Falam” são preparados para produzir roteiros de áudio-descrição para gravação em cinema, teatro ou televisão, bem como para fazer áudio-descrição simultânea nesses ambientes e outros, como em museus, mostras de arte, congressos, conferências etc.

MAIS INFORMAÇÕES
Por telefone: (11) 7895-1127 ou (81) 9997.9339 –
Visite:

21 de jun. de 2012

Eventos internacionais: 2013, Portugal.

Olá queridos e queridas,
Hoje quero divulgar um evento internacional que ocorrerá em 2013, em Portugal. Com bastante antecedência para planejar, quem sabe você não consegue ir?

Em Março de 2013 acontecerá, entre os dias 22 e 23, o 1° Simpósio de Aquisição de Língua de Sinais (ou Língua Gestual), na Universidade Católica Portuguesa (UCP) em Lisboa, com apoio da UFSC. O público-alvo é tanto para profissionais da educação quanto da saúde. Estarão presentes especialistas de todo o mundo, conforme o programa (veja aqui) e você pode submeter sua proposta de artigo ou pôster até o dia 10 de Setembro de 2012. O valor da inscrição varia entre 70 e 150 euros.
Para saber mais, clique aqui.



Fiquem ligados, em breve, mais um evento internacional.

Abraço,
Vanessa.

18 de jun. de 2012

Curso de Libras na PUCSP

Olá pessoal!

A PUC-SP está com inscrições abertas para o curso de Libras na Unidade Consolação, para turmas de Inicial 1, 2 e Intermediário 1. As aulas iniciam em agosto (2012), e cada nível possui 120h (divididos em 2 semestres). Para maiores informações, você pode ligar para (11) 3124 9600 ou acessar a página do curso, com informações como valores, docentes, programa curricular do curso e muito mais. Mais de 650 pessoas já foram formadas por este curso, então se você é de SP, não perca tempo!

Abraço,
Vanessa.

15 de jun. de 2012

Tem lá na França...mas será que é só lá?

Oi gente! Em abril viajei para a França, e lá, visitando alguns pontos turísticos, pude conhecer o que eles oferecem para facilitar a acessibilidade dos surdos em monumentos, castelos, museus, etc. Tudo é muito bem informado, digo, em tudo há painéis explicativos, com as informações referentes ao local, os preços dos ingressos, etc. As informações são escritas em francês, obviamente, e em inglês, na maioria das vezes. Às vezes também em espanhol. Em português tem muito pouco, mas a gente se virá como dá! Buenas, mas o que mais me chamou a atenção e é sobre isso que eu quero falar aqui hoje, foi o Castelo de Versailles, e a acessibilidade facilitada nele! (isso atrás de mim na foto abaixo, é só uma parte do Castelo).
Esse castelo pertenceu a Luis XIII e foi transformado e aumentado pelo seu filho, Luis XIV que instalou lá a corte e a Sede do Governo em 1682. As obras de ampliação ocorreram até 1715. No século XVIII o castelo foi renovado. Em 6 de outubro de 1789, a monarquia deixa Versailles, após os primeiros dias da Revolução Francesa. Em 1837, o rei Luís Filipe inaugura no Castelo o Museu consagrado a "todas as glórias da França". Gente, o castelo todo é lindíssimo, enoooorme e cheio de obras de arte. Esse museu das glórias da França aparece na foto abaixo: é uma sala gigante com quadros mais gigantes ainda representando várias fases da história do país. Muito lindo!
Ok, Laura, já vimos que o lugar que tu foi é muito legal, mas e o que que tem demais a acessibilidade para os surdos nele? Então, lá no Versailles tem audio-guias, tipo um rádio pequeno no qual você digita o nº da sala em que está e ele narra informações sobre o local (a quem pertenceu, quem reformou, o que é original ou não naquela decoração, etc). Esse audio-guia está programado em 11 idiomas, dentre eles o português, então foi bem proveitosa essa visita guiada. Mas eis que no meio da nossa visita, eu me deparo com algumas plaquinhas que continham o nº da sala, e tinha o desenho de umas mãozinhas seguidas de um nº também. Tá, mas não vi nenhum intérprete por perto...What does it mean? Voltei ao local onde forneciam os audio-guias e perguntei se eles tinham algo acessível aos surdos. Yes, we have, but we need your passport, ok? Sim, eles tinham esse visual-guia que aparece na minha mão na primeira foto! Eu pedi para testar e eles me deram (ficaram com meu passaporte como garantia de que eu iria devolver o ipod deles, né?!). Geeeente eu babei com aquilo. Nunca tinha visto nada semelhante aqui no Brasil (tá certo que eu não vou muito a museus, e aqui na cidade onde eu moro o único museu que tem é a casa onde morou um famoso autor da literatura infantil, nada muito suntuosa ou badalada, hehe!) em termos de acessibilidade. No ipod, cada arquivo era nomeado com o nº da sala, daí você clicava na tela e o intérprete sinalizava algumas informações sobre a sala em que você estava. Ele sinalizava na Língua de Sinais Francesa, né, e havia a opção de ativar as legendas (em francês também). Eu achei muito legal o recurso utilizado! (Foto abaixo.) Fica a pergunta: será que esse tipo de recurso só tem lá ou já tem por aqui (Brasil) também? Fica o incentivo para a gente lançar mão da tecnologia cada vez mais em prol da acessibilidade (o que não dispensa o intérprete [surdo ou ouvinte] e divulga ainda mais a língua de sinais!).

Bjos da colaboradora!


13 de jun. de 2012

Ganhador da Promoção "Um sinal para o Vendo Vozes"

Olá pessoal querido,
Hoje recebi a foto do João Paulo, de São Paulo (SP), o ganhador da promoção que escolheu um sinal pro blog.
Ele recebeu em casa um exemplar do livro "Surdez, um olhar sobre as diferenças", organizado pelo Dr. Carlos Skliar.

João Paulo e o livro que ele recebeu
Para visualizar o sinal que ele criou, clique aqui!
Abraço a todos, e parabéns João! Obrigada pelo sinal e por nos acompanhar sempre.
Quer ser o próximo ganhador ou ganhadora de um livro do nosso blog? Então participe da promoção "Língua de sinais é..." que encerra no dia 26/06. Você pode participar quantas vezes quiser, mas não esqueça de ler as instruções atentamente.
 Boa sorte!

11 de jun. de 2012

Chamada da Revista REVEL

Olá queridos!

Ainda dá tempo de enviar o seu artigo para a próxima edição da Revista Virtual de Estudos da Linguagem - RevEL. A próxima edição sairá em agosto deste ano, e o tema será "Línguas de sinais: cenário de práticas e fundamentos teóricos sobre a linguagem". Portanto, incentivo você a enviar seu artigo até o dia 30/06. 

Publicar é uma ótima maneira de compartilharmos nossos saberes, experiências, pesquisas, de estabelecermos um diálogo com demais profissionais da área!
Entre na página da revista (clicando aqui), leia atentamente as normas de envio e participe. Encoraje-se!
Assim que a revista for publicada, divulgaremos aqui no blog, para que todos os leitores possam acessá-la.

6 de jun. de 2012

Audiência pública sobre educação de surdos - 04/06 em Porto Alegre (RS)

Olá pessoal!
É com alegria que trago notícias da Audiência pública ocorrida na segunda-feira, dia 04/06, em Porto Alegre. Uma chamada para a audiência havia sido publicada aqui. Infelizmente não pude comparecer, mas fiquei contente em saber que ela foi um sucesso. Parabéns a todos os que estão lutando por esta causa, em especial à Ana Paula Jung e Roger Prestes!
 No site de notícias da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul encontrei essa reportagem, que reproduzo na sequência, assim como uma série de fotos. Escolhi duas para mostrar a vocês:




EDUCAÇÃO, CULTURA, DESPORTO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Surdos querem escolas em que a Libras seja a primeira língua
Cristiane Vianna Amaral - MTB 8685 | Agência de Notícias - 15:34-04/06/2012 - Edição: Letícia Rodrigues - MTB 9373 - Foto: Marcos Eifler
Participantes defendem que é preciso valorizar a língua dos surdos

Escola Bilíngue para Surdos foi o tema da audiência pública que lotou o Teatro Dante Barone na manha dessa segunda-feira (4). Antes do início do evento, a plateia estava animada, mas pouco se ouvia. É que o principal meio de comunicação eram os gestos, a forma de manifestação da Língua Brasileira de Sinais (Libras). E é isso que os educadores, professores e estudantes presentes defendem: um espaço em que a Libras seja a primeira língua e o português escrito a segunda.
O deputado Carlos Gomes (PRB) foi o proponente da audiência, realizada pela Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia. Ele foi procurado pelo movimento nacional em defesa da educação e cultura surda, cuja principal entidade integrante é a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis). O parlamentar está preocupado com a dificuldade dos surdos de ingressarem e permanecerem na escola regular. “Me senti envergonhado por não entender a linguagem de sinais, mas vou me esforçar para aprender. Hoje, como estou minoria, consegui compreender como se sente um aluno surdo”, disse o parlamentar. 
O diretor regional da Feneis, Francisco Eduardo da Rocha, defendeu mais integração entre as escolas para surdos no Estado. “Queremos saber o que está acontecendo, trocar experiências.” Segundo ele, não há uma política para essas instituições de ensino do RS. Ele comemorou a inclusão da representação dos surdos no Fórum Estadual de Educação, mas reivindica que a Secretaria da Educação crie um grupo de trabalho para levar as discussões adiante.
Movimento de surdos é nacional
Uma  carta denúncia entregue nos Ministérios Públicos de todo o país resultou na abertura de um inquérito civil público sobre a questão da educação para surdos no país. O professor Cláudio Henrique Nunes Mourão, o Cacau, explicou que esse instrumento funciona como uma espécie de Comissão Parlamentar de Inquérito, ouvindo as partes envolvidas. O professor acredita que são necessárias mudanças na política do Ministério da Educação, que estaria fechando as escolas bilíngues, e convocou todos a participarem de um movimento em defesa dos direitos dos surdos, como fazem os gays e os negros.
O movimento dos surdos já impediu o fechamento de escolas bilíngues  em todo o país e conta com a adesão de entidades como a Apae e de personalidades, como a atriz Marieta Severo, que tem uma irmã surda. Uma manifestação em Brasília, no ano passado, reuniu quatro mil surdos e apoiadores contra as políticas do Ministério da Educação, que acredita na inclusão dos surdos no ensino regular. “E não existe uma lei que garanta a manutenção das escolas bilíngues”, reclamou Cacau. No RS, foram fechadas classes para surdos em quatro cidades no último ano.
A importância da academia e do poder público
O papel da universidade e da pesquisa acadêmica, como fundamental para alimentar o debate político e a mobilização em prol da escola bilíngue, foi o aspecto trazido pela professora Adriana Thoma, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Ela contou que havia muitas hipóteses sobre a educação para surdos. Então sete instituições de ensino superior uniram-se para formar um grupo de pesquisa sobre o tema no RS. Foi realizado um mapeamento do Estado sobre as condições das matrículas de surdos e o tipo de turma em que estes se encontravam. “Apesar de algumas secretarias municipais de educação não terem dado retorno, temos dados significativos para afirmar que a maioria dos surdos que chegam à universidade frequentaram escolas específicas, pois apresentaram um melhor desenvolvimento linguístico e educacional.”
Adriana relatou que quando o surdo está entre alunos ouvintes e sem muitos recursos a evasão é enorme. Outra situação são os alunos nômades, que vão de cidade em cidade em busca de  melhores condições de escolarização. Ela contou ainda a história de uma professora que atendia turmas regulares de Educação para Jovens e Adultos apenas uma vez por semana em três cidades diferentes. “Os alunos recebiam apenas uma fatia do conhecimento trabalhado.”
A experiência de Cuba é um exemplo para Adriana. Logo que a criança é diagnosticada como surda, uma pessoa fluente na língua faz visitas em casa e trabalha com toda a família. Isso até os três anos de idade. Dos quatro aos cinco anos, ela frequenta uma escola de educação bilíngue e na fase seguinte, pode-se optar pela escolarização bilíngue ou inclusiva.
“No Brasil, as crianças que são dignosticadas como surdas não recebem visitas em casa. É como um atendimento clínico, no qual a criança é quem se desloca”, explicou Adriana. Para a professora, é necessário investir mais na educação bilíngue com foco na educação infantil. “O resultado disso é que essas crianças chegam na escola sem o conhecimento línguístico adequado para que possam apreender os conteúdos.”
A professora Patricia Rezende concentrou seu depoimento na crítica à política de inclusão que está sendo desenvolvida pelo Ministério da Educação. Ela acredita que é preciso valorizar a língua dos surdos.  “Nas comunidades indígenas, o português também é a segunda língua.”
Ela é contra transformar as escolas bilíngues em centros de Atendimento Educacional Especializado (AEE) como o MEC estaria propondo. “A comunidade linguística tem direito de escolha de como será sua educação. É preciso contato para desenvolvimento linguístico e a partir da escola cria-se uma comunidade. Não é o governo que vai mandar que eu seja incluído ou não.”
O Brasil ratificou, em 2009, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU de Nova Iorque, que garantiria a construção da identidade dos surdos. E Patrícia cobra do governo federal a aplicação do acordo que tem força de lei. 
Patrícia comemorou duas mudanças no Plano Nacional de Educação, que deve ser aprovado pelo Congresso em breve. A primeira garante a educação bilíngue tendo a Libras como primeira língua e a segunda, que sejam oferecidos professores bilíngues e não apenas intérpretes.
O deputado Adão Villaverde (PT) trouxe o apoio de sua bancada ao movimento. “É diferente quando as concepções são testadas na prática”, alertou. Ele defendeu uma política de inclusão total, calcada na formação e qualificação dos professores. E criticou a cultura da exclusão que muitas vezes começa no próprio poder público.
Experiências de vida
As crianças surdas presentes no Dante Barone foram convocadas pelo professor Cristian Alexandre Strak para subirem ao palco. “Os surdos não podem ter medo de perder o emprego. Eu poderia dizer que era a favor da inclusão para trabalhar numa Atandimento Educacional Especializado, mas o meu amor é por essas crianças e pela língua de sinais. E o pequeno Jackson, de quatro anos, deixou seu recado, que emocionou a todos. “Eu não quero inclusão, eu quero ter o direito de estudar com surdos.”
O professor Roger Prestes, integrante do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, fez uma fala rápida, mas contundente. “Nada sobre nós sem nós”, bradou. A crítica é dirigida aos gestores responsáveis pela aplicação de políticas públicas que não estariam levando em conta as reivindicações dos surdos.
Já o vice-presidente da Feneis, Carlos Góes, resgatou que antigamente os surdos não podiam casar, nem ter casa própria no país. “Tenho uma esposa, dois filhos e duas noras surdos e a inclusão não pode nos oprimir.” Ele comemorou as novas leis, como a que oficializou a língua de sinais no Estado em 1999, iniciativa pioneira no Brasil, mas diz que é preciso continuar lutando e destacou os trabalhadores e idosos surdos. “Me sentia um idiota quando era criança porque tinha que falar. A cultura da inclusão é a da oralização.”
A situação do RS
“A comunidade surda é titular de direitos e deve buscá-los junto aos órgãos competentes, seja administrativa ou judicialmente”, afirmou o representante da Procuradoria-geral do Estado, Alfredo Simon, integrante da Comissão de Direitos Humanos do órgão. Ele salientou que a Procuradoria é responsável pelo controle da legalidade na administração pública e que está aberta para demandas da comunidade surda.
Ana Paula Jung, da Escola Estadual Especial Keli Meisi Machado, de Novo Hamburgo, está preocupada com a situação da educação para surdos no Estado. “Não há um posicionamento legal da Secretaria da Educação e as políticas estão de acordo com as do Ministério. Estamos há anos sem formação, sem subsídio e os professores estão sendo transformados em intérpretes.” A professora cobrou uma diretriz clara do Estado para evitar o desmonte das 12 instituições com ensino bilíngue no RS.
Encaminhamentos
O deputado Carlos Gomes sistematizou as principais reivindicações e afirmou que vai levá-las ao governador Tarso Genro e ao seu secretariado. Confira os principais pontos:
  • Levantamento no número de surdos, como está o atendimento nas escolas, situação dos professores, níveis de evasão no Ensino Médio e Ensino para jovens e Adultos;
  • Grupo de trabalho temático para sistematizar discussões mundiais, no Brasil e no Estado;
  • Organização e normatização da educação para surdos;
  • Especificidade das crianças surdas;
  • Curso de Libras como parte obrigatória da formação de professores;
  • Políticas públicas de saúde;
  • Promoção de uma sociedade mais igualitária
O parlamentar anunciou que irá realizar uma audiência pública para tratar da situação do surdo no mercado de trabalho, ainda sem data definida.
Presenças
O senador Paulo Paim (PT), que prestigiou rapidamente o evento, transmitiu a Carlos Gomes seu apoio ao movimento dos surdos no Senado. Também participaram da audiência a presidente da Comissão de Educação da AL, deputada Juliana Brizola (PDT), e os deputados Mano Changes (PP) e Raul Pont (PT).

4 de jun. de 2012

I Encontro Nacional de Libras - RS

Olá pessoal, tudo bem???

Hoje quero divulgar o Encontro Nacional de Libras aqui no RS, que vai acontecer entre 24 e 25 de agosto de 2012 na PUC/RS (Porto Alegre).
É possível apresentar comunicações e pôsteres sobre Ensino de Libras, Lideranças Surdas e Línguas de Sinais. Maiores informações no site do evento (clique aqui).
Abaixo, o vídeo de divulgação do encontro.  Vamos???

28 de mai. de 2012

Promoção "Língua de sinais é...."

Olá pessoal!
Conforme anunciado aqui o Blog Vendo Vozes estará sorteando um exemplar do livro "Estudos da Língua Brasileira de Sinais", da editora da UFP.
Fonte: www.favim.com/image/409291

Para concorrer ao livro, que será enviado pelos correios para o ganhador, você precisa ser seguidor do blog e completar a frase "Língua de sinais é...." (em "comentários" deste post), explicando o que a Língua de sinais representa para você.

Você pode participar quantas vezes quiser, mas precisa incluir na postagem seu nome e e-mail, ok?
A promoção ocorrerá entre 28/05 e 25/06. Participe!!!

26 de mai. de 2012

Libras para acadêmicos

Olá pessoal!

Como a maioria de vocês sabe, em abril passado a lei conhecida como "lei da Libras" (LEI Nº 10.436 de 24/04/2002) completou 10 anos. Neste período, grandes avanços foram alcançados, como a presença de intérprete de Libras para alunos surdos incluídos nas instituições de ensino (embora muitos ainda precisem entrar na justiça para usufruir deste direito) e a inclusão de uma disciplina que ensine Libras nos currículos de Licenciatura e Fonoaudiologia.
Cada instituição tem "dado o seu jeito" para realizar essa disciplina, que varia muito em número de horas e conteúdo programática de uma instituição a outra. Algumas universidades, entretanto, tem até desenvolvido o próprio material didático para ensinar a Língua Brasileira de Sinais a seus acadêmicos, e aqui quero registrar duas iniciativas que conheci.
Anderson e eu.
A primeira é a publicação do livro "Libras para Acadêmicos", desenvolvido pelo Professor da UFMT Me. Anderson Simão Duarte. Conheci o Anderson no Paraguay, no II Congresso Iberamericano de Educação Bilíngue para Surdos, e lá ele me apresentou o seu trabalho.
Trata-se de um livro didático distribuído gratuitamente pela UFMT aos acadêmicos de Libras, com ótima qualidade gráfica e com uma metodologia de ensino e pesquisa desenvolvida por Anderson na dissertação de mestrado em Estudos da Linguagem pela UFMT, cujo título foi: "O ensino de LIBRAS para ouvintes numa abordagem dialógica: contribuições da teoria bahktiniana para a elaboração de material didático".


Capa do livro.

Explicação das representações dos sinais no livro.

Exemplo de página do livro.
Quem tiver interesse em obter uma cópia do livro ou saber mais informações sobre ele, pode entrar em contato com o Prof. Me. Anderson, pelo e-mail andersonlibras@hotmail.com.

Outra iniciativa de elaboração de publicação para as aulas de Libras é o livro "Estudos da Língua Brasileira de Sinais", lançado em 2011 pela Editora da UPF, que pode ser adquirido aqui. O livro possui uma série de artigos sobre a educação de surdos, a natureza e estrutura da língua de sinais, o papel do tradutor-intérprete e muitas ilustrações de sinais.
Capa do livro.


|Exemplo de página.
Contracapa
Fiquem ligados, pois em breve nós estaremos realizando o sorteio de um exemplar do livro "Estudos da Língua Brasileira de Sinais".

Abraço e ótima semana,
Vanessa.

20 de mai. de 2012

Notícias da minha Qualificação de Tese...


Olá queridos, tudo bem?
Estou desde o início do mês em postar nada no blog porque estou trabalhando bastante! Começamos a 4ª edição EAD do curso "Introdução ao Ensino de LP para Surdos", e estou bastante envolvida na organização de outros cursos, além da minha tese.
Como ainda não havia trazido nenhuma informação para vocês da minha qualificação de tese, mando abaixo algumas fotos. A qualificação é uma etapa onde nosso projeto de tese, já em desenvolvimento é analisado por uma banca - que geralmente é a mesma da defesa da tese - mais ou menos na metade do curso de doutorado. Como já cursei quase dois anos e meio, a banca avaliou meu projeto, o que já fiz até agora, minhas leituras, as análises dos meus dados, etc. Meu projeto busca analisar o letramento dos surdos universitários. Cada professora dá o seu parecer e, principalmente, orientações e dicas para os próximos passos. Até os dias que antecederam a qualificação eu estava bem tranquila, mas no dia fiquei bastante nervosa, ansiosa, afinal queria muito saber a opinião das professoras sobre meu trabalho, e quais os próximos passos a tomar. Graças a Deus este momento foi ótimo, todas as professoras contribuíram muito para o crescimento e desenvolvimento da minha tese. Fiquei muito feliz pelo resultado!



Na primeira foto, eu estou concentrada no meu projeto. Na foto acima, Professora Cátia Fronza (UNISINOS) dando seu parecer, ao lado da Professora Ana Lodi (USP). Abaixo, Professoras Ana Lodi, Ana Guimarães (UNISINOS - orientadora) e Dorotea Frank Kersch (UNISINOS).
Algumas queridas colegas também estiveram presentes, a quem agradeço o apoio, como Fernanda Falkoski, Andreia Didó, Taiane Malabarda, Ales­san­dra Preus­s­ler, Lisiane Raupp e Vânia Chiella. A meu amado esposo Bruno, que me acompanhou em mais esta etapa, meu muito obrigada pela parceria de sempre! Te amo!
Obrigada também a todos os que torceram por mim. Tenham certeza de que quando a tese estiver pronta, será amplamente divulgada a todos. 

6 de mai. de 2012

Sinal escolhido para o nosso blog!

Oi queridos leitores, tudo bem?
Estamos aqui para anunciar o sinal escolhido para representar o Vendo Vozes em Língua de Sinais, em promoção anunciada aqui. O criador do sinal foi o João Paulo, de São Paulo, nosso querido amigo e leitor do blog há bastante tempo!

Assistam abaixo o sinal criado por ele:



O que acharam? Nós gostamos muito. Obrigada, João, e parabéns!!!
Abraço,
Vanessa e Laura.

3 de mai. de 2012

Chamada para audiência pública sobre educação de surdos- FENEIS/RS


Oi gente!

Hoje quero compartilhar um recado importante, a pedido da Ana Paula Jung, tradutora e intérprete de Libras, professora de surdos, e militante da causa surda, atuante no Movimento Surdo em Defesa da Educação e da Cultura Surda.

No dia 04/06/2012, das 8h às 12h, a Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia estará promovendo um amplo debate sobre a temática da Educação Bilíngue para Surdos no RS, no Auditório Dante Barone.



É importante que todos os interessados estejam presentes, e se informem sobre esta audiência.
Você pode se informar na página do Facebook que reúne vídeos, informações, combinados e outros estão sendo compartilhados.

Abaixo divulgamos o ofício enviado pela FENEIS/RS para as escolas de surdos e instituições, explicando sobre o evento e convidando todos a participarem!


CONTEÚDO DO OFÍCIO CIRCULAR DA FENEIS/RS

Caríssimas Equipes Diretivas e Pedagógicas das Escolas de Surdos e das Escolas Regulares que possuem Classes de Surdos em funcionamento no Rio Grande do Sul

                Ao cumprimentá-los cordialmente, vimos por meio deste, compartilhar uma informação da mais alta relevância para o futuro da educação de surdos em nosso estado. Na data de 04 de junho de 2012, a Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul realizará uma grande Audiência Pública para tratar da temática da Educação de Surdos, principalmente frente aos novos modelos de inclusão de alunos surdos no ensino regular e às propostas do Movimento Surdo em Defesa da Educação e da Cultura Surda da FENEIS Nacional, que está desde 2011 reivindicando espaço de fala na defesa das Escolas e Classes Bilíngues para Surdos. A referida Audiência Pública acontecerá no Auditório Dante Barone da Assembléia Legislativa, com início marcado para as 8h e término às 12h.
                A FENEIS Nacional e suas Regionais, articulada com a Comunidade Surda Brasileira, vem propondo diferentes ações relacionadas a esta temática, especialmente frente a atual política da educação especial na perspectiva da educação inclusiva, com vias a tornar públicas pesquisas de grande relevância e que tem comprovado o elevado grau de eficiência das escolas e classes bilíngues para surdos, quando comparadas aos resultados apontados por alunos surdos incluídos em escolas regulares, denominadas de “inclusivas”.
Neste cenário, a FENEIS/RS, entidade que vem assumindo, desde a década de noventa, um papel de protagonismo frente à luta na defesa dos direitos dos surdos gaúchos, renova o compromisso expresso através de seus ideais ao atuar ativamente na disseminação das informações correlatas a esta temática, tão atual e que carece de ampla discussão e conhecimento por parte do poder público e da sociedade civil, que em grande parte desconhecem a realidade, as demandas e necessidades da pessoa surda.
Assim, pelo trabalho incansável de lideranças surdas e ouvintes de nosso estado, conquistamos este importante espaço de fala, onde o principal objetivo da FENEIS e do Movimento Surdo Gaúcho é o de pressionar a Assembléia Legislativa para a criação de um Grupo de Trabalho, para encaminhar as políticas públicas voltadas ao atendimento educacional dos alunos surdos, tanto na rede pública quanto na rede privada, abrindo um espaço formal de debate para a futura consolidação de garantias legais.
Graças à efetiva participação de lideranças gaúchas, muito se tem avançado inclusive em nível nacional. Exemplo disso fora a conquista advinda com a publicação do Decreto Nº 7.611, de 17 de novembro de 2011, que em seu texto prevê a coexistência de escolas regulares e escolas especializadas, bem como, em seu parágrafo 2o , aponta claramente que “No caso dos estudantes surdos e com deficiência auditiva serão observadas as diretrizes e princípios dispostos no Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005, abrindo um enorme precedente para que a Educação Bilíngue em Escolas e Classes Específicas seja garantida na forma da Lei.
Além desta vitória, a inclusão da temática, bem como a necessária adequação textual para garantir Libras como 1ª Língua e Língua Portuguesa escrita como 2ª Língua no Relatório Final do PNE – Plano Nacional de Educação, apresentado pelo Deputado Angelo Vanhoni no dia 24/04/2012 em Brasília, na presença de surdos e ouvintes apoiadores de todos os estados brasileiros, é mais uma prova de que a mobilização coletiva é a única maneira de fortalecer o Movimento Surdo e garantir direitos fundamentais, como o direito à educação em escolas de surdos.
A PRESENÇA MACIÇA DAS COMUNIDADES SURDAS ESCOLARES FAZ-SE FUNDAMENTAL NESTE MOMENTO, POIS LUTAMOS PELO MESMO OBJETIVO PRINCIPAL: OFERECER AS MELHORES CONDIÇÕES AOS ALUNOS SURDOS, NAS ESCOLAS E CLASSES DE SURDOS.
No “Facebook” foi criado um grupo fechado, para organizar a confecção de camisetas, faixas, “mãos azuis”, entre outros, mobilizando educadores, pais, alunos e professores surdos para fazer-se presentes no dia 04/6, CUJA SOLICITAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO É LIVRE, BASTA PROCURAR POR: “Educação Bilíngue para Surdos no RS – NÓS APOIAMOS!”
Dúvidas e sugestões também podem ser encaminhados por e-mail para Ana Paula Jung, uma das organizadoras do Movimento Surdo no RS, através do e-mail jung.ana@gmail.com ou pelo telefone 054 8110-8546, bem como contato direto com a FENEIS/RS.
Certos de sua especial atenção a este pedido, despedimo-nos cordialmente, no aguardo de seu pronto retorno.
Atenciosamente,
Francisco Eduardo Coelho da Rocha
Diretor FENEIS Regional RS







Para
Equipes Diretivas e Pedagógicas das Escolas que atendem alunos surdos no Rio Grande do Sul
Estado do Rio Grande do Sul

Abaixo, vídeo com a divulgação da audiência.

Curso de Libras em Porto Alegre (gratuito) - IFRS

Oi pessoal.
Hoje tenho uma ótima notícia! O IFRS está oferecendo, gratuitamente, vagas para o nível 2 do curso de Libras. Se você é de POA ou da grande POA e tem essas datas e horários disponíveis, informe-se! As vagas são limitadas.
O blog do PROPEL é http://www.propel-ifrs-poa.blogspot.com.br/.

Abraço e boa sorte!
Vanessa

2 de mai. de 2012

A educação bilíngue de surdos em discussão

Olá pessoal,
Hoje quero falar sobre o tema principal do II Congresso Iberamericano de Educação Bilíngue para Surdos: "em busca de um modelo pedagógico conforme às características étnicas dos surdos". Vários especialistas discutiram o tema, especialmente em relação ao grande insucesso da educação bilíngue para surdos na América Latina, que já completou 25 anos. Uma educação bilíngue de verdade só poderá ser oferecida ao surdo, quando, nas escolas bilíngues, os alunos tiverem contato intenso com uma língua de sinais genuína, e não uma mescla de língua oral e língua de sinal (como as línguas orais sinalizadas - espanhol sinalizado, português sinalizado) que não possuem as características reais das LS, mas imitam a gramática das linhas orais. Quando o aluno surdo possui uma língua de sinais genuína, e está é o meio de ensino na escola, este aluno poderá refletir sobre a língua (metalinguagem), desenvolver os demais conteúdos escolares e ser um leitor eficiente. Dessa forma, todos os participantes foram unânimes em defender a qualificação dos professores que trabalham com surdos, os mesmos devem ser realmente bilíngues. 
Assim, professores que trabalham com surdos precisam ser bons leitores, conhecer o processo de aprendizagem e desenvolvimento da leitura e da produção textual escrita, utilizar em sala de aula muitos textos na língua alvo, trabalhar os contextos de produção e leitura dos mesmos, e não se limitar apenas a um trabalho de léxico. Como afirmou Carlos Sánchez, "ler não é entender o que está escrito, mas o que NÃO está escrito", e "não se aprende uma língua com regras de gramática e repreensões, cobranças, mas desfrutando dela".
A Professora Kristina Svartholm contou a experiência de educação de surdos na Suécia. Referência como educação bilíngue de qualidade, hoje a Suécia conta com um programa de implantes cocleares muito intenso. O governo já promoveu a implantação de 90% das crianças surdas, entretanto, esta medida não garante que a criança seja ouvinte, ela continua sendo surda. Assim, uma grande parcela dos pais continua matriculando seus filhos implantados em escolas bilíngues de surdos, pois veem a necessidade que seus filhos participem da comunidade surda, saibam Língua de Sinais e estejam com outros surdos. Uma lei que existe há 3 anos garante que todos os surdos (implantados ou não) aprendam LS. Kristina lembrou que esses surdos não podem ser ignorados, mas também sejam considerados surdos, para que também tenham essa identidade.
Ainda a respeito do tema da educação dos surdos implantados, Bob Johson contou que a situação linguística dos surdos que estão recebendo implantes há 20 anos nos EUA é a mesma dos surdos que não possuem implantes, ou seja, o implante coclear não representa o fim da educação dos surdos. 


Boris Fridaman (México), Kristina Svartholm (Suécia), Robert Johson (Estados Unidos) e Carlos Sánchez (Venezuela).
(continua...)

29 de abr. de 2012

Notícias do II Congresso de Educação Bilíngue de Surdos (2012)

Olá pessoal,
Cheguei ontem do Congresso, muito cansada e com saudades de casa, mas superfeliz por tudo o que assisti, todas as pessoas que conheci e todas as ideias trocadas, enfim, tudo o que aprendi. Nunca tinha vivido momentos com tanta interação entre línguas juntas! Em pouco tempo, nos comunicávamos em Português, Espanhol, Inglês, Libras, sem falar nas inúmeras línguas de sinais que eram utilizadas no evento, que contou com participantes de toda a América Latina, além de Espanha, Estados Unidos e Suécia.
Eu trouxe bastante material que pretendo compartilhar com vocês aos poucos, aqui no blog!
Para começar, quero deixar duas fotos de pessoas muito legais que conheci lá.  A primeira foto mostra a equipe que veio de Coronel Sapucaia (MS), e a segunda, um grupo de professoras da única escola pública de surdos de Asunción (Paraguay).

Com a turma de Coronel Sapucaia (Mato Grosso do Sul), lanchando no Shopping Del Sol: Flávia (intérprete de Libras), Maria Eva Eringer (Secretária de Educação), eu, Regiani Peres (técnica em Educação Especial), Edenilsa Maciel (professora e intérprete de Libras) e Viviane Canhete  (intérprete de Libras e professora de Língua Portuguesa para Surdos).



Com as professoras da Escuela Especial nº 6 do Paraguay (escola pública de surdos): Sara, Rosa e Edelira.

Em breve, mais notícias pessoal!
Abraço, Vanessa.



25 de abr. de 2012

Balada dos Surdos (Profissão Repórter)

Olá pessoal!
Em 2010 eu havia publicado aqui que o programa Profissão Repórter havia feito uma reportagem sobre a Balada dos Surdos, mas na época eu não havia encontrado o vídeo para postar aqui. Depois de tanto tempo encontrei, e coloco abaixo o vídeo para compartilhar com vocês.


Antes tarde do que nunca!
Abraço,
Vanessa.


24 de abr. de 2012

CELEBRIDADES SURDAS – Parte 1

Olá queridos, tudo bem?
Pensei em trazer algumas postagens para vocês sobre pessoas surdas que se destacaram em suas áreas de atuação. Acho que elas são ótimos exemplos para nossos alunos (surdos ou ouvintes) e para nós mesmos, não acham?
Vou começar então com uma de minhas atrizes favoritas, Marlee Matlin. Comecei a gostar dela quando assisti ao filme "Filhos do Silêncio" ("Children of a Lesser God", 1986), na qual Marlee faz o papel da protagonista Sarah. Aliás, não fui apenas eu que me encantei com ela no filme. Ela fez tanto sucesso no papel que ganhou o Oscar de melhor atriz em 1987 (olhem aqui o vídeo da premiação, é emocionante!) e também o prêmio Globo de ouro, no mesmo ano.

Desde então, Marlee já trabalhou em vários filmes e seriados, e atualmente faz o papel de Melody, a mãe do Emmet na série "Switched at birth", que eu amo!!!

em "Switched at birth", Marlee é Melody, mãe de Emmett (interpretado pelo ator surdo Sean Berdy)

Abaixo, um pequeno textos sobre a participação dela no programa "Dancing with the Stars".

DANCING WITH THE STARS TEM COMPETIDORA SURDA


Como todos os competidores de "Dancing with the Stars" - a dança dos famosos americanos -, a atriz Marlee Matlin teve que pular, dar dois passos para cá e dois passos para lá, rodar, sambar e o que mais seu número de dança pedir, sem sair do ritmo da música.

A diferença dos outros competidores, no entanto, é que Marlee não escuta uma só nota musical. A atriz, que já ganhou um Oscar e já fez participações em todas as séries que você conseguir imaginar - é surda.Mas isso não será um problema, afirmou a atriz por meio de seu intérprete de longa da data, Jack Jason. Marlee se baseou no seu parceiro de dança, Fabian Sanchez. "Ele é minha música", afirmou ela. Sanchez mudou alguns passos das coreografias para que e ele e Marlee tivessem contato físico ou visual por mais tempo do que ocorreria normalmente. Mas mesmo quando ela fazia passos sozinha "ela tem um ritmo natural", afirmou o dançarino. "Ela está sempre no ritmo." Ele nunca tinha trabalhado com alguém surdo antes, mas tem achado Marlee mais fácil de lidar que com pessoas que ouvem. "Eu tenho alguém que nunca dançou, que nunca escutou música, então posso moldá-la da maneira que eu quiser. Ela é mais sensível às minhas orientações porque não está tentando seguir seu próprio ritmo."
Fonte: http://tv.globo.com/Entretenimento/Tv/Noticia/0,,AA1675282-7175,00.html


Para assistir ao vídeo de Marlee e Fabian acesse: : http://www.youtube.com/watch?v=jBhj7obyN30

23 de abr. de 2012

Surdocego recebe o título de doutor


Olá pessoal,
Esta notícia é antiga, e eu pensava já ter publicado aqui, mas acho que deixei como rascunho e acabei esquecendo de publicar... Mas é uma notícia tão legal, que vale a pena, não acham???



Professor Surdocego a Graduar Doutorado

The Yomiuri Shimbun

O professor associado surdocego do Centro de Pesquisas para Ciências e Tecnologias Avançadas da Universidade de Tóquio será graduado doutor.
Satoshi Fukushima, 45 anos de idade, será a primeira pessoa surdacega a receber o título de doutor no Japão. A cerimônia de entrega do título acontecerá no campus Kobama da Universidade de Tóquio na quarta-feira.
Fukushima perdeu a visão quando tinha 9 anos de idade e a audição aos 18. Entretanto, graças ao método "yubi tenji", o sistema tátil - baseado no braille - inventado pela sua mãe, Reiko, ele passou pelo vestibular da Universidade Metropolitana de Tóquio, tornando-se a primeira pessoa surdacega no Japão a ingressar na Universidade.
Fukushima, que estuda como a sociedade deveria interagir com as pessoas com deficiência, iniciou preparativos para sua tese de doutorado seis anos atrás. Ele analisou como ele começou a se comunicar com outros pelo método yubi tenji após anos de vida num mundo sem palavras.


20 de abr. de 2012

Vendo Vozes no "Deaf Read"

Olá pessoal, tudo bem?

Estou bastante feliz porque nosso blog já faz parte do site "Deaf Reads", um site que traz uma seleção de blogs e vlogs de e/ou sobre surdos. A cada atualização do blog, ele aparece na lista do site, e assim mais pessoas podem conhecê-lo. Como o site já conta com a tradução do Google, pessoas de vários países podem saber o que acontece aqui no Brasil sobre educação de surdos. Legal, né?
Você pode conhecer o Deaf Reads clicando aqui!

imagem da página do DeafRead, onde nosso blog já aparece!!!

16 de abr. de 2012

Cão-guia para surdos

Assim como os cães podem ser usados para ajudar pessoas cegas, eles também podem ser treinados para ajudar as pessoas surdas, alertando-as para sons como campainhas, pessoas chamando, alarmes, buzinas, sirenes, despertador ou relógios, por exemplo.
Cães treinados para isso são chamados de "Cães ouvintes" ou "hearing dog". Aqui no Brasil ainda não existem centros de treinamento específico para isso, pelo que pesquisei, mas acredito que seja possível conversar com um treinador de cães para ajudá-lo nesta tarefa. Já li sobre animais de pessoas surdas que percebem a surdez de seus donos e utilizam outros meios para se comunicar com eles. Emanuelle Laborit fala de sua gatinha em "O Vôo da Gaivota", e o próprio Antônio Abreu, entrevistado aqui, nos contou de sua cachorrinha que entende os sinais em Libras.
Uma reportagem publicada recentemente no site da BBC Brasil mostra um projeto na Grã-Bretanha que distribuiu 12 cães-ouvintes para crianças com dificuldade de audição, veja:


Uma instituição de caridade britânica iniciou um projeto piloto para fornecer cães guia para crianças com problemas de audição.
No último ano, a instituição Cães Guia para Surdos deu 12 destes cães para crianças. Uma delas foi James Cheung, um menino de 11 anos com dificuldades de audição.
James Cheung ajuda a cuidar do labrador Kurt. | Foto: BBC
Crianças dizem que se sentem mais confiantes e seguras por causa dos cães guia

Fonte: BBC Brasil

O cão de James é o labrador Kurt, que o alerta quando ele precisa acordar de manhã, quando sua mãe o chama e em situações de perigo, como quando um alarme de incêndio dispara.
Kurt foi treinado para responder a certos sons e ordens.
Segundo a família de James, seu comportamento mudou após a chegada do animal.
Ele está mais independente e confiante e desenvolveu um ótimo relacionamento com o cão.

14 de abr. de 2012

Minha leitura de "Surdo Mundo"


Olá queridos leitores, tudo bem?
Hoje estou aqui para escrever um pouco sobre a leitura mais recente que fiz, "Surdo Mundo", de David Lodge. O livro não é tão recente, foi publicado aqui no Brasil, com a tradução de Guilherme da Silva Braga, há 2 anos, mas somente agora tive um tempinho para lê-lo (entre a entrega do projeto de qualificação de tese e a realização da mesma). Não queria trazer uma resenha pronta sobre o livro, como existem várias na internet, mas sim a minha impressão pessoal dele.
Bem, o título em inglês é bem mais forte e mais condizente com a história, "Deaf Sentence", ou seja, "Sentença Surda", ou "Sentença de Surdez". Isso porque, o personagem principal, Prof. Desmond Bates, está perdendo a audição gradativa e irremediavelmente. Embora seja um livro de ficção, a história de surdez do personagem é autobiográfica, e por isso Lodge consegue mostrar cada pequeno incômodo e dificuldade que passa devido a sua perda auditiva.
Gostei muito do livro por vários motivos: primeiro porque Desmond é um professor de Linguística que precisa se aposentar mais cedo porque já não consegue dar aulas sem conseguir ouvir os alunos. Depois, porque a narrativa flui com muita facilidade devido ao enorme talento do autor: por vezes me vi dando gargalhadas e, por outras, chorei muito com o livro (o problema é que, como eu não conseguia me desgrudar do livro, isso acontecia no ônibus, trem, em alguma recepção de consultório, e as pessoas me olhavam de maneira estranha). Também gostei porque aborda um tema muito presente em minha vida, a surdez após a vida adulta (minha avó paterna e meu avô materno perderam grande parte da audição durante a terceira idade e usam aparelhos auditivos para tentar amenizar a situação). Entretanto, como os indivíduos sobre os quais pesquiso sempre foram os surdos pré-linguísticos, que perderam a audição antes da aquisição da língua, tenho me preocupado bastante em incluir em minhas preocupações também aqueles que perdem a audição quando mais velhos, afinal essa pode ser também a minha "sentença".
Lodge mostra as ironias, confusões e tristezas causadas pela perda auditiva, e como isso refletiu em sua vida afetiva, profissional, em sua autoestima, sua vida sexual, entre seus amigos e sua família. Apesar da surdez ser o tema central do livro, discussões sobre a velhice, a morte e a vida também estão presentes, tornando "Surdo Mundo" uma brilhante, adorável, terna e divertida obra. Boa leitura!




E você, já leu este livro?

11 de abr. de 2012

Curso: Libras para Profissionais da Saúde: o Atendimento do Paciente Surdo

Olá queridos, tudo bem?

É com alegria que divulgamos o curso de extensão "Libras para Profissionais da Saúde: o Atendimento do Paciente Surdo ", da Faculdade Inspirar.
O curso será oferecido pelas professoras e fonoaudiólogas Marcia Gama e Janaina Cabello em Curitiba (PR).


SOBRE O CURSO
O objetivo principal do curso é instrumentalizar o profissional da saúde no seu dia a dia ambulatorial e clinica para o atendimento da pessoa surda. Além de:

  • Refletir sobre o papel dos profissionais de saúde que trabalham com a comunidade surda
  • Introduzir a Libras
  • Entender as diferentes visões relacionadas à surdez e à pessoa surda, compreendendo a particularidade desses indivíduos em seus diversos aspectos (individuais, educacionais, sociais)
  • Provocar questionamentos e reflexões acerca da prática dos profissionais e das Instituições que atendem as pessoas surdas promovendo um atendimento mais humanizado
  • Fazer cumprir a Lei nº 10.436 (reconhece a LIBRAS como língua oficial dos sujeitos surdos); Decreto 5.626 (regulamenta a Lei nº 10.436); Lei nº 12.319 (regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete de Libras)
PÚBLICO ALVO
Profissionais e Acadêmicos das Áreas da Saúde em geral.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
  • Definição de surdez, aspectos biológicos, abordagem a pessoa com necessidades especiais
  • Preenchimento de ficha de identificação e anamnese
  • Aspectos do desenvolvimento de linguagem, aspectos da cultura surda e a formas de abordagem com a pessoa surda libras e oralidade
  • Prática: sintomas, pedido de exames
  • Libras como língua
  • Prática: desenvolvimento de vocabulário na área a saúde
CARGA HORÁRIA
30 horas/aula - 10h teóricas e 20h práticas

DIAS E HORÁRIOS
Sexta: 08h às 12h – 13h às 18h
Sábado: 08h às 12h – 13h às 18h
Domingo: 08h às 12h – 13h às 16h

INVESTIMENTOS

R$ 500,00 à vista ou R$ 550,00 parcelado.
Desconto de 10% para pagamentos até 11 de Outubro de 2012!

DATAS
03 a 05 de Agosto de 2012 


LOCAL DO CURSO
Sede Faculdade Inspirar pas - Rua Inácio Lustosa, 792 - Bairro São Francisco • Curitiba • PR

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
Faculdade Inspirar pas - Sede Curitiba-PR
Rua Inácio Lustosa, nº 792 - CEP 80510-000 - Bairro São Francisco - Curitiba - Paraná - Brasil
Telefone (fax): 55 (41) 3019-2828 / 0800 602 2828

Para saber mais ou se inscrever, clique aqui.

Abraços e bons estudos!

9 de abr. de 2012

Ganhadora da Promoção de Natal 2011

Olá queridos,

Estou bastante atarefada com a minha tese e meu trabalho, mas tive que dar uma passada aqui para compartilhar essa foto tão fofa da Fabíola Lima com o livro que ela ganhou da nossa promoção de Natal 2011 (veja aqui). A Fabíola é de Fortaleza, e ganhou o livro "Surdos, Qual Escola?", que, segundo ela, tem sido muito útil em seus estudos e produção acadêmica.

Fabíola e o livro "Surdos, Qual Escola?"
Você também pode ganhar um livro do Blog Vendo Vozes. É só criar um sinal para o blog e enviar para nós até dia 22/04 (veja as regras aqui). 
Participe e divulgue a promoção em seu curso de Libras, faculdade, escola, associação, amigos...

Abração,
Vanessa,